Trabalho de construção sustentável com famílias de baixa renda leva Prêmio Germinar

Publicada em 06/07/2017

Na última semana, alunos do Campus Alto Paraopeba (CAP) e representantes da ONG Engenheiros Sem Fronteiras foram premiados na quinta edição do Prêmio Gerdau Germinar. O projeto “Construção Sustentável em regime de mutirão com famílias de baixa renda” conquistou a categoria “Árvore”, destinada aos níveis técnicos e superiores. A proposta dos estudantes é formar jovens que residem em bairros carentes e que estejam desempregados em construção com tijolos ecológicos. Assim, populações economicamente desfavorecidas podem se beneficiar de técnicas de construção sustentável.

O projeto é um desdobramento de uma iniciação cientifica (PIIC) do aluno de Engenharia Civil da UFSJ Shanti Zumbo Guevara e do trabalho da engenheira civil Maíra Ferreira como parte da pós-graduação em Tecnologias para o desenvolvimento sustentável. O grupo é orientado pelo professor Eduardo Sarquis Soares, do Departamento de Tecnologia em Engenharia Civil, Computação e Humanidades do CAP (Dtech).

“Esse projeto beneficia de várias formas a comunidade acadêmica, a população de Ouro Branco e o meio ambiente”, afirma Shanti. A primeira razão, afirma, é a Universidade ter uma estrutura que permita aos estudantes desenvolverem tecnologias alternativas de cunho científico. A segunda é que a população local encontra no projeto um espaço com experiências práticas em tecnologia mais sustentáveis, gerando renda e capacitando os seus jovens. Por fim, conclui, o meio ambiente é beneficiado, pois a construção do tijolo ecológico não gera gases de efeito estufa, nem outros resíduos nocivos ao meio ambiente, e permite aos produtores, usuários e pesquisadores serem agentes multiplicadores das tecnologias ecológicas abordadas neste espaço de formação.

Germinar

O Prêmio Germinar oferece R$ 10 mil para implementação do projeto. A quantia, explica Shanti, será destinada para aquisição de uma máquina de confecção de tijolos ecológicos, treinamento, logística e execução dos tijolos por um grupo de jovens desempregados maiores de 16 anos. O projeto prevê que os jovens sejam capacitados para terem autonomia técnica e financeira mesmo depois de seu encerramento. “Ou seja, serão independentes e, ao mesmo tempo, agentes difusores de tecnologias sustentáveis na região do Alto Paraopeba”, complementa.

A avaliação foi realizada por comissão julgadora formada por 22 profissionais das áreas de educação, educação ambiental, meio ambiente, comunicação, engenharia e responsabilidade social. Na edição deste ano, foram inscritos 93 projetos.

Saiba mais sobre o prêmio e suas categorias:
http://vertentesdasgerais.com.br/gerdau-divulga-os-vencedores-da-5a-edicao-do-premio-gerdau-germinar/