1 - Média de casos de Covid-19 cai 27% em SJDR em 14 dias, aponta levantamento
A
16ª edição do Informativo Covid-19/SJDR, produzido pelo Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Economia da UFSJ (Nepe), mostra que a média móvel de novos casos de Covid-19 em São João del-Rei caiu 27% nas últimas duas semanas, registrando 2,7 casos/dia na quarta (4/11). No dia 21 de outubro, esse número era de 3,7 casos/dia. De acordo com o estudo, isso apresenta uma redução no ritmo de contágio da doença na Cidade, que registra a quinta semana consecutiva de queda.
A média móvel é um indicador de como a pandemia se propaga e consiste na média de novos casos dos últimos sete dias. De acordo com a metodologia usada, um aumento de 15% nesse índice significa aceleração do ritmo de contágio; um valor entre -15% e +15% aponta uma estabilização; e uma queda acima de 15% mostra uma redução.
2 - Parceria entre Fapemig e BDMG fomenta projetos de inovação
Com taxas de juros atrativas e prazo maior, programa apoia projetos inovadores, aumentando a competitividade
É comum, no caminho de muitas empresas, chegar a um determinado ponto em que é necessário capital para desenvolver ou finalizar produtos, processos ou serviços inovadores. Com as taxas de juros altas no Brasil, tais companhias, com receio de se endividarem, podem optar por não buscar dinheiro no mercado, o que acaba paralisando o negócio. Com o objetivo atuar nesse problema, foi criada, em 2011, parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que visa ofertar produtos de financiamento para apoio às empresas e projetos inovadores no Estado.
Dentro da parceria são oferecidos dois programas: o Pró-Inovação, voltado para empresas que necessitam de crédito para investirem em projetos de inovação; e o Proptec, destinados aos Parques Tecnológicos existentes em Minas Gerais. Um dos diferencias dos programas são as condições oferecidas. A taxa é fixada com base na Selic do momento até o final do contrato, com financiamento em até 60 meses – tendo como base a Selic atual, isso seria equivalente a taxa de 2% ao ano. Ou seja, um incentivo e tanto para quem deseja inovar.
Ao todo, o Pró- Inovação já possibilitou fechar 121 contratos, um montante de R$ 47 milhões para o fomento de empresas. Já no Proptec, foram investidos R$ 6,3 milhões por meio de 24 contratos. O ponto positivo é que se trata de um programa contínuo, que não necessita de edital para ser lançado.
Parceria de ponta
Conforme conta a gerente de Inovação do BDMG, Aline Ane Verneque de Oliveira, o Pró-Inovação, desde sua criação, vem ao encontro das diretrizes do Governo de Minas, que visam fomentar e desenvolver a inovação no Estado. Segundo ela, a intenção é diminuir os gaps relacionados a linhas de créditos no quais as condições não eram atrativas. “Trata-se de um papel muito importante do BDMG e da Fapemig aportando recursos desse fundo, pois várias empresas, dependendo do patamar que se encontram, não teriam chance de se desenvolver”, acredita.
Para participar, a empresa que desenvolve um projeto, produto ou serviço deve entrar no
site do programa e preencher um formulário de enquadramento. Nele, ela apresenta o projeto, a equipe, a empresa, parcerias, indicadores, dentre outros itens. A partir daí, um Comitê de Inovação formado por representantes da Fapemig e do BDMG, dentre outras instituições, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), avaliam a proposta. “Nesse momento, verificamos se a proposta se enquadra como inovação e se vai gerar valor. Se for uma modernização, temos outras linhas de crédito”, afirma.
Após o projeto ser aprovado e uma avaliação corriqueira do crédito ser realizada pelo banco, é validado um cronograma inicial com as previsões das liberações dos recursos, no qual, geralmente o montante total é liberado de três a quatro vezes. Em algumas situações, a comissão visita a empresa para conhecer, in loco, o projeto. “E a Fapemig, com todo o conhecimento na área de inovação e projetos, tem relevância total no mérito do programa. É ativa e fundamental no conselho, tendo voto de decisão”.
Competitividade
De acordo com o Chefe do Departamento de Relações Empresariais e Propostas de Inovação da Fapemig, Gabriel Vieira Pereira Bona, o problema do financiamento às atividades de P&D está relacionado ao fato do conhecimento sobre o projeto encontrar-se nas empresas inventoras. São informações difíceis de ser apreendidas satisfatoriamente pelos agentes financiadores, que buscam risco controlado. “Temos aí o que a literatura denomina de 'mercado imperfeito'”, acredita.
