1 - Reitoria e Conep reafirmam cumprimento do calendário do ensino remoto

O reitor da Universidade Federal de São João del-Rei, Marcelo Pereira de Andrade, reafirmou, essa semana, durante reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conep), que a UFSJ vai cumprir o calendário já aprovado para o segundo período de ensino remoto, que começa em 25 de janeiro e vai até 17 de abril. A declaração do reitor diz respeito à portaria de MEC que prevê o retorno das aulas presenciais a partir de 1º de março de 2021.
 
Marcelo reafirmou que o compromisso da UFSJ é com a preservação da vida e da saúde das pessoas. “Nas universidades públicas está uma boa parcela da massa crítica da sociedade e, se não zelarmos pela saúde da comunidade, que exemplo estaremos dando para os alunos que estamos formando?”, questionou.
 
A posição do reitor foi ratificada pelos membros do Conep. O professor Marconi de Arruda Pereira enfatizou ser este um momento de se agir com tranquilidade e prudência. Marconi disse que é preciso, antes de tudo, preservar a saúde física e mental das pessoas. “O que eu vejo hoje é uma avalanche de desinformação. Há uma confusão generalizada. Precisamos deixar claro o tanto de trabalho que foi feito por nós, pelos alunos, pelos técnicos-administrativos. A Universidade não está parada. Ao contrário, estamos entregando muita coisa para a sociedade”, pontuou.
 
Marcelo acrescentou que, de fato, desde a posse da nova gestão, em maio, muito trabalho foi feito, em todos os setores. “Não descansamos um dia sequer. Apesar de todas as dificuldades, já realizamos muito e continuamos a realizar. Nessa pandemia, é voz geral que duas instituições públicas têm sido protagonistas na luta contra a Covid-19: o SUS, até pouco tempo ameaçado de extinção, e as universidades públicas, que despontaram nas pesquisas, na fabricação de insumos básicos para o combate à doença e em vários projetos de extensão, estendendo a mão à sociedade em geral.”
 
Além de todo o trabalho que está sendo feito, a professora Maria do Socorro Alencar Nunes Macedo fez questão de exaltar a autonomia universitária, da qual não se pode abrir mão. “Temos feito um esforço hercúleo, todo mundo trabalhando muito, ministrando aulas, promovendo eventos. O calendário do MEC se desvirtua daquilo que está sendo dito pelas autoridades de Saúde. Os números da pandemia estão cada vez maiores. A decisão do MEC é desviante e casuística. As instituições são fortes e vamos resistir”, ressaltou.
 
O professor Peter de Matos Campos chamou a atenção para o fato de que, uma volta presencial, ainda que em março, pode ser desastrosa. “É uma portaria que pensa mais no ensino privado do que nas universidades públicas. Além de insistir numa imagem de que professores e técnicos das universidades não trabalham e que os alunos não estudam. É fundamental pensar na segurança da comunidade interna e externa. Nós temos alunos de várias cidades e estados, imagina o que esse deslocamento não pode causar?”, refletiu.
 
A preocupação com o retorno foi ratificada também pelo professor Christiano Vieira Pires. Ele atentou para o fato de que, a partir do momento em que se abre a sala de aula, todos são obrigados a frequentá-la. “Nesse momento, não há segurança. A situação é complexa. Temos muitos alunos, salas com 100 alunos, vindos das mais diversas cidades. Precisamos ter muita prudência, cautela.”
 
Retomada planejada
 
O reitor informou, ainda, que protocolou no MEC um pedido para a contratação de novos técnicos, haja vista o número insuficiente de profissionais com que a UFSJ convive há vários anos. Ele esclareceu que, diante desse contexto da falta de técnicos e de pessoal especializado para a limpeza e desinfecção dos locais, seria impossível, por exemplo, cumprir os protocolos de segurança exigidos pelo próprio Ministério.
 
Sobre esse aspecto, no caso do retorno presencial, o reitor Marcelo Andrade, respondendo à representante discente no Conep, Letícia Arantes, esclareceu que uma retomada não é tão simples. São várias etapas a serem cumpridas. “É um processo complexo e gradual. Mas, quando chegar a hora, estaremos prontos.”
 
