"Há uma batalha a se vencer e histórias a se mudar"

Publicada em 08/03/2022 - Fonte: ASCOM

No Dia Internacional da Mulher, as homenagens são repletas de mensagens que citam a luta por direitos e por justiça social. Exaltam a força, a resistência e, às vezes, a eterna meiguice e delicadeza esperadas de uma mulher.

Diante de tais e tais características, é possível questionar se seria a natureza da mulher que lhe confere tantos atributos ou se tantas aptidões são fruto da conveniência de uma cultura que pretende determinar como e onde as mulheres podem atuar. Uma cultura dentro da qual existem comportamentos “corretos” e “adequados” para cada ocasião.

O Dia Internacional da Mulher representa um grito contra as relações de poder pré-estabelecidas pela sociedade e consolidadas por gerações. Até mesmo sem perceber, mulheres, mães e meninas reiteram costumes, fortalecem preconceitos e impõem a mesma realidade àquelas que ainda estão por vir. O tempo passa e as histórias se repetem.

Na luta pela equidade, sozinhas ou unidas, é necessário o embate com a cultura que insiste em resistir por gestos, por olhares, por dizeres, por mãos pesadas que levam às lágrimas. Mesmo com o rosto ainda molhado, o levante é necessário. Há uma batalha a se vencer e histórias a se mudar.

O movimento de transformação começa internamente: cada uma precisa entender que deve ser respeitada e não mais calada. Ao assumir (e exercer) seu lugar de fala, é importante que a mulher se posicione e questione as imposições sofridas no contexto social. É necessário refletir sobre a infinidade de tarefas que ainda são “coisas de mulher” e que, somadas, geram uma carga mental quase impossível de administrar. Uma cabeça que não para, um corpo que não descansa e um coração que se angustia.

A partir da mudança de mentalidades, é importante a consolidação de ações que permitam a construção de uma realidade com menos obrigações e mais escolhas. Para todo esse processo, é fundamental o acesso das mulheres à educação, pois é por meio dela que se poderá conhecer os direitos e as formas de lutar pela construção de uma sociedade que proporcione mais liberdade, oportunidades e justiça.

Diante deste contexto, para marcar o Dia Internacional da Mulher, a UFSJ convida a repensar esses padrões através da arte. O cinema e a música são porta-vozes de muitas mensagens que nos fazem refletir sobre o lugar da mulher e as diversas situações intrínsecas à sua existência. O medo, a dor, a angústia, a condição não escolhida, a resiliência, a força e a necessidade de mudança estão presentes em diferentes obras produzidas e protagonizadas por artistas.

Entre 9 e 11 de março, vamos indicar produções audiovisuais que levam a pensar e a agir. Durante esses três dias, basta clicar nos links que divulgaremos e assistir a um curta-metragem e a dois clipes musicais que irão apresentar facetas da realidade vivida por muitas mulheres, mas também mostrar um novo caminho que convida a abrir as asas e voar. As análises que irão acompanhar os produtos que selecionamos para este 8 de março foram escritas por mulheres da comunidade acadêmica, convidadas a contribuir com as reflexões que poderão ser feitas a partir do material que selecionamos para nós, mulheres de lutas!

Confira a nossa programação:
9 de março
Vida Maria
Curta-metragem
Produção e direção: Márcio Ramos

10 de março
Triste, Louca ou Má
Clipe musical
Artista: Francisco, el Hombre

11 de março
Mulher do Fim do Mundo
Clipe musical

A simbologia adotada em nossa campanha está descrita neste link.