Com isso, o mercado não é atraído a contento para esse segmento, porque desconhece as potencialidades das invenções (assimetria de informações), o que leva à carência de recursos para financiamento de alguns projetos. “Importa, portanto, ao setor público, compensar essa deficiência de alguma maneira. Essa iniciativa da Fapemig e do BDMG tem o objetivo de equalizar e minorar tal problema, o que explica sua importância e necessidade de continuidade", afirma.
A gerente de inovação da Fapemig, Cynthia Mendonca Barbosa, acrescenta que a parceria Fapemig e BDMG possibilita viabilizar financiamentos a empresas que se enquadram em um nível de risco que, talvez, se o banco estivesse agindo sozinho, não concederia o crédito a elas. “Fica evidente a importância da união de esforços possibilitando alavancar a inovação em Minas Gerais e financiando empresas mineiras que querem inovar”, observa ela, reforçando que desconhece outra FAP no Brasil que tenha uma parceria com um banco de fomento nesses moldes.
Cynthia pensa que, de forma ampla, a parceria contribui para o aumento da competitividade das empresas mineiras, incentivando o desenvolvimento de atividades de inovação que garantam maior produtividade. Ao mesmo tempo, a gerente que é estimulada a introdução de produtos, processos e serviços inovadores a favor da sociedade. “Tudo isso gera um ciclo virtuoso, com geração de empregos de qualidade, movimento da economia mineira e consequente desenvolvimento econômico”, orgulha-se.
Colhendo os frutos
No mês outubro, um dos destaques dentro do ecossistema mineiro de inovação foi o aporte de US$ 100 milhões recebido pela
empresa de tecnologia Take. O montante, que foi realizado pela gestora americana Warbug Pincus, terá com umas das principais finalidades o desenvolvimento de produtos na empresa e organizar sua expansão para fora do Brasil.
No entanto, esse não se trata do primeiro apoio financeiro recebido pela companhia para o seu desenvolvimento. Em 2014, por meio da parceria entre Fapemig e BDMG, a empresa participou do programa, recebendo R$ 2,3 milhões em 30 meses. Atualmente, a Take possui cerca de 750 clientes e oferece uma plataforma para que eles se relacionem com seus consumidores digitalmente por meio do WhatsApp, Facebook Messenger, Google RCS ou Apple Business Chat.
*Com informações da Assessoria de Comunicação da Fapemig
3 - Revista Mineira de Recursos Hídricos recebe trabalhos para o segundo número
A Revista Mineira de Recursos Hídricos (RMRH) recebe artigos científicos, notas técnico-científicas e resenhas críticas de livros na área de gestão de recursos hídricos. A publicação científica possui fluxo contínuo, com recebimento previsto até 30 de novembro deste ano para os trabalhos que irão compor o segundo número a ser publicado em dezembro. Os autores já podem submeter seus trabalhos acessando a página da revista.
A RMRH é uma iniciativa do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), lançada em 2019 e tem como objetivo conhecer e disseminar pesquisas científicas novas e relevantes na área de planejamento e gestão de recursos hídricos, bem como contribuir para o aprimoramento contínuo da execução da Política Estadual de Recursos Hídricos, com bases técnico-científicas, academicamente consolidadas. A revista mantém periodicidade semestral, em formato eletrônico, com números publicados nos meses de junho e dezembro.
Serão aceitos trabalhos que discorram sobre temas relativos a recursos hídricos, que abranjam as subáreas de planejamento integrado; instrumentos de gestão; tecnologia e problemas sanitários de irrigação; águas subterrâneas e poços profundos; hidrometeorologia; análises qualitativas e quantitativas; instrumentos econômicos; sistemas de informação; questões sociais relacionadas; regulação do uso; controle de enchentes e de barragens; sedimentologia; gestão pública; usos e reuso da água; aproveitamento hidrelétrico; direito e normas relativas aos recursos hídricos e temas correlatos.
Os trabalhos científicos submetidos à Revista serão previamente avaliados pelo Conselho Editorial e, posteriormente, submetidos à arbitragem por pares cegos - double blind review, realizada por, pelo menos, dois pareceristas externos. Havendo divergência de opiniões, será solicitado um terceiro parecer.
* Com informações da Assessoria de Comunicação da RMRH
Última atualização: 05/11/2020