1 - Consu promove primeira reunião de 2020

 
O Conselho Universitário (Consu) da UFSJ realizou nesta segunda-feira, 1º de junho, a primeira reunião do ano, presidida pelo reitor Marcelo Pereira de Andrade. Após três semanas de gestão, o encontro foi promovido no formato webconferência, de maneira inédita, e contou com a participação da vice-reitora, Rosy Maciel, de representantes do SindsUFSJ, da ADUFSJ e do Diretório Central dos Estudantes, totalizando cerca de 50 pessoas, entre conselheiros e convidados. De 9h às 17h30, o Conselho debateu os itens da pauta que trataram de diversos temas da Universidade.
 
O ponto que dominou as discussões foi a possibilidade de retorno às atividades didáticas dos cursos de graduação, de forma remota e em regime emergencial. Para o reitor Marcelo Andrade, qualquer decisão a ser tomada nesse sentido deve considerar a posição de docentes, discentes, técnicos-administrativos e terceirizados, pois a Universidade tem que prezar pela vida humana e pela segurança das pessoas. “Não sabemos quais as condições da nossa comunidade acadêmica para lidar com a retomada das aulas, mesmo que de forma remota. Também não sabemos como as pessoas estão”, destacou.
 
Membros do Consu reiteraram que o retorno às atividades didáticas, ainda que num regime emergencial, a distância, pode representar prejuízos para estudantes que tenham acesso limitado ou nenhum acesso à internet. Alguns dados foram apresentados para reforçar tais argumentos, como o fato de que mais da metade dos usuários de internet no país (59%) dispõe apenas de serviço pré-pago em banda móvel, imediatamente cortado assim que o crédito é consumido.
 
O Diretório Central dos Estudantes reforçou sua posição contrária à implementação das atividades emergenciais remotas para cursos presenciais. Estudantes de cada um dos campi da UFSJ estiveram presentes: Lucas Silveira (CCO), Lucas Lopes (CSL), Fabiana Leite e Letícia Arantes (Sede) e o conselheiro Amarildo de Sá (CAP). Para além da questão do acesso à internet, a entidade ressaltou que a qualidade do ensino seria gravemente prejudicada, principalmente em relação às disciplinas práticas de cada graduação.
 
Posse
A reunião da manhã marcou a posse de novos conselheiros e conselheiras, e analisou o Relatório de Gestão – Exercício 2019, aprovado anteriormente por ad referendum, que traz informações sobre o desempenho da UFSJ em relação às ações previstas no Plano Estratégico Setorial (PES), devendo ser enviado ao Tribunal de Contas da União, até a redistribuição de cinco professores da UFSJ para outras universidades, todas tendo como contrapartida a disponibilização de códigos de vagas para preenchimento posterior.
 
O reitor Marcelo Andrade considerou a reunião proveitosa, por trazer respostas às demandas da comunidade, fruto da qualidade dos debates e das decisões coletivas tomadas. “As reuniões do Consu devem ocorrer de forma dinâmica. Tivemos uma ótima participação e as discussões transcorreram de forma democrática”, afirmou.
 
 

2 - Tese da UFSJ é eleita a melhor de 2019 em Programa Multicêntrico

 
Trabalho aborda a produção de proteínas para testes de diagnóstico de esquistossomose
 
Tese desenvolvida na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) foi eleita a melhor em 2019 entre todas as produzidas no Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular, que engloba 20 instituições federais de ensino superior. O trabalho representará o Programa nos prêmios de teses Capes e Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq).
 
Produzida pela agora doutora Laís Nogueira, a pesquisa buscou o desenvolvimento de proteína e peptídeo que pudessem ser usados em testes mais eficazes para identificação da Esquistossomose mansoni. Ela explica que, em Minas Gerais, a maioria dos municípios apresentam transmissão ativa da doença. “Somado a isso, os métodos de diagnóstico disponíveis atualmente podem apresentar limitações, como baixa sensibilidade e especificidade”, informa.
 
Assim, o primeiro passo envolveu a produção de proteína recombinante por meio de bactérias (Escherichia coli), usadas como biofábricas. Neste caso, são utilizados epitopos provenientes de proteínas hipotéticas do parasita (Schistosoma). Essa proteína foi depois “isolada” da bactéria e testada nos soros de pacientes com esquistossomose. O resultado apresentado, segundo Laís, foi bastante promissor, revelando “que a proteína é capaz de diferenciar (a pessoa com a doença), num método que apresentou elevada sensibilidade e especificidade.
 
