Luta, substantivo feminino!

Publicada em 08/03/2019

Cientistas, cantoras, escritas, políticas, chefes, santas, loucas, altas, baixas, magras, gordas, negras, brancas, trans, casadas, solteiras, mães, mortas, vivas. Desde o início dos tempos, a humanidade tenta definir e limitar o que significa ser mulher.

Existir sendo mulher num mundo em que toda hora somos bombardeadas por notícias de feminicídio cruéis e desumanas torna o exercício da identidade feminina uma questão intrínseca de resistência. Como se não bastasse a violência física, mulheres enfrentam o assédio moral e psicológico desde o momento que chegam a este mundo. Desde uma ideia reducionista de fragilidade, subserviência e delicadeza, passando pelo controle sobre a expressão, comportamento e sexualidade. Desde uma criação que determina a aptidão de cada uma delas a partir do seu gênero.

Como se não bastasse, vivem com uma sentença de morte sobre os ombros que pode ser proferida a partir do momento que uma mulher diz "não" a qualquer vontade masculina. Mas, ainda assim, mulheres existem e resistem para escrever sua história em qualquer ambiente, e elas fazem questão de existir em todo lugar.

Por tudo isso, o Dia Internacional da Mulher não deve ser visto como um dia pra se celebrar. Ser mulher pode ser doloroso, pode ser divino, pode ser maravilhoso. A única certeza que temos é que ser mulher é grande demais pra caber num texto. E em qualquer lugar!

Acompanhem o facebook da UFSJ: a partir da próxima semana homenagearemos mulheres servidoras da Universidade que desenvolvem projetos de extensão que contemplam o feminino em suas mais diversas áreas.

Recomendamos, também, a leitura da terceira edição da revista produzida pela Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, intitulada “Progp: Qualidade de vida em foco”, que joga luz ao Dia Internacional da Mulher e à história da ativista Theresa Malkiel, uma das muitas precursoras do dia 8 de março.