1 - UFSJ participa de pesquisa interinstitucional para tratamento da Covid-19
A Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) participa de pesquisa interinstitucional com as federais de Alfenas (Unifal) e de Minas Gerais (UFMG), que investiga um novo tratamento para a Covid-19. O trabalho envolve a análise de substâncias bioativas de fonte microbiana e vegetal que já vêm sendo produzidas há dez anos no Laboratório de Processos Biotecnológicos e Purificação de Macromoléculas da UFSJ.
De acordo com o professor Paulo Afonso Granjeiro (Campus Centro-Oeste Dona Lindu), uma revisão na literatura aponta que essas moléculas têm a capacidade de romper partículas virais de Sars-CoV-2, reduzindo a infectividade do vírus.
Após a produção na UFSJ, as substâncias seguem para a Unifal, onde serão elaboradas composições para tratamento de células de pulmão. Por fim, serão feitos ensaios in vitro no Laboratório de Biossegurança 3 da UFMG, para avaliar se os compostos realmente possuem ação contra o vírus causador da Covid-19.
A expectativa é de que o trabalho seja concluído em um ano. Entretanto, para desenvolver uma medicação, ainda seriam necessários testes em animais e humanos, o que poderia levar cerca de cinco anos. “A gente sabe que o vírus não vai ter um tratamento tão cedo. Porém, é importante que se tenha diferentes estratégias de tratamento, e essa é mais uma que vem para auxiliar”, comenta o professor Paulo Afonso.
Também participam da pesquisa, pela UFSJ, os professores José Antonio da Silva e Daniel Bonoto Gonçalves, além do doutorando Diego Fernandes Lívio, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec). A coordenação do projeto é da professora Marina Quádrio Raposo Branco Rodrigues (Unifal) e, pela UFMG, participa o professor Mauro Teixeira.
O projeto recebeu financiamento de R$ 150 mil por meio da da Chamada 02/2020 – Edital PRPPG/Reitoria, da Universidade Federal de Alfenas, que será investido na compra de equipamentos, insumos e pagamento de bolsas de pesquisa.
2 - Egressa da UFSJ publica estudo sobre o radicchio, uma Panc
Para a cultura culinária brasileira, uma das hortaliças mais comuns é a alface, encontrada em qualquer restaurante ou quitanda. Já em Minas Gerais, as folhas de couve ou taioba fazem parte da tradição. Porém, há uma infinidade de outras plantas comestíveis que não são consumidas ou sequer conhecidas. É o caso dos radicchios, uma planta alimentícia não-convencional, ou Panc, na denominação científica e culinária.
Ao longo de um ano, a egressa do curso de Engenharia de Alimentos do Campus Sete Lagoas, Franciele Marques de Oliveira, desenvolveu suas pesquisas de iniciação científica e de conclusão do curso a respeito do radicchios. O título de sua monografia é Avaliação da qualidade microbiológica, físico-química e funcional de radicchio (cichorium intybus) minimamente processado.
Franciele conta que o tema da pesquisa surgiu por acaso. A ideia inicial era trabalhar com algo “saudável, natural e funcional”. Foi a sua orientadora, professora Andréia Marçal da Silva, quem propôs a pesquisa sobre os radicchios, alimento não-convencional que pode ser confundido com o repolho roxo. “Como era bem na linha do que eu estava interessada, aceitei na hora”, lembra.
Durante dois semestres, a agora engenheira de alimentos teve que lidar com as dificuldades para encontrar boas fontes sobre o assunto. “É uma planta extremamente importante, rica nutricionalmente, mas que pouca gente conhece.” Devido a essa lacuna, Franciele sentiu-se motivada a contribuir para a divulgação dos radicchios, tanto na Academia quanto fora dela.
Na pesquisa, foram utilizadas folhas de radicchios coletadas em uma horta de produtos orgânicos que trabalha com adubos naturais, água potável e não utiliza agrotóxicos, localizada na cidade de Capim Branco, na região de Sete Lagoas.
Alimentos não convencionais
Em comparação a outras plantas mais conhecidas, a professora Andréia Marçal explica que as hortaliças não convencionais possuem uma concentração de minerais significativamente maior, além de apresentar compostos com função antioxidante, reduzindo a quantidade de radicais livres no organismo. “Uma dieta rica em alimentos com essas propriedades funcionais reduz o risco de doenças cardiovasculares, problemas inflamatórios e até mesmo o câncer. A proteção contra essas enfermidades se dá devido ao alto teor de compostos fitoquímicos dessas plantas, substâncias que possuem propriedades antioxidantes”, completa.
