Literatura na escola: pesquisa introduz novas metodologias de ensino

Publicada em 11/07/2024

Inovar no ensino de literatura na escola pública. Esse é o objetivo do projeto de pesquisa O ensino de Literatura na formação inicial e continuada do professor e do discente da escola básica para uma educação inclusiva e para o enfrentamento e a superação das desigualdades de gênero e étnico-raciais na escola, financiado pela Fapemig e coordenado pela professora Andréa Portolomeos (DELAC). Com base em problemas diagnosticados nas tradicionais metodologias de ensino de literatura, a pesquisa busca pensar em novas metodologias para professores trabalharem o texto literário na sala de aula, no enfrentamento das desigualdades de gênero e étnico-raciais.

O projeto defende que o ensino de literatura baseado na leitura literária promove uma educação socialmente inclusiva ao exercitar as chamadas competências socioemocionais dos alunos, desmobilizando preconceitos historicamente arraigados. Segundo Andréa, “muitos professores sofrem com uma formação inicial que não discute, de forma mais técnica, a leitura do texto literário em sala de aula, e com a falta de formação continuada voltada para esse conteúdo específico.”

A pesquisa atua na formação inicial e continuada do professor, na medida em que conta com a participação de alunos da graduação e um professor da escola básica. O projeto está sendo implementado na Escola Estadual Evandro Ávila, no distrito de Rio das Mortes. A equipe executora foi avaliada pelo comitê da Fapemig, que destacou a sólida experiência da coordenadora e dos outros professores da equipe, Maria Ângela de Araújo Resende (DELAC-UFSJ), Eliana da Conceição Tolentino (DELAC-UFSJ) e Glauco Soares Joaquim (SSE-MG). O projeto pretende ainda ampliar o debate dos resultados para um maior número de professores da rede estadual por meio de oficinas, publicações, participações em eventos científicos, mídias digitais e outros.

A Fapemig aprovou financiamento por três anos, com recursos para bolsas de Iniciação Científica destinadas a alunos de Letras e à aquisição de livros para a biblioteca da escola. A coordenadora avalia que “a aprovação de um projeto de pesquisa, com viés extensionista, é sempre muito positiva para a Universidade hoje, pois ela reafirma a inserção dos docentes nos debates contemporâneos sobre a função social da universidade, tendo em vista os graves problemas que historicamente nos acompanham.”

Acompanhe o desenvolvimento do projeto pelo Instagram Sankofa – Literatura e Transformação Social.

 

Edição de Imagens: Clarice Muscalu