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SÃO JOÃO DEL-REI

A fundação de São João Del-Rei é controvertida. Do ponto de vista oficial, teve como fundador Tomé Portes del-Rei por ter descoberto o Rio das Mortes. No entanto, as memórias do capitão Matol dirigidas ao Padre Diogo Soares revelam que Tomé Portes del Rei, em 1702, descobriu ouro no sítio onde se localiza hoje a cidade de Tiradentes, constituindo-se, ali, um arraial, com capela dedicada a Santo Antônio. Tomé Portes faleceu pouco depois. No Rio das Mortes, o ouro foi descoberto depois de seu falecimento. Eis como Matol, na sua exposição, relata do fato: "No ano de 1704, com pouca diferença, morando sobre o rio das Mortes, desta parte, aonde é e foi sempre o porto da passagem, Antônio Garcia da Cunha, taubateano, que por morte do dito Tomé Portes, seu sogro, sucedeu em guarda-mor, para a repartição das terras minerais, assistia, na sua vizinhança um Lourenço da Costa, natural de São Paulo, que servia ao dito Antônio Garcia de seu escrivão de datas, este descobriu o ribeiro que corre por detrás dos morros desta vila de São João para a parte do noroeste e foi repartido entre várias pessoas....". Pela narração de Matol, sabe-se que, imediatamente após o descobrimento do ouro, repetiu-se o "rush" que antes se verificara nas minas gerais; e formou-se o arraial, ao pé do morro, "pela paragem que está da matriz até o mesmo morro, com uma capela dedicada a Nossa Senhora do Pilar". Esta exposição coincide exatamente com a de outro relato anônimo do Códice Matoso.

O arraial deve ter-se iniciado por volta de 1704; e só em 1713 surgiu a vila, com seus oficiais e seus ministros. Em São João del-Rei, a vila só foi criada, depois que já havia uma população densa, com duas igrejas e duas irmandades religiosas: a Confraria de Nossa Senhora do Rosário (1708) e a Irmandade do Santíssimo Sacramento (1711). Outras ainda surgiram no século XVIII: São Miguel e Almas (1716); Irmandade de São Miguel e Almas (1716); Irmandade Nosso Sr. Bom Jesus dos Passos (não se sabe ao certo, com indicação documental de 1734); Irmandade de N. Sra. da Boa Morte (não se sabe ao certo, constando livro de compromisso de 1786). A primitiva matriz foi destruída por incêndio; a provisão para construir a atual Catedral data de 12 de dezembro de 1721, tendo sido terminada em torno de 1750.

A primeira capela de Nossa Senhora do Carmo foi benta em 20 de dezembro de 1734. A atual foi iniciada em 1787, e teve como diretor de obras e seu artífice o mestre português Francisco de Lima Cerqueira. A igreja de Nossa Senhora do Rosário é a mais antiga construção religiosa da cidade, pois foi "a primeira igreja ou capela pública definitiva edificada ao lado esquerdo do córrego do Lenheiro". A primitiva capela foi benta em 1719 e tomou as dimensões atuais, em 1753.

 


 

Solenidade de Passos

A solenidade de Passos deveria, liturgicamente, acontecer na Semana Santa, entretanto ela é celebrada separadamente em São João del-Rei. A Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, fundada em 1733, determina em seu compromisso / estatuto, o 4º domingo da quaresma para rememorar os dolorosos Passos de Nosso Senhor Jesus Cristo a caminho do Calvário. Esta solenidade, como a conhecemos hoje, só passou a ser realizada na segunda metade do século XVIII com as procissões dos Depósitos de Nossa Senhora das Dores, do Senhor dos Passos e a do Encontro das duas imagens. No Domingo chamado de Encontro, pela manhã, antes das missas do Carmo e São Francisco onde estão depositadas cada imagem, são realizadas as rasouras, que são pequenas procissões em torno da igreja. À tarde saem dessas igrejas as procissões para o "Encontro" das veneradas imagens que acontece no antigo Largo da Câmara, quando, então, é proferido o Sermão do Encontro que rememora o doloroso encontro de Jesus com sua mãe.

A Solenidade dos Passos tem continuidade com o Setenário das Dores, quando durante os sete dias que antecedem o início da Semana Santa é celebrado na Catedral Basílica do Pilar, rememorando as sete dores de Nossa Senhora. Culmina o Setenário com a Procissão de Nossa Senhora das Dores que percorre o mesmo trajeto da Procissão do Encontro, porem no sentido inverso. Ao se recolher a procissão é pronunciado o Sermão da Soledade.

