Programa que monitora as redes sociais nas eleições repercute no MG TEC

A edição do MG1, da TV Integração (Rede Globo), do dia 7 de setembro, apresentou aos telespectadores o Panorama Virtual das Eleições (Pave), desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Ciências da Computação da UFSJ (DCOMP). A plataforma monitora e analisa posts em redes sociais relacionados aos candidatos às eleições presidenciais deste ano. Coordenada pelo professor Leonardo Chaves Dutra da Rocha, a pesquisa protagonizou o quadro MG TEC que mostra as principais novidades do mundo da tecnologia e da inovação.  

 

De acordo com o docente Leonardo Rocha, o objetivo do programa era entender o que as pessoas estão pensando sobre os candidatos à presidência e quais propostas têm mais  e menos aceitação por parte dos eleitores.  “A ideia do programa surgiu para as eleições de 2014, já caracterizada por uma grande polarização, e também fizemos um acompanhamento das eleições de 2018. Agora, em 2022, conseguimos juntar um quantitativo maior de algoritmos que conseguem fazer análises assertivas de forma automática em texto, permitindo a identificação dos principais tópicos mencionados e qual o sentimento associado a cada um desses assuntos”. 

 

O Pave promove uma análise do que os usuários do mundo inteiro, que falam português, estão comentando sobre os três candidatos que estão à frente nas pesquisas, por meio da utilização de algoritmos que extraem as informações de duas redes sociais, o Twitter e o Reddit. De acordo com o mestrando em Ciências da Computação, Antônio Pereira, a plataforma permite o acompanhamento em tempo real dos conteúdos nas redes sociais. “Ao final do dia, é executada uma modelagem de tópicos que indica quais são os principais temas comentados”, explicou. Já o doutorando em Ciências da Computação, Washington Cunha, enfatizou que “o Pave possibilita  identificar a opinião real da população relacionada a cada um dos candidatos”. 

 

O professor Leonardo Rocha destacou ainda que, como resultado da pesquisa, o programa mostrou que, nas eleições de 2022, “os candidatos possuem militâncias que estão mais preocupadas em distorcer as propostas dos candidatos adversários do que apresentar os próprios projetos”.