Encontro de Estudos Africanos e Quilombolas abre inscrição para propostas de minicursos

Publicada em 11/07/2017

Evento organizado pelo programa de extensão Tugu-ná busca ampliar o debate sobre a temática africana na UFSJ

Até o dia 1º de setembro, o Encontro Regional de Estudos Africanos e Quilombolas recebe propostas para a coordenação de minicursos. O evento ocorre entre os dias 20 a 24 de novembro, no Campus Dom Bosco, com o objetivo de dar prosseguimento a reflexões acerca da temática africana e a educação das relações étnicos-raciais promovidas pelo Programa de Extensão Tugu-ná, responsável pelo encontro.

Os interessados em coordenar os minicursos precisam ter a titulação de mestre ou doutor - ou estar cursando o doutorado. Não está previsto custeio financeiro para a participação no evento. Os minicursos devem ter carga horária máxima de cinco horas, divididas em duas sessões, e precisam se enquadrar dentro das áreas temáticas de “Representações artísticas africanas e afro-brasileiras”, “Escola e educação étnico-racial”, “História e cultura africana e afro-brasileira” e “Quilombos”.

As propostas devem ser enviadas em formato *doc para o e-mail tugunacasadosaber@yahoo.com.br com os seguintes dados: nome do ministrante, contato, ementa (de até mil caracteres), referências bibliográficas, programação, recursos necessários para a realização e área temática.

I Encontro Regional de Estudos Africanos e Quilombolas

Com minicursos, palestras e mesas-redondas, o evento trabalha a representação social do negro e o ensino da história da África dentro da ensino básico. Um dos objetivos específicos é reunir pesquisadores, intelectuais e professores da rede pública e particular para o debate, buscando ampliar a pesquisa e o conhecimento do assunto. O evento é aberto a toda a comunidade e as inscrições ainda serão divulgadas.

Além disso, o evento tem relevância social, buscando um debate que fortaleça a luta contra as desigualdades sociais e raciais que ainda são encontradas no país. Exposição dos trabalhos já executados pelo grupo Tugu-ná também faz parte da programação, como forma de enriquecer e ampliar a produção do saber.

Um pouco mais sobre o grupo Tugu-ná

De origem da língua Bambará, pertencente a um grupo étnico do Mali, a palavra TUGU-NÁ significa “Casa do Saber”. Ela dá nome a um grupo de estudo, pesquisa, ensino e extensão na área de história e cultura africana e afro-brasileira.

Atualmente, o projeto tem três alunas bolsistas: Letícia Silva Almeida e Maria Luiza Custódio, graduandas do curso de História, e Lidiane Villanacci, graduanda do curso de Psicologia, com orientação do professor Manuel Jauará, do Departamento de Ciências Sociais da UFSJ (Decis).

Entre as atividades desenvolvidas, como o grupo de estudos, as atividades em escolas e o aperfeiçoamento de professores, o Tugu-ná auxilia duas comunidades, remanescentes quilombolas, da cidade de Nazareno: o Palmital e o Jaguara. Como essas comunidades ainda não são legalmente demarcadas como áreas quilombolas, o objetivo do projeto é construir a identidade e o reconhecimento dos moradores com a herança africana brasileira.

O Tugu-ná cuida, essencialmente, do reconhecimento, aplicando questionários e comparações em visitas à comunidade. Outros projetos da UFSJ também levam conhecimentos diversos aos moradores, como educação financeira, cultura ou o manuseio do barro.