Entre esses compostos, estão o ácido ascórbico, os carotenóides e os compostos fenólicos, que incluem os flavonóides e as antocianinas, encontradas em frutas e hortaliças. É justamente por conta de seu alto teor de fitoquímicos que os radicchios têm sido pesquisados.
Andréia diz ainda que o autor do termo Panc foi o professor Valdely Ferreira Kinnupp, referência na área da Botânica. Dentro dessa classificação, há as plantas silvestres e as espontâneas, que não necessitam de cuidados especiais ao longo do plantio, já que são de fácil crescimento.
No Brasil, a maior parte do cultivo dessas hortaliças se concentra na agricultura familiar, sendo seu conhecimento e cultivo transmitido entre gerações. Em termos de mercado, as Panc’s representam uma fonte de renda para as famílias pequeno-produtoras, que podem investir em produtos pouco conhecidos e consumidos no país.
O termo “minimamente processados” diz respeito a frutas e hortaliças que são modificadas fisicamente, mas que mantêm o “estado fresco”. As etapas do processamento são a pré-seleção, lavagem, corte, sanitização, enxágue, centrifugação, embalagem e armazenamento refrigerado. “Alimentos minimamente processados são uma forma de se consumir um produto de qualidade assegurada e de fácil preparação”, ensina Andréia, que destaca o hábito de comer alimentos processados (ou de fácil preparo) como uma tendência mundial.
Já graduada, Franciele tem preferido atuar no mercado. Enxerga os radicchios não apenas como tema de pesquisa, mas como possível negócio: uma empresa voltada para o processamento mínimo de hortaliças não-convencionais e, de preferência, orgânicas. Preparada para empreender, ela já ensaia uma propaganda: “Já pensou em poder comprar um radicchio, um almeirão, uma taioba, minimamente processadas, prontas para serem utilizadas?”, projeta.
Saiba mais
O
radicchio tem origem italiana, é primo da chicória, de gosto amargo e textura crocante. É mais comum encontrá-la na cor roxa – a variação rosa é cultivada em apenas duas regiões do mundo: Veneto, na Itália, e em alguns locais na Pensilvânia e na Califórnia (EUA). É colhido no outono, replantado e coberto com areia para evitar a exposição ao sol e o escurecimento das folhas.
3 - Comissão Eleitoral divulga homologação de candidaturas para a CIS
A Comissão Eleitoral para Recomposição da Comissão Interna de Supervisão, designada pela Portaria nº 53, de 10 de fevereiro de 2020, homologou e tornou pública as candidaturas inscritas nas eleições para a CIS.
4 - Quer ver seu livro exposto na Feira do Livro do Porto?
Corra! As inscrições vão até esta sexta (24/7)
A startup IBI Literrário lançou edital para seleção de 120 obras literárias de autoras e autores independentes que queiram participar da Feira do Livro do Porto, em Portugal. As obras escolhidas estarão integradas às atividades presenciais do evento e contarão com ampla divulgação e comercialização virtual por parte da IBI. Os interessados têm até esta sexta, 24, para inscrever suas obras, gratuitamente, por meio
deste formulário. Para conferir os detalhes do processo de seleção, basta acessar o
edital.
O evento está agendado para o período de 29 de agosto a 13 de setembro. Neste ano, a Feira terá limite de público pela primeira vez, em respeito às restrições de aglomeração, permitindo no máximo 3,5 mil visitantes.
Simultaneamente, a startup vai disponibilizar programação virtual, ainda em construção, viabilizada pela sua plataforma de e-commerce e de suas redes sociais. O Laboratório Digital de Arte Pública (LAP) da UFSJ é parceiro do evento, e pretende realizar conversas ao vivo com as autoras e autores selecionados, além de palestras e workshops.
O projeto
A IBI Literrário surgiu em 2020, com o slogan “Terra de quem cultiva a Literatura” e tem como objetivo promover a distribuição de obras literárias produzidas por escritores independentes. Com sua plataforma de vendas on-line, a IBI possibilita aos seus escritores parceiros a participação em diversos tipos de ações externas, como eventos e feiras de Literatura, festivais culturais e exposições no Brasil e em outros países.