Por outro lado, a vice-reitora Rosy Maciel, que preside o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, informou que todos os estudos para uma retomada gradual, quando isso acontecer, foram feitos no grupo. “Já temos um protocolo pronto, além de um grupo de trabalho incumbido desse assunto e das orientações da própria Andifes”, lembrou.
 
Marcelo anunciou, ainda, que a Andifes, a Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, se reúne nesta terça, 15, para debater a portaria do MEC. “Além da pandemia, temos no horizonte um corte orçamentário de 18%. Até o momento, a lei orçamentária não foi votada. E se não for votada neste ano, nós vamos começar 2021 recebendo um duodécimo do orçamento anterior, com o corte incorporado, até que a lei seja aprovada. Aí vem a grande questão: como fazer qualquer projeção de retomada sem o orçamento necessário?”, concluiu o reitor.
 

2 - Conep regulamenta a Formação em Extensão na UFSJ

Os membros do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSJ (Conep) aprovaram, por unanimidade, o anteprojeto de resolução que cria e regulamenta a Formação em Extensão na UFSJ. Em reunião realizada na última quarta-feira, 9, os conselheiros debateram sobre os itens do documento que orienta a inclusão da Extensão nos currículos dos cursos de graduação da Universidade. O professor Peter de Matos Campos foi o relator do processo que, por estar atrelado a uma decisão anterior, aprovou também anteprojeto que modifica a Resolução UFSJ/Conep nº 027, que estabelece definições, princípios, graus acadêmicos, critérios e padrões para a organização dos Projetos Pedagógicos de Cursos de Graduação da UFSJ.
 
A aprovação representa o início efetivo da inserção da Extensão como atividade obrigatória na formação dos estudantes de graduação da UFSJ. A partir da resolução, os cursos terão as orientações de como deverá ocorrer a alteração dos componentes curriculares. Com a mudança, a participação de estudantes em projetos e/ou programas de extensão deverá ser de, no mínimo, 10% da carga horária total do curso. Os projetos pedagógicos devem ser alterados até 18 de dezembro de 2021. Já a participação nas atividades passará a valer apenas para os discentes que ingressarem na Universidade em 2022. A inclusão da Extensão nos cursos de pós-graduação é opcional.
 
Além dos conselheiros, o pró-reitor de Extensão, Francisco Brinati, participou da reunião e destacou o trabalho da gestão anterior na condução do debate e na formulação da proposta apresentada, que traz soluções para que a UFSJ vincule a Extensão à matriz curricular. “Atualmente, apenas 7% dos alunos da Universidade participam das ações de Extensão. Implementar a proposta fará com que todos os alunos estejam inseridos em atividades que aproximam a universidade da comunidade, contribuindo para democratizar o conhecimento e fortalecer a imagem da instituição”, pontua.
 
O relator Peter Campos apresentou a resolução de forma detalhada para os demais conselheiros, que sugeriram contribuições ao texto. Peter também elogiou o trabalho da equipe da Proex, enfatizando a participação de toda a comunidade acadêmica na elaboração do conteúdo.
 
Debates e encaminhamentos
 
A resolução aprovada no Conep regulamenta na UFSJ o que já determina a Resolução nº 7, de 28 de dezembro de 2018, do Conselho Nacional de Educação, que estabeleceu as diretrizes para as Políticas de Extensão da Educação Superior Brasileira. Os Planos Nacionais de Educação 2001-2010 e 2014-2024 também preveem a implantação da Extensão na matriz curricular dos cursos de graduação.
 
Na UFSJ, os debates retomaram o trabalho iniciado no período de 2012 a 2016. Já o modelo de normativa foi elaborado, entre 2017 e 2019, pela Comissão de Extensão, tendo como base consultas públicas presenciais em todas as cidades nas quais a instituição está presente. Neste ano, a proposta foi apreciada pela Congregação, pelas unidades acadêmicas e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE).
 
A minuta aprovada pelo Conep é inspirada em experiências de outras instituições que já inseriram a Extensão nas práticas, currículos e projetos pedagógicos de seus cursos de graduação. Posteriormente, a Proex produzirá um guia informativo, com intuito de auxiliar unidades acadêmicas nas discussões sobre o tema, considerando as particularidades de cada curso.
 

