Programa Catalisa ICT, do Sebrae, seleciona quatro projetos da UFSJ

Publicada em 21/03/2022

A Universidade Federal de São João del-Rei comemora a aprovação de quatro novos projetos no programa Catalisa ICT, iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O resultado, divulgado há poucas semanas, listou as 250 propostas selecionadas em todo o país.

Cada projeto aprovado será contemplado com R$ 150 mil, que serão investidos durante os quatro anos da jornada de aceleração. Da UFSJ, são dois projetos do Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO) e dois outros, elaborados por pesquisadores dos campi Alto Paraopeba (CAP) e Dom Bosco (CDB).

Iniciativa articulada
O Catalisa ICT é uma iniciativa articulada do Sebrae, com a parceria de entidades do ecossistema nacional de inovação, com o propósito de acelerar e fomentar negócios inovadores de base tecnológica, alavancando a geração de riqueza e bem-estar para a sociedade.

Os pesquisadores, proponentes e membros da equipe selecionada deverão estar aptos a participarem das atividades de capacitação, acolhimento e mentoria on-line gratuitas, oferecidas pelo Sebrae e parceiros, a serem realizadas no período de execução dos Planos de Inovação, nas seguintes temáticas: valoração da tecnologia; modelo e desenvolvimento do negócio; transferência de tecnologia; opções de formalização de empresa. Aos projetos selecionados, o Sebrae disponibilizará, ao longo dos quatro anos, bolsas para participantes e auxílio financeiro a ser investido no custeio de cada iniciativa.

A seleção dos quatro projetos é saudada por pesquisadores da UFSJ, até mesmo aqueles que não participam diretamente dos projetos. É o caso do professor do CCO, Paulo Afonso Granjeiro, para quem é muito motivador ver projetos acadêmicos da Universidade contemplados. “Isso demonstra que o empreendedorismo e a inovação vêm aumentando na nossa instituição, reflexo do forte apoio que a gestão vem dando a esse importante pilar da Universidade”, afirma.

A seguir, conheça os projetos selecionados, seus objetivos ao final da jornada de aceleração e quem faz parte das equipes:

Nanopack Technology in Nanofood
Startup que tem por objetivo aumentar a shelf life dos frutos no pós-colheita. A tecnologia da NanoPack consiste em um revestimento nanotecnológico e biodegradável com nanoestruturas incorporadas em um biopolímero para preservação de frutos no pós-colheita. Shelf life é o tempo em que um determinado produto permanece com suas características originais e próprio para consumo na prateleira de uma loja ou supermercado.
Equipe
Igor José Boggione Santos (CAP)
Cinthia Rocha Silva (egressa da pós-graduação UFSJ )
Julia Moreira Silva (egressa da Engenharia de Bioprocessos)
Andersen Escobar Schlogl (mestrando PPGEQ)
Waldyr Promicia (Itacitrus)

Produção Acelerada por Nanotecnologia em Estufas
O objetivo da proposta é a manipulação do espectro solar visível por meio do uso de nanomateriais em estufas agrícolas modificadas. Essas estufas são capazes de converter o amplo espectro da luz do sol em uma frequência luminosa de maior eficiência para promover a fotossíntese. A estimativa é o aumento em até 30% na produção principalmente de folhosas, flores e frutas.
Equipe
André Felipe Vale da Fonseca (CDB: PPGMQ-MG e GPQM)
Brener Rodrigo Carvalho Vale (doutor FQMAT)
Letícia Ferreira Magalhães (mestranda FQMAT)
Thaís Adriany de Souza Carvalho (doutoranda FQMAT)
Tiago Paz Lasmar (doutorando USP)
Rafael Silveira Mourão (mestrando FQMAT)

Tratabio
A piscicultura no Brasil está em constante crescimento, porém, há um aumento no surgimento de doenças em peixes, causados por patógenos. Problemas como alta densidade de estocagem, geração de matéria orgânica e qualidade da água contribuem para o estresse nos peixes. Devido a esses problemas, ocorre a perda de qualidade de vida dos peixes, além de gastos com medicamentos e consequentemente alta mortalidade. A Startup Tratabio tem como solução para esses problemas um composto de probióticos e microrganismos que atuam na inibição de patógenos, de forma a prevenir as principais doenças que acometem os peixes de cultivo, reduzindo o estresse, aumentando a taxa de conversão alimentar e um aumento no tamanho e peso. Esse produto possibilitará melhorias na saúde geral dos peixes de cultivo, além de incrementar a produção dos piscicultores.
Equipe

Wanderson Duarte Penido (mestrando PPGBIOTEC)

Thais Paula de Araújo (mestranda em Biotecnologia)
Alessandra de Almeida Rosa Penido (Administração, Faculdade de Pará de Minas)
Júlia Maria Teixeira (Ciências Biológicas, UEMG)
Ana Clara Gontijo Maia (Bioquímica)
Carlos Henrique de Figueiredo Vasconcellos (doutor em Zootecnia, UFMG)

Innsumo Biosurfactantes
A Innsumo é uma spin off de base biotecnológica que nasceu da pesquisa relacionada aos biossurfactantes. O objetivo central é tornar seu bioprocesso economicamente viável, uma vez que suas propriedades físico-químicas despertam o interesse de diversos setores industriais. Como resultado, a equipe foi capaz de produzir de forma otimizada, a partir de microrganismo, um surfactante natural, utilizando matérias-primas renováveis. Em especial, devido seu alto desempenho tensoativo e emulsificante, essa substância pode ser utilizada como insumo na indústria de cosméticos como alternativa ecofriendly.
Equipe
 
Diego Fernandes Livio (doutorando PPGBIOTEC)
Hiure Gomes Ramos Meira (egresso da Bioquímica)
Maria auxiliadora de Oliveira (mestranda PMBqBM)

Mais informações sobre o edital do Programa Catalisa, neste link.