Em seguida, houve a síntese química (sem agentes biológicos, como as bactérias) de peptídeo proveniente de proteínas do parasita. A resposta também foi positiva, sendo capaz de identificar os pacientes com a doença. “Os resultados mostraram que a proteína e o peptídeo apresentam potencial para constituir um kit de diagnóstico para a Esquistossomose mansoni”, ressalta.
 
Para o orientador da pesquisa, professor Alexsandro Galdino, o estudo é inovador pelo fato de esse tipo de tecnologia ainda não ser usada no diagnóstico da esquistossomose. “Com isso, temos a possibilidade de inovar junto a empresas brasileiras que produzem kits diagnósticos”, adianta. 
 
Inclusive, esses fatores levaram a Comissão de Avaliação a considerar o estudo como de “altíssima qualidade, original, completo e de relevância no contexto social, científico e de inovação.” O trabalho de Laís originou o depósito de 13 patentes, além da publicação de quatro artigos e um capítulo de livro, além de resumo e apresentações em congresso.
 
 
Bate-papo com Laís Nogueira
 
Qual foi o sentimento de saber da escolha da sua tese como a melhor do programa multicêntrico?
O sentimento foi de gratidão, ao ver o reconhecimento de um trabalho árduo de quatro anos. Gratidão por ver que tudo que fazemos com amor, dedicação e empenho dá frutos. A escolha da minha tese como a melhor do programa multicêntrico me fez perceber o quanto eu cresci e amadureci profissionalmente, e o quanto pude aprender com meus erros e chegar até aqui. Além disso, pude constatar o quanto a colaboração e o trabalho em grupo são essenciais para o nosso sucesso. Se não fosse a contribuição substancial do grupo de pesquisa do professor Olindo Assis Martins Filho e da professora Andréa Teixeira de Carvalho, do Instituto René Rachou - Fiocruz Minas, do meu trabalho e de toda a equipe do Labiom, principalmente do meu orientador, professor Alexsandro Galdino, nada disso teria acontecido. 
 
Em um momento de corte de recursos e desestímulo à Ciência, como ações semelhantes contribuem para incentivar o trabalho dos pesquisadores?
Contribuem de forma a nos motivar ainda mais a fazer o que amamos. Também nos mostra que estamos no caminho certo e que, embora nos falte incentivo por parte do Governo, nós temos o principal: a vontade de trabalhar e a capacidade de fazer pesquisa de qualidade. Nós temos que continuar lutando pela pesquisa brasileira. Não é preciso ir para fora do Brasil para fazer pesquisa de qualidade, aqui nós temos pesquisadores de excelência que buscam contribuir para a melhoria de vida das pessoas. Podemos ver isso nessa pandemia: as universidades e os institutos de pesquisa brasileiros têm dado contribuições significativas no enfrentamento à Covid-19.
 

3 - Projeto contra a disseminação de fake news sobre a Covid-19

O projeto Criação de canais em sites de redes sociais para informação e esclarecimento sobre o enfrentamento à epidemia de Covid-19 e outros aspectos da saúde tem atuado contra a disseminação de fake news por meio de seus perfis no Facebook e no Instagram. O grupo vem produzindo uma série de vídeos, textos e outros conteúdos informativos, além de replicar boletins, portarias de órgãos oficiais e artigos científicos sobre a pandemia.
 
O projeto foi idealizado pela professora Elen Menezes, do curso de Enfermagem, e conta com a participação da professora Raruza Gonçalves, da Comunicação Social, e do professor Dárlinton Carvalho, do Departamento de Ciência da Computação, que oferecem suporte de acordo com suas respectivas áreas de atuação.
 
A equipe conta com nove estudantes, que também fazem parte do Núcleo de Estudos e Pesquisas: História e Memória da Enfermagem e da Saúde no Centro-Oeste Mineiro (NEHMESCOM). “O Núcleo participa trazendo para os estudantes e profissionais aspectos históricos relacionados com o momento vivido, mostrando como as lições do passado podem nos ajudar em tempos de Covid-19”, destaca Elen.
 
Para saber mais, acesse as redes do projeto e acompanhe as atividades!
 
 

4 - Site analisa impactos da Covid-19 na economia regional

Divulgar diagnósticos e discussões sobre os impactos econômicos da pandemia na região e combater a disseminação de fake news. Esse é o objetivo do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Economia (Nepe) da UFSJ, que lançou recentemente a página Economia e Coronavírus.
 
