Estudo identifica benefícios e potencialidades de frutos do Cerrado

Publicada em 07/06/2024

Nesta quinta, 6, o professor Júlio Onésio Ferreira Melo, do Campus Sete Lagoas, apresentou o trabalho Árvores frutíferas do Cerrado, no seminário de divulgação das pesquisas do Projeto Rural Sustentável (PRS Cerrado).

Foram palestras, mesas-redondas e visitas técnicas para discutir ações sustentáveis avançadas para alavancar a produção e preservação do campo, com a presença de pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Agrobiologia, Embrapa Agrossilvipastoril, Epamig, e das federais de Viçosa, Lavras, São João del-Rei e Rio de Janeiro.

Alunos do Grupo de Ensino de Pesquisa e de Extensão em Química e Farmacognosia (GEPEQF) dos cursos do Campus Sete Lagoas também participaram do evento que promove a interação e a troca de conhecimentos nesta área, essencial para a formação dos discentes. O professor palestrante Júlio Melo é líder do grupo e desenvolve estudos com diversos frutos nativos do Cerrado mineiro. Este, tem o objetivo de desenvolver as potencialidades alimentares, ecológicas, educacionais, econômicas e sociais relativas aos frutos do Cerrado.

O estudo identificou compostos benéficos à nossa saúde em frutos como araticum, baru, buriti, cagaita e pequi de diferentes municípios da região central de Minas Gerais. A partir da caracterização dos compostos químicos presentes nos frutos, os pesquisadores desenvolveram novos produtos com maior valor agregado e durabilidade. São eles: geleia de polpa de buriti, geleia de polpa de cagaita, conserva de caroço de pequi, bala de cagaita, doce da polpa de cagaita, licores da polpa e da castanha de baru e bolo da polpa de cagaita. O GEPEQF transferiu a maioria desses processos de produção para as comunidades rurais atendidas pelo grupo de pesquisa.

A iniciativa é importante para chamar a atenção sobre a questão do Cerrado, considerado o segundo maior bioma da América do Sul e possui uma das formações vegetais com maior biodiversidade, ressaltando que nesta quarta, 5, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente.

“O seminário demonstrou, mais uma vez, a capacidade da UFSJ em contribuir com respostas para demandas sociais emergentes, como, por exemplo, as questões relativas ao bioma do cerrado, que vem sofrendo crescente devastação. O professor Júlio orientou 41 estudantes, que foram qualificados para atuar com a temática. Além disso, o projeto integrou extensão, ensino, pesquisa e inovação, gerando produtos e transferindo conhecimento para a sociedade”, ressalta o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFSJ, André Baldoni.

Júlio se apresentou no Painel Temático II – Inovação sustentável no Cerrado: explorando áreas experimentais para transformar a agropecuária

Mais detalhes sobre o trabalho estão disponíveis aqui.

 

Texto e arte:  Mariana Eduarda Agreste Silva