Pesquisa desenvolvida no CAP é classificada em 2º lugar em programa de startups

Publicada em 13/12/2017

Alunos do curso de Engenharia de Bioprocessos criaram embalagem comestível para a preservação da goiaba

Na última quinta-feira, 7, as estudantes Júlia Silva e Letícia Persilva, do curso de Engenharia de Bioprocessos da UFSJ, e a mestranda Cinthia Rocha, conquistaram o segundo lugar no programa BioStartup Lab. O projeto de pesquisa vencedor, intitulado “Nanoestruturas incorporadas em embalagens comestíveis para a preservação da goiaba no pós-colheita”, tem coordenação dos professores Igor Boggione e Ênio Nazaré, da UFSJ, e Jane Coimbra, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A partir do desenvolvimento da pesquisa, foi fundada a startup Nanopack, que foca na produção da embalagem desenvolvida.

O produto composto por nanoestruturas incorporados a um biopolímero com atividade antimicrobiana tem como objetivo a preservação dos frutos após sua colheita ao evitar seu rápido amadurecimento e acondicionamento incorreto, bem como protegê-los de doenças causadas por micro-organismos e do choque mecânico do transporte. A embalagem já tem seu uso autorizado pela Anvisa, além do Status GRAS, que reconhece sua seguridade. Com escala inicialmente nacional, a embalagem é imprescindível no país, o terceiro maior produtor de frutos do mundo, que perde 30% de sua produção.

A participação no programa permite que o produto ganhe visibilidade e seja aperfeiçoado a partir de críticas recebidas na mentoria: “O programa é muito importante para incentivar a cultura empreendedora em cursos tradicionalmente acadêmicos, além de possibilitar a aplicação prática da ciência e da pesquisa em problemas reais da sociedade, gerando contribuições efetivas e impacto positivo na vida das pessoas”, explica Igor Boggione.

O evento

O BioStartub Lab, iniciativa da Biominas Brasil e do SEBRAE Minas, é um programa de pré-aceleração de startups, que fornece suporte para a produção de pesquisas em ciências da vida, por meio de workshops, treinamentos, mentorias, validação prática e interação com grandes empresas. Em um período de imersão de 7 a 10 semanas, as startups passam pelas fases de BioBusiness Model, Labs e Demoday.

Durante a fase de BioBusiness Model, as equipes selecionadas criam, desenvolvem e testam a viabilidade de um modelo de negócio, que é avaliado por um júri. Na fase Labs, são selecionadas as 15 startups que desenvolverão estratégia para iniciar ou aprimorar a sua atuação no mercado e elaborar um “pitch”, o discurso de venda dos seus produtos.

De acordo com a pontuação emitida por um conjunto de especialistas, são classificadas quatro startups para o Demoday, um evento de encerramento do programa realizado para revelá-las e conectá-las a investidores e parceiros.