Seminário Negras Reitorias tem a participação do Reitor da UFSJ

Publicada em 19/11/2021

A Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) promove neste sábado, 20 de novembro, às 10h, o sexto e último encontro de 2021, do “Seminário Negras Reitorias - Gestão de instituições de Ensino Superior e Ações Afirmativas: perspectiva de reitoras/es negras/es/os”.O evento acontece on-line e terá transmissão do canal da TV UFSJ no Youtube.

“Cumprimos uma etapa do Grupo Negras Reitorias. Os seminários consistem na primeira ação conjunta. Conseguimos contemplar as oito instituições. A partir de agora, planejaremos outras”, comenta o professor do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da ABPN, Cleber Santos Vieira.

Em defesa de uma gestão universitária plural, o debate, que acontece no Dia da Consciência Negra, promove reconhecimento, reparação e valorização dos negros/as na educação. A mesa será mediada pelo reitor da UFSJ, Marcelo Andrade, e pelas reitoras Marcele Pereira, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Luiza Mota, do Instituto Federal da Bahia (IFBA).

Para Marcelo Andrade, que já vem participando há alguns meses deste grupo de debate constituído de reitores negros/as, “amanhá é um dia de trocarmos experiências sobre as políticas de ações afirmativas, que é uma garnde preocupação nossa. Ano que vem, a lei completa dez anos e não podemos permitir que nenhum direito conquistado seja perdido, ao contrário, queremos essa ampliação. É uma forma de justiça para com o povo negro. Pena que não podemos retroagir estas conquistas para as gerações negras anteriores que não tiveram chance de acesso à educação no nosso país.”

A UFSJ possui uma comissão de heteroidentificação de formação coletiva e a resolução Nº 014, de 31 de maio de 2019, que regulamenta os procedimentos de heteroidentificação complementares à autodeclaração dos candidatos negros (pretos e pardos), para fins de preenchimento das vagas reservadas nos cursos de graduação.

ABPN

A Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as é uma associação civil, sem fins lucrativos, filantrópica, assistencial, cultural, científica e independente, que tem por finalidade o ensino, pesquisa e extensão acadêmico-científica sobre temas de interesse das populações negras do Brasil.

Atualmente a ABPN é um dos órgãos fundamentais da rede de instituições que atuam no combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação racial, com vistas à formulação, à implementação, ao monitoramento e à avaliação das políticas públicas para uma sociedade justa e equânime. A atuação da ABPN acontece em três grandes áreas: divulgação acadêmica, articulação social e formação de lideranças

A APBN tem como finalidade congregar pesquisadores visando desenvolver, integrar, divulgar e promover a pesquisa, a educação e a aplicação responsável do conhecimento, como forma de impulsionar o desenvolvimento humano e socioeconômico sustentável do país e do mundo.

Exerce um papel muito relevante na definição de políticas de ações afirmativas no país e na América Latina e tem tido representação ativa em diversos órgãos governamentais e inclusive em conselhos e fóruns científicos. A ABPN é a representante dos pesquisadores/as negros/as no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), no Fórum Permanente de Igualdade Racial (FOPIR), na Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-brasileiros (CADARA), ainda é a interlocutora no que se refere aos direitos da população negra nos diferentes órgãos de fomento, ministérios, congresso nacional, ONGs. Tem se destacado pela ação proativa na luta pelos direitos adquiridos e pela melhoria da qualidade, da gestão e da quantidade de recursos do sistema de ciência e educação do país.