3 - Equipes do CCO premiadas em programa do Sebrae Minas

Duas equipes do Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO), em Divinópolis (MG), foram premiadas no evento AGITA WarmUp 100%, promovido de setembro a dezembro, pelo Sebrae Minas e pelo banco Sicoob Divicred. Ao todo, foram 13 propostas selecionadas, que participarão de um programa de pré-aceleração de três meses.
 
As equipes da UFSJ são as spin off InnSumo e Aromas de Maria. Spin off são startups criadas por pesquisadores de uma Universidade, envolvendo um laboratório de pesquisa da instituição. A InnSumo obteve o segundo lugar na competição. Liderada pelo professor Paulo César Granjeiro, conta com as participações dos mestrandos Maria Auxiliadora de Oliveira (PMBqBM) e Diego Fernandes Livio (PPGBiotec), além do estudante de Bioquímica, Hiure Gomes Ramos Meira.
 
A startup desenvolveu um produto tecnológico natural denominado biosurfactante, obtido por microrganismos, que tem ação tensoativa, emulsificante, espumante e não é tóxico. Sua aplicação é diversa, mas a introdução comercial será no setor de cosméticos, substituindo os tensoativos químicos, que trazem vários danos à saúde a ao meio ambiente. De acordo com o professor Paulo Granjeiro, é o reconhecimento de que a pesquisa que vem sendo desenvolvida nos laboratórios da UFSJ tem potencial de se tornar produtos que podem ser disponibilizados no mercado. “A premiação é o resultado de que, quando se faz pesquisa aplicada ao setor produtivo, há grande possibilidade de abertura de empresa ou transferência de tecnologia, um dos pilares da universidade empreendedora”, afirma Granjeiro.
 
Aromas
 
Já a Aromas de Maria, representada pela professora Juliana Teixeira de Magalhães e as estudantes de Bioquímica Vanessa Santos Costa e Andreza Amália de Freitas Ribeiro, ficaram com o terceiro lugar. Com enfoque no mercado pet - que somente ano passado cresceu quatro vezes mais que a economia brasileira, mantendo a tendência mesmo durante a pandemia do novo coronavírus - o produto desenvolvido pela spin off, 100% natural, traz ótimos benefícios para os animais de estimação. Constituído por óleos essenciais de lavanda, é indicado para os mais agitados, agressivos, e para todos aqueles que apresentam problemas comportamentais.
 
WARM UP 100%
 
O Programa AGITA começou em 2016, criado com o objetivo de impulsionar ideias de negócios e estimular o mindset empreendedor, além de contribuir para o fomento da inovação e do empreendedorismo. A metodologia, 100% on-line, inclui todas as ferramentas, conteúdos e recursos para que o potencial empreendedor tire a sua ideia do papel e crie um modelo de negócio sustentável e escalável. O programa, já editado em diversas cidades mineiras, compreendeu vários módulos que proporcionaram aos participantes o aprendizado mão na massa, a vivência de mercado e o acesso a diversas oportunidades e networking. O programa AGITA já impactou o trabalho de 190 startups.
 

4 - Impactos da pandemia na rotina dos adolescentes brasileiros é tema de pesquisa

Durante a pandemia, 48,7% dos adolescentes do país têm sentido, na maioria das vezes ou sempre, preocupação, nervosismo ou mau humor. Houve aumento no consumo de doces e congelados, bem como no sedentarismo: o percentual de jovens que não faziam 60 minutos de atividade física em nenhum dia da semana antes da pandemia era de 20,9%, e passou a ser de 43,4%. Setenta por cento dos brasileiros de 16 a 17 anos passaram a ficar mais de 4 horas por dia em frente ao computador, tablet ou celular, além do tempo das aulas on-line. Além disso, 23,9% daqueles entre 12 e 17 anos começaram a ter problemas no sono, e 59% sentiram dificuldades para se concentrar nas aulas de ensino a distância. Esses são alguns dos resultados da ConVid Adolescentes - Pesquisa de Comportamentos, realizada com jovens de todo o Brasil, de junho a setembro de 2020.
 