Desde 1846, a Orquestra Ribeiro Bastos é a responsável pela música. Nas procissões, as bandas de música executam marchas e melodias fúnebres de autores sanjoanenses.

 


 

Semana Santa

A Semana Santa celebrada em São João del-Rei é a única no Brasil que preservou antigas tradições, hoje abolidas. É promovida pela Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar. Fundada em 1711, mantém com justo orgulho, a Semana santa considerada a melhor que se celebra no Brasil ,sendo a única no mundo que ainda realiza os Ofícios de Trevas quando são executados os Responsórios e as Laudes compostos pelo Padre José Maria Xavier, alterando com o Coro Gregoriano que canta os Salmos, as Lamentações e as Antífonas. Todas as solenidades são realizadas na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, da qual é Pároco o Revmo. Monsenhor Sebastião Raimundo de Paiva.

Tem início com o Domingo de Ramos, na Igreja do Rosário quando se realiza a Benção dos Ramos, seguido em procissão para Catedral Basílica do Pilar, onde é celebrada a missa solene com o Canto da Paixão, segundo São Mateus. A Paixão é cantada em gregoriano por três sacerdotes que são Cristo, Cronista, Sinagoga, com interferências dos Bradados das Turbas pelo coro e orquestra. Esses cantores ficam postados assim: Cristo, no presbitério ao altar, Cronista no púlpito à direita, Sinagoga no púlpito à esquerda. O Cronista faz a narrativa da Paixão.

À tarde é realizada a Procissão do Triunfo, que percorre o trajeto tradicional no centro da cidade. Em ambas as procissões os fiéis portam ramos e palmas que foram benzidos pela manhã. São guardados e queimados nas ocasiões de tempestades quando se invoca a proteção divina para evitar cataclismos. A Igreja guarda parte dos ramos bentos que são reduzidos a cinzas para a Quarta-Feira de Cinzas quando o celebrante da missa faz com ela uma cruz na testa dos fiéis, dizendo: " Convertei-nos e crede no Evangelho".

Na segunda e terça-feira, após a missa das 19 h realiza-se a solene Via sacra, quando são executados os Motetos dos Passos, Maestro Ribeiro Bastos, concluindo com o famoso "Misere", obra do compositor tiradentino Capitão Manoel Dias de Oliveira.

Na Quarta- feira, às 19 h é realizado, com toda a solenidade, o Ofício de Trevas, quando o coro e orquestra, observando antigo costume, não ficam na tribuna do coro e sim próximo ao presbitério. Um grande candelabro triangular; de 15 velas,é colocado no lado da Epístola e cada Salmo cantado é apagada uma vela. As velas desse candelabro são feitas de cera e a que fica no vértice do triângulo representa Jesus Cristo. È a única que não se apaga. No final do Ofício de Trevas , quando se inicia o Christus factus est, ela é retirada e colocada no vértice do altar. Todas as velas são apagadas quando se inicia o Benedictus, assim também, gradativamente, as luzes da igreja. Após a oração final. Todas as luzes se apagam por um instante, quando se realiza ruídos das trevas que preconizam a ressurreição de Jesus Cristo.

Na Quinta-feira santa, ( Feria quinta in Coena Dimini) pela manhã, é celebrada com toda a solenidade a Missa do Crisma, quando o Bispo com todo o seu Presbitério( isto é: todos os padres da Diocese), benze os Santos Óleos dos Enfermos e dos Catecúmenos e consagra o santo Óleo do Crisma, usado nos sacramentos do Batismo, Crisma e Ordem. Nesta Missa o Bispo celebra como Pontífice e, por isso, acrescenta-se mais uma vela às outras sies na banqueta do altar do lado da Epístola. Ainda nesta Missa o Bispo renova com seu Presbitério as Promessas Sacerdotais entregando a cada padre um exemplar da carta do p

Papa João Paulo II que, a cada ano se dirige aos Padres de toda a igreja com a sua mensagem de Páscoa.

