Speziali: a pesquisa segundo a Fapemig

Publicada em 16/08/2022

Fomento à pesquisa no Estado de Minas Gerais: desafios, avanços e estratégias. Esse foi o tema da palestra que o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig, professor Marcelo Gomes Speziali, proferiu na sexta-feira, 12, como parte da programação do I Simpósio de Pós-Graduação da UFSJ.

Mantida com recursos governamentais, a Fapemig é a principal agência de fomento à pesquisa em âmbito estadual e tem como missão promover o conhecimento científico, tecnológico e inovador, visando ao desenvolvimento econômico e social sustentável de Minas Gerais.

Marcelo Speziali fez palestra abordando a pesquisa mineira sob o ponto de vista da Fundação, sua forma de atuação a partir de seu planejamento estratégico, aprovado no ano passado. “Apoiamos o conhecimento básico, a inovação, a divulgação e a formação de recursos. A Fapemig tem o propósito de apoiar de A a Z o desenvolvimento da pesquisa, o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado”, ressaltou.

Segundo Speziali, em articulação com o setor produtivo, a Fapemig estabeleceu nove plataformas prioritárias para a Ciência em Minas, que vão desde agricultura do semiárido e tecnologias da cadeia produtiva do leite até produção e aplicações do lítio e inteligência artificial. “Essas plataformas são prioritárias, mas não exclusivas, podendo ser discutidas com os setores produtivos e com os pesquisadores. A gente consegue colocar todos os profissionais da Ciência em Minas Gerais dentro dessas plataformas”, afirmou o diretor.

Para o gestor, o Planejamento Estratégico da Fapemig revela que a estatal está muito preocupada em vislumbrar Minas Gerais no futuro, “para ver onde a gente quer chegar e como vamos atuar.” Speziali entende que a Universidade não faz inovação: quem faz é o setor produtivo. Mas a Universidade é parte, pois é ela que produz conhecimento a ser aplicado.

Índices
O diretor da Fapemig apresentou indicadores nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação de 2019. Minas Gerais aparece em quarto lugar em investimento. Segundo ele, em 2022, a Fapemig pretende executar todos os recursos investidos pelo Estado. Os recursos distribuídos este ano correspondem a 1% da arrecadação e estão distribuídos da seguinte maneira: 60%, ou cerca de R$ 249 milhões, vão para as diversas chamadas da agência e 40%, ou R$ 166 milhões, são destinados a projetos elaborados junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais.

Em nível nacional, segundo o ranking da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Minas Gerais aparece em sexto lugar nacional e em terceiro no Sudeste. O índice de inovação dos estados é feito pelo Observatório da Indústria do Ceará, tem o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e traz informações estratégicas que revelam o nível de inovação nas cinco regiões brasileiras. “A ideia é melhorar nossos índices. Temos muito a alcançar no índice global da invovação”, avalia Speziali.

A palestra completa pode ser acessada no canal da Prope no YouTube.