A origem do EAD e os caminhos tomados pelo Ensino Remoto

Publicada em 25/08/2022

Na tarde do primeiro dia do I Simpósio de Pos-Graduação, na mesa de debate mediada por Miriam Vieira (Promel UFSJ), estiveram presentes as professoras Ana Elisa Ribeiro, do CEFET-MG e Rejane Corrêa da Rocha, coordenadora do Núcleo de Educação à Distância (Nead), para discutirem as vantagens e melhorias necessárias no ensino por meio de tecnologia remota.

Ana Elisa trouxe para sua fala, O ensino híbrido da pós-graduação: necessidades e limites, o questionamento sobre os equívocos na definição de ensino híbrido durante e após o Ensino Remoto Emergencial (ERE). A professora lembra que, com o ERE, a percepção da qualidade da Educação feita de forma remota se modificou: enquanto uns diziam que não aprendiam nesse novo cenário, muitos começaram a desejar que todas as palestras e cursos fossem on-line.

Essa percepção, de acordo com Ana Elisa, pode estar diretamente ligada a fatores como limites na infraestrutura tecnológica e obrigatoriedade de migração de todos os professores para o ensino remoto sem prévio treinamento sobre as ferramentas e as metodologias adequadas para o ambiente virtual. Positivamente, ela cita a quebra de barreiras para a oportunidade de conhecer pessoas e seus ensinamentos em vários lugares do país e do mundo.

Ainda segundo Ana Elisa, o perfil dos estudantes da pós-graduação se enquadra, majoritariamente, em trabalhadores que, um tempo após a graduação, puderam retomar aos estudos para se qualificarem. Dessa maneira, o ensino remoto possibilita que mais pessoas tenham mais acesso a outras modalidades de formação.

No entanto, para que a Educação seja efetiva nesse nível, são necessárias algumas ações, entre as quais a otimização de tempos e espaços e a manutenção da excelência do ensino (sem desconsiderar os limites da falta de investimento e manutenção tecnológica nas universidades), os critérios de validação de atividades mediadas por tecnologias e a construção de sensos de pertencimento.

Rejane Corrêa, em O EAD e o ensino remoto: aplicabilidades e aspectos diferenciais, destacou os marcos legais da Educação a Distância e sua implementação na UFSJ, além de embasar sua apresentação em diversos artigos sobre o diferencial EAD em relação ao remoto. A partir deles, a coordenadora do Nead explicou que “o ensino remoto não pode ser considerado uma modalidade educativa, mas sim uma ação pedagógica na qual se processa certa transposição do ensino presencial para o ensino mediado por ferramentas digitais.”

Texto: Greycyelly Miranda (Estagiária Ascom)

Edição: Cibele de Moraes; Orientadora: Luciene Tófoli