À tarde é celebrada a soleníssima Missa In Coena Dómini ( Ceia do Senhor). Após a missa o Santíssimo Sacramento, sob pálio é conduzido solenemente para ricamente ornamentada de alfaias e flores naturais, onde permanecerá até a Comunhão da Sexta-Feira santa. Conclui-se a cerimônia com a Desnudação dos Altares, como um sinal de luto da Igreja, significando também o momento em que Cristo foi despojado de suas vestes para ser crucificado. Após o Glória da Missa não se tocam mais os sinos e nem as campainhas e os sinais litúrgicos passam a ser dados na matraca, instrumento triangular de madeira com aldrabas de ferro. O s sinais assim dados representam um apelo à Cruz de Jesus Cristo.

Merece destaque o capricho e bom gosto com que se ornamenta a Capela do Santíssimo. Várias pessoas da comunidade são-joanense, que cultivam plantas ornamentais, emprestam seus vasos para serem colocados na Capela nestes dois dias. As mais ricas alfaias da catedral são utilizadas para essa ornamentação.

À noite, é realizada a singular cerimônia do Lava-Pés, relembrando o ato de Jesus Cristo que, antes da ceia lavou os pés de seus discípulos e nos deu o novo mandamento: " Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Nesse ato, Bispo Diocesano lava os pés de 12 jovens acólicos da Catedral que representam os Apóstolos. Em seguida é proferido o Sermão da Caridade quando o orador sacro discorre sobre o mandamento da Caridade, dado por Jesus Cristo: " Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

Na Sexta- Feira Santa (Feria Sexta in Parasceve) pela manhã é realizado o Ofício de Matinas e Laudes ( Ofício de Trevas), prórprio desse dia, seguido o mesmo cerimonial do Ofício de Quarta-feira Santa.

Às 12h30m tem início o Sermão das Sete Palavras, quando o pregador, secundado pela orquestra e coro, rememora a agonia do salvador na Cruz. É um sermão longo que deverá durar até às 15 h, hora da morte de Jesus Cristo. Antes da cada palavra comentada pelo orador sacro a orquestra e coro executam um moteto e a música da " Palavra". Quando o coro canta a "Palavra" o orador e os fiéis se po~em de joelhos para ouvi-la em sinal de respeito e contrição às últimas palavras do Redentor. A seguir o pregador dicorre sobre a "Palavra".

Concluído o Sermão das Sete Palavras, às 15 horas tem início a Solene Ação Litúrgica, quando se fazem Leituras, o Canto da Paixão, segundo São João ( como Domingo de Ramos), a Oração Universal, a Adoração da Cruz ( quando a Cruz é solenemente desvelada e todos se prostram em veneração à cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo).Depois de desvelada a Cruz, ela é colocada sobre um rico tapete de veludo vermelho e o Bispo, os padres, os Irmãos do santíssimo sacramento e os Acólitos vão, dois a dois, fazendo três genuflexões, osculam a Cruz em sinal de veneração ao símbolo da Redenção da Humanidade.

A Ação Litúrgica é concluída com a Sagrada Comunhão, quando o Santíssimo Sacramento retorna da capela para o presbitério, precedido de dois Acólitos portando velas acesas e dois Irmãos do Santíssimo portando duas lanternas de prata; um Irmão do Santíssimo Sacramento vai à frente do cortejo tocando a matraca avisando, que o Santíssimo Sacramento se aproxima do altar. O Santíssimo é conduzido pelo 1º Concelebrante, revestido pelo véu de ombros, debaixo da umbrela que é sustentada pelo Provedor da Irmandade do santíssimo sacramento. Nessa ocasião 2 coros alternados cantam o Hino " Vexila Regis". O Bispo, inicia o rito da Comunhão rezando com todos os presentes o Pai Nosso, comungando em seguida junto com todos os padres presentes. Depois a Eucaristia é distribuída a todos os fiéis.

À noite é realizada uma das mais comoventes cerimônias da Semana Santa: O Descendimento da Cruz, que é celebrado nas escadarias da Igreja das Mercês.O pregador relembra o ato realizado por José de Arimaréia e Nicodemos, representados nesse ato por dois sacerdotes, retirando da cruz o corpo do Divino salvador, seguindo-se a Procissão do Enterro, na qual são representadas as grandes personagens do antigo e do Novo Testamento,devidamente caracterizados por pessoas da comunidade. Nessa procissão há o lamento das Santas Mulheres, o canto da Verônica e os corais processionais que cantam obras do compositor Manoel Dias de Oliveira.

Tem conclusão ao chegar à Ctedral Basílica quando a veneranda imagem do Senhor Morto é incensada e depois venerada, em piedoso silêncio, por todos os presentes à cerimônia e que acompanham a procissão.

