17 de maio, Dia Internacional Contra a LGBTfobia

Publicada em 17/05/2018

No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde retirou "homossexualidade" do Catálogo Internacional de Doenças. O que pode parecer mera formalidade, significou para a população de sexualidades não-normativas uma grande vitória, após anos de luta.

Desde os protestos em Stonewall, em 1969, a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis/Transgêneros) tem reivindicado cada vez mais sua inserção na sociedade e o respeito aos direitos fundamentais. De lá pra cá, a comunidade LGBT tem se tornado mais ciente em relação ao seu papel no mundo e a si própria, reconhecendo diferentes identidades de expressão sexual. No entanto, a discriminação sexual segue em níveis extremos em grande parte do mundo.

O Brasil reconhece desde 2010 o Dia Internacional Contra a LGBTfobia. Nesta data, instituições organizam protestos e ações efetivas em várias partes do globo. A homossexualidade ainda é criminalizada em 72 países, sendo em oito deles punível com pena de morte. Infelizmente, o Brasil ainda é recordista no número de morte e assassinatos de pessoas LGBTs. De acordo com o Grupo Gay da Bahia. entre 2016 e 2017 as mortes de pessoas gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais aumentou 30%.

Além da violência sofrida nas ruas por agressões físicas com armas de fogo e armas brancas (facas, ferramentas), boa parte do saldo deve-se a transtornos gerados pela discriminação, que levam muitos jovens a cometerem suicídio. A população trans é uma das mais marginalizadas, tendo uma expectativa de vida de apenas 35 anos. Outro fator alarmante é que, em mais de um terço dos casos, a violência parte de membros da família.

Ainda que o casamento entre pessoas do mesmo sexo seja um direito constitucional desde 2013 e a adoção por casais do mesmo sexo seja possível desde 2010, o Brasil ainda deve percorrer um longo caminho a fim de garantir a dignidade de direitos a população LGBT. Neste dia 17, propomos a reflexão sobre o papel da pessoa LGBT na sociedade atual e convidamos a população a conhecer e entender a diversidade de identidades sexuais e vê-la como um espectro que não deve definir os valores de qualquer ser humano.