Estudantes da UFSJ aprovam primeiro período emergencial

Publicada em 25/02/2021 - Fonte: ASCOM

A pesquisa que avaliou o primeiro período remoto na UFSJ esteve focada em mostrar as impressões de todos os segmentos da instituição sobre essa experiência inédita. Com os estudantes, houve ainda o cuidado de dividi-los em dois grupos: discentes de graduação e discentes de pós-graduação. A estratégia permitiu levantar a vivência desses dois grupos que, devido à diferença entre as atividades intrínsecas a cada curso, conviveram com realidades distintas durante o período emergencial. Confira os dados completos da pesquisa, realizada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), neste link.

Discentes da Graduação
Entre os alunos da graduação, o primeiro dado que chama a atenção é o percentual que mostra que 98% dos respondentes têm interesse em se matricular no 2º período remoto. Ou seja, dos 4.112 estudantes da graduação que participaram do levantamento, praticamente todos estarão nas aulas oferecidas no segundo período emergencial.

A capacitação foi bem avaliada, sendo definida como “boa” ou “muito boa” por 92% dos respondentes. As aulas síncronas e remotas foram aprovadas por mais de 50% dos alunos. O acesso ao material didático foi bem avaliado por 63% dos entrevistados. A comunicação com os docentes foi satisfatória para 55% dos estudantes. Já a ausência das bibliotecas e dos laboratórios impactou negativamente a rotina de 40% dos participantes.

A pró-reitora de Ensino de Graduação, Elisa Tuler de Albergaria, considerou positiva a avaliação dos alunos e enfatizou que alguns ajustes deverão ser estudados para aprimorar a experiência. “O primeiro período remoto foi uma situação nova que gerou apreensão e receio, sentimentos que foram amenizados no decorrer do tempo.”

Para o segundo período, Elisa Tuler destaca a disponibilização do acesso à biblioteca virtual, concluída no final de 2020, que permite consultas ao acervo por meio da plataforma Pergamum. A pró-reitora também explica que será feito um levantamento das necessidades de capacitação, ponto solicitado por 64% dos respondentes.

O Auxílio Inclusão Digital recebeu boas pontuações dos estudantes, alcançando mais de 65% de aprovação em todos os quesitos, que abordaram: Esclarecimento de dúvidas, Prestação de contas, Canais de atendimento, Valor, Tempo de resposta e Critério de seleção.

A professora Elisa Tuler aponta que a pesquisa identificou ainda que a saúde mental, física e social dos alunos receberam pontuações que merecem atenção, sendo importante acompanhá-la ao longo da segunda etapa do processo remoto.

Já em relação às dificuldades, mais de 60% dos entrevistados tiveram pouco ou nenhum problema para acessar plataformas, internet e computadores. Outros cerca de 20% já relataram muita dificuldade nesse sentido.

Discentes da Pós-Graduação
Já os dados da pesquisa realizada na pós-graduação apontou a baixa adesão dos estudantes ao levantamento. Ao todo, 82 mestrandos e doutorandos deram suas contribuições, número que representa menos de 7% do total de alunos. Esse ponto foi destacado pelo pró-reitor de Ensino Pesquisa e Pós-Graduação, André Baldoni, que ressaltou a importância da participação da comunidade. “As respostas trazidas pelos participantes nos ajudarão a desenvolver e propor políticas para melhoria das atividades e, por isso, é fundamental o envolvimento em pesquisas como esta.”

Já em relação ao resultado, o professor André Baldoni destacou que um total de 84% dos estudantes afirmaram que farão a matrícula no 2º período emergencial. “Esse dado revela que a experiência deu certo, mesmo nesse contexto de pandemia. O remoto se mostrou uma opção para minimizar os prejuízos na formação desses alunos”, completou.

O acesso aos materiais didáticos e a comunicação com os docentes foi aprovado por mais de 80% dos entrevistados. O ensino-aprendizagem foi definido como “bom” e “muito bom” por 73% dos respondentes. As aulas síncronas e remotas receberam avaliação positiva de 73% dos alunos.

O pró-reitor também pontuou que a ausência de laboratórios e da biblioteca foi sentida, respectivamente, por 18% e 27% dos estudantes. “Como os estudos da pós-graduação se baseiam em artigos, era esperado um impacto menor da falta de acesso à biblioteca que na graduação. Já a ausência dos laboratórios foi sentida mais pela pesquisa e iniciação científica.”

O acesso à internet e a computadores, e a utilização de programas, não representou problema para mais de 70% dos mestrandos e doutorandos. Já 50% dos respondentes tiveram dificuldades com a acessibilidade a plataformas e aplicativos.

O professor André Baldoni alertou ainda para os impactos na saúde física, mental e social dos estudantes: mais de 20% definiram a experiência como “ruim” ou “muito ruim”. “É preciso estar atento a esses alunos, apoiá-los e mostrar que a UFSJ possui iniciativas nesse sentido, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proae)”.