A equipe aposta na criação de um corredor literário entre os membros da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP), começando entre Brasil e Portugal, e perspectiva de expansão. O projeto surgiu a partir da produtora cultural Nonada Criações, em parceria com a Associação Cultural Código Simbólico, pautando-se por assessoria e impulsionamento cultural. Já são mais de 50 projetos na área.
Para acompanhar as ações da IBI Literrário, acesse o
site e o
Instagram da empresa.
5 - I Simpósio do Museu Regional recebe inscrições a partir desta sexta (24/7)
O evento, gratuito e on-line, discute, em setembro, o tema Reflexões acerca da identidade e identificação do Museu
Nesta sexta-feira, 24, o Museu Regional abre inscrições para as comunicações orais no I Simpósio Virtual do Museu Regional de São João del-Rei: reflexões acerca da identidade e identificação do Museu. Os interessados em participar devem consultar o edital, que também será publicado na sexta-feira, no site da instituição. As inscrições serão aceitas até o dia 21 de agosto de 2020.
O simpósio virtual terá a participação de colaboradores, pesquisadores e convidados. A programação das mesas temáticas será divulgada em breve. Os participantes discutirão temas como: Patrimônio cultural e museus; Museus em Minas Gerais; e Museu Regional e sua Identidade: da fundação a projeções futuras.
O projeto é uma das primeiras ações da instituição para retomada de sua reabertura, já que, desde janeiro de 2019, o Museu encontra-se fechado devido a trabalhos de recuperação da infraestrutura predial. O I Simpósio está inserido na programação da 14ª Primavera de Museus do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A edição deste ano da Primavera ocorre entre os dias 21 e 27 de setembro.
Além dos convidados para as mesas temáticas, pesquisadores e profissionais de áreas ligadas ao campo museal que desejarem participar do evento poderão se inscrever para as comunicações orais. O interessado deve enviar um resumo simples sobre sua pesquisa. E também deve disponibilizar um vídeo apresentando seu objeto de estudo. Os trabalhos escolhidos serão transmitidos nas plataformas digitais do Museu. Após a apresentação, os participantes serão convidados a publicar seus trabalhos completos nos anais, igualmente em formato digital.
A iniciativa de um simpósio surgiu a partir da necessidade de se refletir e reforçar a identidade do Museu Regional de São João del-Rei e a forma como a comunidade o identifica. Como explica a diretora da instituição, Eliane Zanatta, “o simpósio tem como objetivo identificar, analisar, avaliar e refletir sobre as dimensões do nosso Museu, visando ampliar sua atuação no campo da preservação, da acessibilidade, da sustentabilidade e da investigação.”
Eliane também frisou que esse projeto será um desafio para a instituição, pois acontece em meio a uma crise de saúde sem precedentes que resultou em direcionar o evento, antes planejado presencialmente, para o meio virtual. Ainda assim, “é importante manter o alargamento de um debate democrático que se pretende realizar com a equipe do Museu e demais interlocutores da sociedade, de forma a construir a experiência dos sujeitos enquanto cidadãos para garantir o acesso ao Museu de forma equitativa e em todas as suas dimensões”, explica a diretora.
Primavera de Museus
Realizada tradicionalmente durante o mês de setembro, a Primavera de Museus é uma iniciativa desenvolvida pelo Ibram e realizada desde 2007. O projeto possui um tema específico para cada edição e tem como objetivo divulgar e promover as ações desenvolvidas por museus de todas as regiões do Brasil.
Museu Regional de São João del-Rei
Aberto ao público em 1963, o Museu Regional de São João del-Rei é sediado em um casarão datado de meados do século XIX. A construção do imóvel partiu do desejo do Comendador João Antônio da Silva Mourão, poderoso comerciante são-joanense, em possuir um espaço para abrigar sua residência e também um comércio de secos e molhados. O sobrado passou pelas mãos de duas famílias, até ser vendido para uma empreiteira. Ele foi parcialmente demolido, desapropriado e restaurado. Das ruínas, veio a se tornar o Museu que hoje conta com um acervo de mais de 500 obras, datadas entre o final do século XVIII e início do século XX, em sua maioria originárias do estado de Minas Gerais. A maior parte da coleção é composta por obras de arte sacra, utensílios e mobiliários domésticos, imaginária, documentos e uma biblioteca especializada em arte, História e arquitetura.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Museu Regional de São João del-Rei
Última atualização: 24/07/2020