O que considerar na submissão de projetos para captação de recursos externos?

Publicada em 25/08/2022 - Fonte: ASCOM

A vice-reitora da UFSJ, professora Rosy Ribeiro, e os docentes Flávio Schiavoni e Maria do Socorro Nunes, todos membros da Câmara Técnica de Avaliação de Projetos da Fapemig, debateram, na sexta, 12, última manhã do I Simpósio de Pós-Graduação da UFSJ, o tema Erros e acertos na escrita de projetos para captação de recursos externos.

A temática é de grande relevância no cenário acadêmico e de pesquisa, visto que muitos projetos são indeferidos por causa de alguns erros na montagem e envio das propostas. Os convidados orientaram os presentes sobre como elaborar e escrever um projeto da melhor forma possível, para que ele tenha mais chances de ser aprovado.

Um dos principais problemas com que os membros da Câmara se deparam é o orçamento ultrapassar o teto de gastos, inviabilizando o aceite da proposta já na pré-câmara – que avalia principalmente a compatibilidade do que é financiável pelo edital com o que o projeto propõe. Para que um projeto seja aprovado, ele não pode receber, na avaliação qualitativa, nenhuma nota inferior a 7 em nenhuma categoria, inclusive orçamento, explicou Maria do Socorro, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPEDU).

O professor Flávio Luiz Schiavoni, do Departamento de Ciências da Computação, que atua na área de Ciências e Educação, relembrou a importância de compreender bem o tema do projeto e explicitar ao máximo os tópicos obrigatórios, para que os avaliadores de qualquer área possam compreender a proposta de pesquisa. “Amarrar os objetivos, com a metodologia, com a justificativa, de forma que quem estiver avaliando seu projeto não tenha dificuldades de entender o quê, o quando e por quem será feito.”

Conhecer o edital é fundamental para que o projeto não seja descartado na primeira avaliação técnica, momento em que as primeiras exigências do edital são conferidas. Em algumas áreas, alguns outros documentos são necessários, como a submissão ao Comitê de Ética para quem trabalha com seres humanos, lembrou Rosy Ribeiro. Ela lamentou que muitos projetos não são aceitos por não preencherem esses pré-requisitos. E reforça: “Não se pode pecar com esses detalhezinhos técnicos, não podemos perder financiamento por falta de atenção.”

Maria do Socorro aproveitou para dar uma dica aos docentes que têm interesse em solidificar suas carreiras na área da pesquisa: “Estar inserido em um programa de pós-graduação afeta qualquer avaliação de projeto, em qualquer agência de fomento.”

 

Texto: Greycyelly Miranda (Estagiária Ascom)

Edição: Cibele de Moraes; Orientadora: Luciene Tófoli