Desafio da Farmácia é mostrar o valor da Ciência frente às fake news

Publicada em 25/01/2021 - Fonte: ASCOM

Na semana em que foi celebrado o Dia do Farmacêutico (20 de janeiro), a coordenadora do curso de graduação em Farmácia da UFSJ, Mariana Linhares Pereira, em entrevista, fala sobre os projetos do curso, que é nota máxima no Enade, e as perspectivas de atuação profissional. Também aborda os desafios e contribuições que a área pode proporcionar no combate à pandemia.

“O profissional da Farmácia deve ser comunicativo, curioso, pró-ativo e deve gostar de estudar”, define a professora, dando início à entrevista, quando perguntada sobre o perfil desejável para quem quer ingressar na graduação.

Ascom UFSJ: Quais são as possibilidades de atuação de quem se forma em Farmácia na nossa instituição?
Mariana: O curso de Farmácia oferece mais de 70 áreas de atuação, reconhecidas pelo Conselho Federal de Farmácia. Entre as principais grandes áreas estão o desenvolvimento, produção e controle de qualidade dos medicamentos e plantas medicinais, seguimento da terapia medicamentosa, análises clínicas e toxicológicas e atuação na indústria de alimentos.

Ascom UFSJ: O curso desenvolve projetos em que áreas?
Mariana: Hoje temos vários projetos de pesquisa e extensão sendo desenvolvidos. Os projetos de extensão, voltados para atuação na comunidade, vão desde o rastreamento de doenças como diabetes melittus, acompanhamento do uso crônico de medicamentos, análise da qualidade de água, informações sobre a pandemia da Covid-19 em emissoras de rádio e podcasts, educação ambiental, produção de álcool em gel e treinamento de profissionais para o cuidado farmacêutico. Já os projetos de pesquisa contemplam as áreas básicas e profissionais do curso. São diversos projetos que abrangem as mais diversas áreas de atuação do farmacêutico. Hoje temos projetos de avaliação de contaminação ambiental por medicamentos, uso medicinal da Cannabis, reposicionamento de fármacos, desprescrição de medicamentos, avaliação da qualidade de bulas, seguimento de pacientes com doenças hematológicas, resistência microbiana ao uso de fármacos, desenvolvimento de novas formas farmacêuticas, avaliação de drogas apreendidas pela Polícia Civil, além de projetos ligados à Covid-19.

Ascom UFSJ: Como se dá a interação do curso com as comunidades local e regional?
Mariana: Os acadêmicos são inseridos nos diversos cenários de prática do profissional farmacêutico desde o início da graduação, atuando nos serviços do Sistema Único de Saúde e também em unidades da saúde suplementar.

Ascom: Quais os principais desafios você destaca a respeito da atuação do farmacêutico nos tempos atuais e em razão da pandemia?
Mariana: Acredito que os principais desafios de hoje são mostrar o valor e a importância da Ciência diante da outra epidemia que vivemos, a das fake news. O profissional farmacêutico tem se mostrado protagonista no diagnóstico, monitoramento e tratamentos de pacientes com Covid-19. Na farmácia ele também atua na orientação sobre a doença e medidas de prevenção. E ainda na indústria, os farmacêuticos têm trabalhado no desenvolvimento, estudos clínicos, produção, controle de qualidade e aplicação das vacinas contra o SARS-COV-2.