A paternidade - navegando em águas misteriosas

Publicada em 08/08/2020

Celso Judson Tadeu Batista Ferreira, aluno da Bioquímica da UFSJ, é mais um personagem de nossa série que sempre quis ser pai. Mas, para ele, a paternidade chegou de forma inesperada, não planejada. O nascimento de sua filha Ayra veio no momento da aprovação de Celso no concurso da Marinha do Brasil.

O pai de Ayra chegou a embarcar para a Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo (EAMES). Chegando lá, soube que não poderia ter filhos e, além disso, teria de ficar um ano dentro do quartel, saindo apenas aos finais de semana. Nessa hora, decidiu o que fazer: “preferi ficar perto da minha filha”. Saiu da Marinha.

Conciliar trabalho, estudos e paternidade é um desafio nada fácil. O papai gostaria de ter mais tempo com a filha, “mas o pouco tempo que temos, faço valer a pena”, garante.
Durante a pandemia de Covid-19, então, a família enfrenta novas adversidades. Ayra não gosta de ficar dentro de casa, adora a escola! Perguntas sobre poder sair de casa e o retorno das aulas são constantes, é uma garotinha agitada. “Mas o lado bom é que tenho mais tempo pra brincar com ela”, pontua Celso.

Mesmo com todas as dificuldades, para o pai e aluno da UFSJ, o maior desafio é educar. “Não podemos deixar uma criança fazer o que quer, mas, ao mesmo tempo, precisamos mostrar que ela pode tudo, dentro de seus devidos limites”. Como diz Celso, é aquela história do "tudo posso, mas nem tudo eu devo". E arremata: “se conseguir mostrar pra ela o verdadeiro sentido de amor e respeito, já estarei com metade da tarefa de pai cumprida”.

Para o papai Celso, ser pai é uma mistura de tudo. Ele ama a experiência: “não me vejo sem minha filha mais, ela é minha vida!”

Personagens do dia:
Celso Judson Tadeu Batista Ferreira, pai, técnico em informática e estudante de Bioquímica da UFSJ;
Ayra Eduarda, filha, 7 anos