Projeto Exercitar para Tratar e Prevenir promove qualidade de vida de idosos

Publicada em 28/06/2017

O projeto de extensão “Exercitar para tratar e prevenir”, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), trabalha com portadores de doenças crônicas não transmissíveis no bairro Tejuco, em São João. São realizadas atividades físicas três vezes por semana, a cada segunda, quarta e sexta-feira, com uma hora de duração. O projeto atende entre 25 e 30 pessoas. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos participantes.

A atividade multidisciplinar, cujas ações são realizadas por alunos bolsistas da Universidade, tem como ferramenta o acompanhamento psicológico, a partir de terapias em grupo e também na área de Enfermagem, com a medição da pressão arterial e análise periódica do estado de saúde dos envolvidos. O coordenador do curso de Educação Física da UFSJ e do Exercitar para Tratar e Prevenir, professor Alessandro de Oliveira, afirma que o projeto tem conseguido fornecer uma grande credibilidade na melhoria da qualidade de vida da população. Para ele, “esse retorno é demonstrado não só pelo ponto de vista clínico, mas, também, emocional. Você vê que as senhoras e senhores que vem aqui se sentem muito mais vivos no sentido amplo da palavra", explica.

Alessandro cita como exemplo uma diabética que estava na faixa de quase 155 miligramas de glicose caiu para 110 com as ações do projeto. "Isso nos ajuda e incentiva”, arremata.

O social

Além do retorno clínico, também merece destaque para Alessandro a importância social do projeto. “Não temos como explicar ou até mesmo definir o sentimento por ajudar essa população, que, na grande maioria, não tem condições financeiras de ter um acompanhamento tão especializado quanto este", diz o professor. Para ele, este deve ser o objetivo da Universidade. "Quando a gente trabalha com um projeto de extensão, nós queremos dar uma oportunidade a quem não tem possibilidade de ter esse acompanhamento um pouco mais especializado. E ao mesmo tempo também promovemos crescimento profissional dos nossos alunos”.

A aluna bolsista Célia Maria, participante há dois anos do projeto, concorda. Na sua opinião, as atividades realizadas auxiliam e melhoram a qualidade de vida. Este é também o pensamento de Augusto César, estudante do quinto período do curso de Educação Física. “Além de um bom convívio com a cidade, com o pessoal da terceira idade, eu vejo também uma grande melhoria para a sociedade, por contribuir com os nossos conhecimentos", acredita o aluno, que acrescenta: “Eu vejo aqui um grande ganho psicológico ao perceber que elas chegam perto de você, contam como foi o dia delas, como estão. E também pelo fato de ser outra realidade, outras pessoas que elas vêm, mais alguma coisa para preencher o dia delas, por causa dos exercícios."

Augusto se sente realizado "por ver que estou auxiliando uma senhora a dormir melhor, acordar melhor, a conseguir agachar para amarrar um tênis sem reclamar de dor. Do mesmo jeito que eu me sinto realizado, também vejo que podemos melhorar mais ainda a vida delas, tanto no físico quanto no emocional. Eu tento melhorar ao máximo porque levo com muita gratidão essas meninas no coração, entende?”

Exercitar para Tratar e Prevenir

O projeto teve seu início em 2006, parando as atividades em 2011 para doutoramento do coordenador. Agora, passa por um processo de aprimoramento por meio da atuação do personal de Educação Física e a construção de um projeto multidisciplinar, com acompanhamento psicológico, incluindo terapias grupais e também na área de Enfermagem com a medição da pressão arterial e análise periódica do estado de saúde dos participantes. Três bolsistas dão suporte ao projeto.

As atividades acontecem em espaço no bairro Tejuco, fornecido no pela Prefeitura Municipal de São João del-Rei. A duração é de cerca de uma hora, três vezes por semana, todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Cerca de 25 a 30 participantes, com uma frequência superior a 85%, são reavaliados a cada quatro ou cinco meses. 

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