Mais de 500 mil mineiros são elegíveis a realizar cirurgia bariátrica

Publicada em 30/08/2018 - Fonte: ASCOM

Cinco em cada 200 mineiros reúnem as indicações necessárias para realização de cirurgia bariátrica. No total, são mais de 546 mil pessoas com esse perfil no Estado, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a partir de dados do Sistema de Informações Hospitalares e do Datasus. A entidade aponta ainda que o número de cirurgias bariátricas realizadas no Brasil, entre os anos de 2012 e 2017, aumentou 46,7%, chegando a 105.642 procedimentos. 

Atenta à importância dessa temática, a Liga Acadêmica de Cirurgia da Universidade de São João del-Rei (Campus Centro-Oeste Dona Lindu/Divinópolis) promove, no dia 5 de setembro, a mesa-redonda “Conceitos de sucesso e insucesso em cirurgia bariátrica”, com a participação do cirurgião bariátrico Bernardo Guimarães, da endocrinologista Clarissa Chaltein Almeida Gontijo, da psicóloga Fernanda Amorim Arantes e do nutricionista Juliano César Ferreira - veja aqui programação.

Bernardo Guimarães informa que a cirurgia bariátrica é indicada para pessoas com índice de massa corporal (IMC) maior que 40 - ou maior que 35 com doenças associadas (como diabetes e hipertensão). “Consideramos também os tratamentos clínicos já realizados e outras consequências da obesidade na vida de cada pessoa”, explica o cirurgião.

Segundo ele, as duas principais técnicas utilizadas no País são o “bypass gástrico videolaparoscópico” e o “sleeve videolaparoscópico”. O primeiro realiza um corte no estômago que o divide em duas partes. Além disso, faz-se um corte na primeira parte do intestino, chamado jejuno, unindo a porção do intestino ao estômago menor, criando uma passagem direta para os alimentos em forma de tubo. Já a segunda, além de remover até 85% do estômago, realiza também a retirada da grelina, hormônio responsável pela sensação de fome, levando à diminuição do apetite e da ingestão de alimentos.

Bernardo Guimarães ressalta ainda que o sucesso (ou insucesso) do procedimento não é medido apenas pela perda de peso. “Para o endocrinologista, o sucesso pode ser o fato de o paciente parar de usar insulina e deixar de ser diabético. Para o cirurgião, o paciente perder 50 kg. Para o ortopedista, o paciente voltar a andar. Para a psicóloga, talvez seja a melhora da autoestima e da vida conjugal. Para o paciente, o sucesso pode ser a grande melhora na qualidade de vida”, comenta. Segundo o profissional, trabalhos apontam que 80% dos pacientes conseguem manter o emagrecimento em níveis saudáveis após o procedimento.

Como gargalo para o acesso à cirurgia bariátrica, o médico cita a questão financeira, pois, muitas vezes, as cirurgias bariátricas são negadas pelos planos de saúde e, no Sistema Único de Saúde (SUS), o processo ainda é burocrático e demorado - mesmo após o número de cirurgias bariátricas pelo sistema público crescer 215% entre os anos de 2008 e 2017, segundo a SBCBM. “Estão tentando novos credenciamentos e talvez a cirurgias possam ser agilizadas no futuro”, avalia.

Serviço - Mesa-Redonda
Quando: 5 de setembro de 2018
Onde: Auditório do Campus Centro-Oeste Dona Lindu (Divinópolis)
Horário: 18 horas
Local das inscrições: Liga Acadêmica de Cirurgia - Campus Centro-Oeste Dona Lindu. (Divinópolis) - Hall do Bloco A 
Taxa: R$ 5 (com coffee break e certificado) 
Mais informações: (31) 99168-7168 ou e-mail ligadecirurgiaufsj@gmail.com