Reitor pede ao Mec ampliação de pessoal e recursos para obras

Publicada em 18/11/2021

O reitor Marcelo Andrade entregou hoje (18), oficialmente, ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, o pedido de ampliação do quadro de técnicos administrativos e de funções gratificadas para a UFSJ. Segundo Marcelo, a universidade possui a pior RAT – Relação Aluno Técnico – entre as federais brasileiras, em torno de 24,8. O encontro com o ministro aconteceu em Divinópolis, num evento promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, onde estiveram presentes, ainda, os dirigentes do CEFET, UEMG e Faculdade Pitágoras, além de lideranças regionais. 
 
Além do aumento de pessoal, o reitor da UFSJ, a diretora do Campus CCO Dona Lindu, Hérica Lima Santos, e a vice, Cristina Sanches, apresentaram a Ribeiro e à equipe técnica do Mec, in loco, a necessidade de construção de um paiós para armazenamento de produtos químicos, muitos deles controlados pelo Exército Brasileiro, e para os quais a UFSJ não dispõe de recursos próprios. “A estocagem de forma indevida oferece risco de explosões ou vazamento de produtos tóxicos, que pode acarretar perda patrimonial e de vidas”, salientou Hérica.  
 
Segundo Marcelo, em razão da UFSJ não possuir paióis, o MPF propôs um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta - para que essas estruturas fossem construídas nos campi da UFSJ. “Para a construção de três paióis nas cidades de Divinópolis, São João del-Rei e Ouro Branco será necessário o recurso orçamentário em torno de R$ 3 milhões e 600 mil. O quarto paiol será no campus de Sete Lagoas, que apresenta outras especificidades, como o armazenamento de combustível e óleo lubrificante e ainda, insumos agrícolas de risco, como adubos e pesticidas. O custo dele será de aproximadamente R$ 1 milhão e 700 mil”, detalhou Marcelo. 
 
No documento entregue ao ministro da Educação, o reitor Marcelo Andrade ressaltou, também, a necessidade de capital para projetos de adequação às normas de combate a incêndio e adequação elétrica dos prédios históricos que abrigam a sede da UFSJ. “Na PLOA 2022 da UFSJ estão previstos na rubrica “projetos específicos” R$ 2 milhões, entretanto, dada a vida útil e o período construtivo, esse recurso não será suficiente para a execução dos projetos já aprovados: serão necessários mais R$ 3 milhões”, justificou.
 
Outro projeto que diz respeito à preservação histórica é o Fortim dos Emboabas. A construção do século XVII, encontra-se ameaçada de desabamento e a restauração, que tem que seguir rígidos procedimentos técnicos, está orçada em R$ 2 milhões. “Ainda sobre o patrimônio Cultural da UFSJ temos o Centro de Referência de Pesquisa Documental - CEDOC, um importante centro de documentação, com equipe multidisciplinar e que tem no seu acervo obras raras, inestimáveis, e que necessita de atenção técnica muito específica, além de rigoroso controle de acesso ao prédio e seu acervo, bem como combate a incêndio, os investimentos necessários são na ordem de R$ 1 milhão”, disse. 
 
Em termos de obras, o reitor disse, ainda, que a UFSJ precisa ampliar os restaurantes universitários para atender aos 12 mil alunos que hoje necessitam desse serviço, o que vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 6 milhões. 
 
Demandas do Campus Dona Lindu
Na visita ao Dona Lindu, Ribeiro recebeu, ainda, uma série de demandas específicas da nova administração. Por se tratar de um campus que abriga cursos da área de saúde, referência em toda a região centro-oeste, conforme ressaltou a diretora Hérica, há questões importantes e muito específicas que necessitam de solução urgente, uma delas diz respeito à adequação da estrutura física, instalações e de equipamentos do Laboratório de Habilidades e Simulação (LAHAS) no Campus CCO, orçada em R$ 4 milhões.  “Atualmente, o LAHAS atende para treinamento de habilidades e para simulação de cenários próximos à realidade como recurso de ensino-aprendizagem os cursos de Enfermagem, Farmácia e Medicina da UFSJ além de apoiar a capacitação de profissionais para o sistema de saúde. Mais de 25 disciplinas e 650 estudantes realizam formação técnico-prática semestralmente. Apesar do volume de atividades, o LAHAS foi instalado provisoriamente no Bloco B do CCO/UFSJ e, após 11 anos de funcionamento, permanece a necessidade de ajustes na estrutura e de atualização de alguns equipamentos já muito desgastados pelo uso ou obsoletos”, justificou a diretora.
 
Outra demanda importante que vai atender aos interesses dos estudantes do Campus Dona Lindu foi apresentada pela vice-diretora, Cristina Sanches, e diz respeito à possibilidade de parceria entre a UFSJ e o Hospital Regional Divino Espírito Santo, de Divinópolis, que terá suas obras finalizadas pelo governo de Minas e pode servir como campo de prática para os alunos do CCO. Sanches observou que, atualmente, os discentes são obrigados a viajar, em média, de 1mil a 1500 km, por semana, para realizar as atividades de internato, o que coloca em risco e sacrifica muito nossos discentes. “Dessa forma, solicitamos a viabilização da atuação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) na gestão do Hospital Regional Divino Espírito Santo de Divinópolis/MG, como hospital escola da UFSJ. Também destacamos que essa possibilidade de gestão pode ser replicada no município de São João del-Rei, pois no Campus CDB e CTAN temos cursos da área da Saúde e mais especificamente o curso de Medicina tem as mesmas dificuldades do campo de prática em saúde”, ressaltou.
 
Luciene Tófoli
Assessoria de Relações Interinstitucionais