Reitor busca recursos para obras e vagas para servidores no MEC

Publicada em 17/08/2021 - Fonte: ASCOM

O reitor Marcelo Andrade abriu a reunião do Conselho Universitário (Consu), nesta segunda, 16, com um relato sobre a viagem que fez à Brasília, na semana passada. O reitor se reuniu com o secretário de Educação Superior (Sesu) do MEC. Na pauta, o pedido de recursos para a realização de várias obras emergenciais na UFSJ, e para as quais a instituição não dispõe de recursos. Segundo Marcelo, o encontro foi proveitoso. “A Sesu nos informou, no final do mês de julho, sobre o desbloqueio dos recursos relativos ao orçamento de 2021. Os últimos R$ 3.675.512,00 que faltavam foram liberados; entretanto, o corte de R$ 10 milhões, em relação a 2020, não foi revertido. Agora, precisamos da liberação de recurso pelo MEC para obras importantes e urgentes”, explicou.

No ofício encaminhado à Secretaria de Educação Superior, figuram obras para assegurar acessibilidade, preservação do patrimônio histórico e segurança. “Estamos na gestão há 15 meses e algumas obras já haviam sido incluídas em termos de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público Federal. A primeira delas diz respeito à acessibilidade no Campus Tancredo Neves, que tem infraestrutura antiga em relação à legislação de acessibilidade. O custo da obra de adequação é de 1,9 milhões em capital e 800 mil reais em custeio, totalizando R$ 2,7 milhões. Cerca de R$ 2 milhões foram disponibilizados pela Sesu em 2020, mas a licitação foi fracassada. O projeto e as planilhas estão atualizados, permitindo, assim, a realização imediata de nova licitação”, detalhou.

Outra obra prevista em TAC é a construção de quatro paióis para o armazenamento de substâncias específicas nos campi de São João del-Rei, Ouro Branco, Divinópolis e Sete Lagoas, para os quais são necessários mais 5,3 milhões de reais. No que diz respeito à preservação do patrimônio histórico, o reitor informou que a gestão já tem prontos projetos para adequação às normas de combate a incêndio e instalações elétricas. “Já temos previstos R$ 2 milhões na PLOA de 2022, mas devido à magnitude das obras, precisamos de mais R$ 3 milhões. Em relação aos bens prediais, o Fortim dos Emboabas, edificação do século XVIII, patrimônio histórico de São João del-Rei, corre risco. O custo estimado para restauração é de R$ 2 milhões. A Universidade não dispõe desse recurso, por isso solicitamos intermediação da Sesu para recuperá-lo, de forma que nem a UFSJ e nem o MEC sejam responsabilizados pela perda desse patrimônio”, enfatizou.

Novas vagas e inovação
Na reunião com o secretário Wagner Vilas Boas, o reitor Marcelo Andrade voltou a insistir na obtenção de vagas para técnicos administrativos. Segundo ele, a questão é urgente, haja vista que a UFSJ tem hoje uma relação de 24,8 alunos para cada técnico. “Precisamos de servidores em todos os níveis, e emergencialmente.” Além de garantias para a contratação de novos técnicos, Marcelo solicitou, ainda, apoio para o credenciamento da UFSJ como Unidade de Inovação da EMBRAPII, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial. “Temos vários centros e grupos de pesquisa, em diversas áreas, que podem ser integrados à Empresa, hoje fundamental no ecossistema de inovação brasileiro, sendo também uma rede de colaboração capaz de alavancar tecnologias e o melhor uso dela”, acrescentou.

Encontro com a bancada parlamentar de Minas
Outro compromisso em Brasília foi a agenda com a bancada de parlamentares mineiros. A diretriz foi retirada em reunião da Andifes: que todos os reitores procurassem os parlamentares a fim de defender os interesses das universidades públicas. Depois de agradecer os recursos já repassados à UFSJ por meio das emendas individuais, Marcelo pediu a ajuda dos parlamentares para ratificar o entendimento das Ifes mineiras no rateio dos R$ 20 milhões da emenda de bancada. “Com isso, a UFSJ receberia R$ 600 mil”, frisou.

No Congresso, o reitor da UFSJ se encontrou com João Batista Marques, chefe de gabinete do senador Rodrigo Pacheco (Democratas), presidente do Senado, e com os deputados federais da bancada mineira: Domingos Sávio (PSDB), Frederico Escaleira (Patriota), Lucas Gonzalez (Novo), Reginaldo Lopes (PT) e Rogério Corrêa (PT). “Nós fizemos questão de enfatizar que, sem o apoio do Congresso, de maneira geral, as universidades públicas brasileiras podem ficar numa situação muito mais difícil do que a que enfrentamos hoje. Estamos atentos ao orçamento para 2022. É claro que todos os recursos vindos por meio de emendas são fundamentais, mas precisamos garantir mais verbas para a educação e um orçamento digno para fazer frente às demandas que temos. A UFSJ é uma instituição muito importante nos municípios onde tem seus campi. E não só do ponto de vista da educação, mas social e econômico. Temos hoje cerca de 15 mil alunos que estão sendo formados para garantir um futuro melhor para nossas cidades, nossa população e nosso país. Não podemos abrir mão disso”, finalizou.

 

Luciene Tófoli
Assessora de Relações Interinstitucionais