No Sábado santo, pela manhã, diante do esquife do Senhor Morto, é relizado o Ofício de trevas, como os anteriores. Merece atenção a III Lição do Primeiro Noturno: a comovente Oração de Jeremias, cantada em gregoriano no tom solene, cujo texto é uma súplica fervorosa, em que o Profeta Jeremias pede a Deus lembrar-se das desgraças acontecidas ao seu Povo levado cativo.À noite realiza-se, com grande solenidade, a Vigília Pascal. Inicia-se co Benção do Fogo novo quando é aceso o Círio Pascal ( que representa o Cristo , Luz do Mundo ). O fogo com que se acende o Círio Pascal é tirado da pedra e, com ele acesos os carvões donde se tira a chama. Esse ato é realizado no adro da Catedral e a Igreja permanece sem nenhuma luz acesa. Ao entrar na Catedral o sacerdote que conduz o Círio canta em latim: Lumen Christi (Eis a luz de Cristo), ao que todos respondem: Deo grátis! (Graças a Deus) logo começam a se acender as velas retirando da chama do Círio que é passada aos que estão próximos.O Lumen Christi é repetido mais duas vezes com sacerdote elevando a cada vez a voz. Após a terceira voz são acesas também as luzes da igreja. Canta-se a seguir o Precônio Pascal, em latim,diante do Círio que é colocado em um grande tocheiro de prata, nos degraus do altar. Fazem-se, a seguir 7 leituras tiradas do Antigo Testamento, intercaladas pelos Tratos executados pela orquestra e coro. Novamente as luzes são apagadas e o Bispo entoa solenemente o Glória in excélsis Deo, ( Glória a Deus nas alturas) quando são acesas todas as luzes e batem as campainhas, carrilhões e os sinos da catedral, abrindo-se as cortinas do trono, anunciando a gloriosa ressurreição de Jesus Cristo. A seguir é benzida a água e realizado o batismo e feita a renovação das Promessas do Batismo por todos.Segue-se a Missa Solene que é concluída com a comunhão, durante a qual a orquestra e coro executam os Responsórios das Matinas da Ressurreição.

O Domingo da Ressurreição é o ápice da Semana Santa. É celebrada Missa Solene da Ressurreição do senhor pela manhã, com homilia pelo Bispo Diocesano. À tarde realiza-se a triunfal Procissão do Santíssimo Sacramento que é conduzido sob pálio branco Bispo, concluindo com a Benção do Santíssimo Sacramento ao regressar a procissão para Catedral . Após a Benção do Santíssimo todos os presentes cantam o hino a Nossa Senhora do Pilar, homenagem filial à Padroeira da Paróquia, da Cidade e da Diocese de São João del-Rei.

Após a missa das 19h realiza-se o expressivo e singelo ato de Coroação de Nossa Senhora que que é precedido de pregação alusiva à ressurreição de Cristo e à participação de Maria no ato da Redenção. O Bispo, acolitado por dois sacerdotes, sobe ao trono onde está a imagem de N. S. das Dores e, ao som da belíssima antífona Regina Coeli laetare, Alelluia do compositor saojoanense Pe. Jose Maria Xavier, retira as espadas cravadas no peito de N. Senhora e o diadema de 12 estrelas e o substitui por rica coroa real, de prata, simbolizando que Maria é Rainha dos céus e da terra.

A Semana Santa é concluída com o canto solene do Te Deum Laudamos, quando os sacerdotes, coro gregoriano e povo cantam alternadamente com o coro e orquestra a ação de Graças oficial da Igreja, concluindo-se o ato quando todos os sacerdotes cantam o Benedicamus Dómino Aleluia que é respondido por todos os presentes com o Deo Gracias Aleluia.

A Semana Santa é abrilhantada pela Orquestra Ribeiro Bastos (fundada em 1790) que executa obras dos autores mineiros e especialmente dos compositores são-joanenses, Pe. José Maria Xavier, Martiniano Ribeiro Bastos, João da Matta, Carlsso dos Passso Andrade, Presciliano Silva, Firmino Silva, Cantelmo Júnior, Manoel Dias de Oliveira, entre outros.

