SURDO, SURDO- MUDO OU DEFICIENTE AUDITIVO ?

A maioria dos ouvintes desconhece a carga semântica que os termos mudo, surdo-mudo, e deficiente auditivo evocam. É facilmente observável que, para muitos ouvintes alheios à discussão sobre a surdez, o uso da palavra surdo pareça imprimir mais preconceito, enquanto o termo deficiente auditivo parece-lhes ser mais politicamente correto.

A deficiência é uma marca que historicamente não tem pertencido aos surdos.Essa marca sugere autorrepresentações, políticas é objetivos não familiares ao grupo . Quando os surdos discutem sua surdez, usam termos profundamente relacionados com sua língua, seu passado, e sua comunidade (Padden & Humphries, 1988:44)

Infelizmente, o povo surdo tem sido encarado em uma perspectiva exclusivamente fisiológica ( déficit de audição) , dentro de um discurso de normalização e de medicalização, cujas nomeações, como todas as outras imprimem valores e convenções na forma como o outro lado, que não é apenas a escolha acertada de um termo que elimina os preconceitos sociais. Os preconceitos podem estar disfarçados até mesmo nos discursos que dizem assumir a diferença e a diversidade.

Recuso-me a ser considerada excepcional, deficiente. Não sou. Sou surda. Para mim, a língua de sinais corresponde à minha voz, meus olhos são meus ouvidos. Sinceramente nada me falta, é a sociedade que me torna excepcional (Emmanuelle Laborit, 1994).

 

 

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Última atualização: 10/02/2014