A pandemia à roda da poesia

Publicada em 16/03/2021

Drummond certa vez escreveu, quando indagado sobre os motivos que o levavam a escrever poesia num mundo tão conturbado: “Poesia, o perfume que exalas é a tua justificação”.

Foi o verso do poeta itabirano que inspirou a “justificação” para a roda de conversa realizada na última sexta, 12, com as poetas Socorro Nunes (Deced) e Maria Ângela Resende (Delac), mais o poeta pernambucano Pedro Américo de Farias, à volta das mais recentes produções poéticas que Socorro e Pedro lançam nesta terça, 16, a partir das 20h, também pelo Google Meet, com mediação de ninguém menos que Cida Pedrosa, vencedora do Prêmio Jabuti 2020, na categoria Poesia.

as flores daqui são duras, de Socorro Nunes, e Desaboios, de Pedro Américo, são dedicados de um poeta para outro, e deixam perceber tramas insuspeitadas de nascimentos que evocam João Cabral, “uma faca só lâmina”, quando evocam silêncios e querências geográficas que alcançam universos, quase sempre cinzelados pela ritualística do sertão, que está em todo lugar.

Com exclusividade para a TV UFSJ, os autores trazem a público poemas que vêm reforçar a necessidade de se ler e de se fazer poesia como reforço de nossas identidades neste mundo pandêmico, que não resiste às redondilhas de Canudos, e muito menos ao silêncio lavrado do céu de Mandela. As flores são duras, mas ressoam, litúrgicas, e não morrem nunca.


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