Reforma do biotério entra na reta final

Publicada em 08/05/2018

O novo local dos trabalhos do Núcleo de Criação de Animais de Laboratório (Nucal) está quase pronto. A previsão é que os últimos ajustes sejam finalizados até o meio do ano. O biotério, que passará a funcionar no Campus Tancredo Neves, precisava se ajustar às particularidades exigidas para a implantação de um sistema controlado de temperatura, luz e umidade.

funcionaria terceirizada do NUCAL e ex-bolsista da Rede Mineira de Bioterismo, Lorenza Ribeiro Soares, explica o funcionamento ideal para o espaço: “Aqui é o que chamamos de Sistema Convencional Controlado - temos as barreiras sanitárias, procedimentos que controlam a entrada de pessoas, para evitar que os animais sejam contaminados.” Para lidar com os roedores, a equipe do Núcleo possui uma série de cuidados como o uso de jaleco, luvas, máscara e touca.

Atualmente, o biotério da UFSJ funciona no Campus Dom Bosco e possui quatro salas, que comportam ratos Wistar e camundongos Swiss. Já no novo local, o Núcleo pretende criar também os gerbils, esquilos-da-mongólia que apresentam uma demanda muito grande, principalmente nos estudos sobre epilepsia.

O novo espaço irá atender melhor à atual demanda da UFSJ. Levantamento feito pela equipe do Nucal aponta que até o meio do ano serão entregues mil animais. Com oito salas, lavanderia, salas de estoque e eutanásia, será possível aumentar a criação em até três vezes. O biotério fornece animais para os departamentos de Medicina, de Ciências Naturais, de Engenharia de Biossistemas, e para todos os cursos do Campus Centro-Oeste Dona Lindu.

Biotério: criação destinada à pesquisa

Na UFSJ, o Biotério Central começou a funcionar em 2006, com o objetivo de atender às solicitações de animais destinados à pesquisa e ao ensino. Uma das normas do atual Nucal é obedecer às exigências da Comissão de Ética no Uso de Animais da UFSJ (Ceua).

Criado em 2011, é por meio do Ceua/UFSJ que as atividades de ensino, pesquisa e extensão devem ser solicitados. A Comissão também é responsável por intermediar a inserção dos biotérios/laboratórios de produção no Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais (Ciuca). A plataforma foi criada pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) e todas as universidades que produzam, mantenham ou utilizem animais em ensino ou pesquisa devem ser cadastradas nela.

O Concea é uma instância destinada a credenciar instituições que desenvolvam atividades no setor e formular normas que proporcionam a utilização humanitária dos animais. Além disso, é o Conselho que estabelece os procedimentos necessários para a instalação e o funcionamento de centros de criação.