O projeto foi idealizado pelos professores que o coordenam: Douglas Marcos Ferreira e Gustavo Carvalho Moreira. As análises são elaboradas pelos alunos da graduação, da pós-graduação e pelos docentes do Departamento de Ciências Econômicas (Dceco). O grupo pretende manter o espaço digital enquanto perdurarem os efeitos econômicos e sociais da pandemia, que poderá se converter em um espaço permanente para o debate de questões regionais.
 
Mercados de bairro
Dentre as análises desenvolvidas, Douglas Ferreira aponta que os pequenos mercados “de bairro” foram fortalecidos na situação atual, já que a população está se locomovendo menos. Essa lógica, por consequência, impulsiona também os serviços delivery e gera oportunidades para os trabalhadores informais. “É um cenário complexo e de incertezas, porém o que se tem percebido é que esse período de confinamento traz reflexões que mudarão a maneira como enxergamos o consumo e as relações econômicas em geral”, explica o coordenador.
 
Para mais informações, dúvidas e colaborações, enviar e-mail para nepe@ufsj.edu.br.
 
 

5 - Pesquisa relaciona atividade física e transtornos psicológicos na pandemia

 
O Departamento de Ciências da Educação Física e Saúde da UFSJ (DCEFS) está desenvolvendo o projeto Covid-19 - atividade física, autoestima e depressão, que pretende analisar os efeitos do isolamento social na alteração da prática de atividades físicas, com possível influência em transtornos psicológicos. Os dados do estudo estão sendo coletados por meio de formulário on-line, que pode ser preenchido por maiores de 16 anos.
 
A iniciativa foi idealizada pelos professores Alessandro de Oliveira e Álvaro César de Oliveira Penoni. De acordo com Alessandro, o confinamento em determinado espaço leva ao aumento da prevalência de distúrbios psicológicos. ‘‘Queremos analisar se a prática da atividade física em confinamento, ou a diminuição dessas atividades, pode influenciar de forma positiva, negativa, ou nula nesses processos.’’
 
O questionário estará disponível até o fim de junho. Os dados obtidos serão utilizados para traçar intervenções que possam diminuir o impacto futuro na população, e também para a elaboração de artigos científicos em revistas internacionais. ‘‘A participação de todos é relevante, para que possamos compreender essa fase da nossa história. É importante termos em mente que a Ciência está sempre ao lado da humanidade’’, avalia Alessandro.
 
Bem-estar físico e mental
Para além da parte física, a prática regular de exercícios é grande aliada nos cuidados com a saúde mental, ajudando a aliviar a ansiedade e o estresse. Com o isolamento social, é necessário buscar maneiras de se exercitar, para combater o sedentarismo e melhorar a imunidade.
 
Alessandro de Oliveira reitera que o momento atual de isolamento é passageiro, e recomenda que as pessoas procurem realizar atividades dentro de suas casas. E, principalmente, busquem manter uma alimentação saudável e rica em verduras, legumes e alimentos de base integral,aliada à prática da meditação.
 
 

6 - Troca de lâmpadas no CSL começa na segunda (8/6)

 
A Divisão de Projetos e Obras (DPROB) informa à toda comunidade acadêmica que, a partir de segunda-feira, 8 de junho, dando continuidade ao Projeto de Eficiência Energética da UFSJ - Chamada Pública (CPP CEMIG 001/2019), será iniciada a fase de substituição das lâmpadas e/ou luminárias do campus Sete Lagoas (CSL) por lâmpadas e/ou luminárias LED.
 
No total serão substituídas 10.066 lâmpadas e/ou luminárias entre áreas internas e externas (Iluminação Pública), nos campi CSA, CDB, CTan, CCO, CSL e no Solar da Baronesa.
 
O projeto de Eficiência Energética da UFSJ foi contemplado no Programa de Eficiência Energética, executado pela Deode Energia, financiado pela Cemig Distribuição S.A. e regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio do qual a UFSJ receberá R$1.005.488,89 para a execução do projeto.   
 
Os serviços de substituição estão sendo executados por colaboradores da empresa Deode Energia, os quais estarão devidamente uniformizados. A DPROB solicita a gentileza de que o acesso seja permitido nos ambientes e pede a compreensão de todos para qualquer transtorno gerado.

Última atualização: 04/06/2020