 


 

Festas de Nossa Senhora

São João del-Rei celebra com grande dedicação as festas de Nossa Senhora do Carmo organizado pela Ordem Terceira do Carmo; Nossa Senhora da Boa Morte e Nossa Senhora da Glória organizada pela Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte; Nossa Senhora das Mercês organizada pela Arquiconfraria de Nossa Senhora das Mercês; Nossa Senhora do Pilar; Nossa Senhora do Rosário, organizada pela Confraria de Nossa Senhora do Rosário; Nossa Senhora da Conceição organizada pela Ordem Terceira de São Francisco. São realizadas novenas preparatórias, todas com participação das Orquestras bicentenárias Ribeiro Bastos e Lira Sanjoanense executando música em latim compostas nos séculos XVIII e XIX. São realizadas procissões que percorrem o centro histórico com grande participação das associações religiosas leigas, autoridades civis, militares e religiosas, da população e de visitantes.

 


 

Bom Jesus do Matosinhos

O Padroeiro da paróquia de Matosinhos, Bom Jesus, é celebrado no

mês de setembro, chamada Festa de Matosinhos. Comemorada, originariamente, no tempo de Pentencostes, junto ao dia dedicado ao Divino Espírito Santo. Até meados de 1930 ambos os festejos corriam juntos nos meses de maio / julho. Posteriormente a devoção ao Bom Jesus de Matosinhos passa a ser comemorado em setembro. Os religiosos indicam que a origem da devoção na região de São João del-Rei deve-se à figura do Bom Jesus, da qual também origina-se a capela. A essa devoção portuguesa, pode ser também atribuído o espírito de romaria presente na festa.

A igreja, proclamada Santuário, é obra da década de 1960,tendo sido lamentavelmente demolida a capela originária do século XVIII.

De 5 a 13 realiza-se à noite a novena solene, sendo celebradas missas diárias às 15 h e às 19h. Cada dia da novena acontecem romarias dos grupos específicos ( comerciantes,professores,aposentados,políticos, afro ascendentes,ruralistas, jovens,portadores de deficiências. Há transmissão ao vivo pela Rádio São João del-Rei e ampla cobertura jornalística.

 


 

Festa do Divino Espírito Santo

A festa do Divino Espírito Santo na Igreja de Matosinhos, autorizada pelo Papa Pio VI no ano de 1783 foi surpresa em 1924 e resgatada em 1998. O motivo da suspensão,conforme jornal Ação Social (S.J del-Rei) de 12.06 de 1924, foram a alegação de que durante os festejos,aconteciam brigas e excesso de jogos de azar. A decisão do Bispo de Mariana foi protestada pela imprensa e comunidade. A paróquia de Bom Jesus de Matosinhos foi criada em 1960.

O programa festivo, realizado em data móvel de petencostes, compõe-se de um conjunto de festas iniciadas no sábado com o anúncio da festa pelas ruas da cidade. Seis dias antes do tríduo preparativo realizam-se reflexões na comunidade e no domingo que antecede o tríduo acontece a cavalgada do Divino. Durante o tríduo, a programação consta de : 1º dia, missa às 19h e logo após, retreta com banda de música e show no salão cultural. No segundo dia Procissão do Imperador Perpétuo – Santo Antônio, fato característico da Festa de Matosinhos que é esta procissão; o santo é conduzido em leitura acompanhado de banda de música de São Francisco, parando na gruta do Divino ( Construção recente) onde o Imperador coroado ingressa o cortejo, seguindo para matriz do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Na chegada, queima de fogos de artifício e mais tarde,encontro de bandeiras com apresentação de grupos de folia do Divino e apresentações musicais. No terceiro dia, chamado dia Maior, alvorada festiva às 6h, missa às 7h e às 8 h chegada dos grupos dos congados e levantamento de mastros. Às 9h missa das crianças, às 10h 30 apresentações folclóricas ( Pastorinhas, Danças-das-Fitas,recolhimento do Reinado. À 14h desfile do Cortejo Imperial. Às 15 h missa solene como participação da Orquestra Lira Sanjoanense executando repertório em latim e logo após coroação do novo Imperador. Às 18 h procissão luminosa do Divino Espirito santo e em seguida, descida dos mastros e despedida dos congados.

BANCO DE FOTOS

Corpus Christi

Domingo da Ressureição

Festa de Nossa Senhora do Pilar

Festa de Nossa Senhora do Rosário

Festa de Nossa Senhora da Boa Morte

Festa de Nossa Senhora das Mercês

Festa de Nossa Senhora do Carmo

Folia de Reis

Lava-pés

Ofício de Trevas

Procissão do Encontro

Procissão do Enterro

Festa de Nossa Senhora da Conceição

Sábado Santo

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