O trabalho investigou as mudanças na rotina, no estilo de vida, nas relações com familiares e amigos, nas atividades escolares, nos cuidados com a saúde e no estado de ânimo dos adolescentes, na faixa etária dos 12 aos 17 anos. Foi coordenado pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde, da Fiocruz, em parceria com a UFMG e a Unicamp, e realizado de forma on-line: 9.470 adolescentes responderam a um questionário virtual, entre os dias 27 de junho e 17 de setembro. Trata-se da segunda etapa da ConVid, que em abril e maio abordou os estilos de vida dos adultos durante a pandemia.
 
“A falta de atividade física entre os adolescentes foi um dos resultados que mais se destacou. Em geral, os jovens brasileiros praticam mais atividades coletivas, como aulas de danças e jogos com bola. Com as medidas de restrição social, tornou-se mais difícil para eles manterem a prática de exercícios”, aponta a pesquisadora da Fiocruz, Celia Landmann Szwarcwald, coordenadora da pesquisa. “Chama atenção também o estado de ânimo desses jovens, que relataram tristeza, ansiedade e a ausência de amigos.”
 
Mudança de hábitos
 
A pesquisa também abordou aspectos mais diretamente ligados à pandemia, como medidas de prevenção e diagnóstico. O percentual de adolescentes que se declarou como tendo sido diagnosticado com Covid-19 foi de 3,9%, com a menor proporção na região Sul (2,1%), e a maior (6,1%), na região Norte.
 
A grande maioria dos adolescentes (71,5%) aderiu às medidas de restrição social, com 25,9% em restrição total e 45,6% em restrição intensa, ou seja, saindo só para supermercados, farmácias ou casa de familiares. Foram apontadas mudanças de práticas, como lavar as mãos (76%), uso de máscaras (89%), não compartilhar objetos (49%), mostrando que entenderam bem as mensagens de prevenção e estão se cuidando.
 
Piora na saúde física e mental
 
A piora da saúde na pandemia é outro ponto de destaque: foi apontada por 30% dos jovens. Diferenças foram encontradas por sexo e faixa de idade, com as meninas relatando maior proporção de piora do estado de saúde (33,8%) do que os meninos (25,8%), e os adolescentes mais velhos (37%) do que os mais novos (26,4%).
 
O percentual de adolescentes que relataram piora na qualidade do sono durante a pandemia foi de 36%, sendo que 23,9% começaram a ter problemas com o sono e 12,1% relataram eles pioraram. Em decorrência, sentir-se preocupado, nervoso ou mal-humorado foi descrito por 48,7% dos adolescentes, sensação mais frequente entre a faixa etária 16-17 anos. O que pode ser explicado pela redução do contato social, em função do distanciamento social.
 
Mais sedentarismo
 
O consumo de alimentos não saudáveis em dois ou mais dias da semana aumentou: 4% para pratos congelados e 4% para os chocolates e doces. Mais de 40% dos adolescentes não praticaram atividade física por 60 minutos em nenhum dia da semana durante a pandemia. O percentual de jovens que não faziam 60 minutos de atividade física em nenhum dia da semana antes da pandemia era de 20,9%, e passou a ser de 43,4%.
 
No período, mais de 60% dos adolescentes relataram ficar por mais de quatro horas em frente às telas de computador, tablet ou celular como lazer, além do tempo para as aulas remotas. Entre os adolescentes de 16-17 anos, o percentual alcança 70%. “As telas se tornaram um meio de eles se conectarem com os amigos via redes sociais ou jogando, mas esse excesso de tempo em frente às telas é preocupante”, aponta a coordenadora Celia.
 
Muita dificuldade em acompanhar as aulas virtuais foi destaque na análise: 59% relataram falta de concentração, 38,3% falta de interação com os professores, 31,3% falta de interação com amigos. Em relação ao entendimento do conteúdo das aulas on-line, 47,8% dos adolescentes relataram estar entendendo pouco, e 15,8% disseram não estar entendendo nada e apenas um em cada quatro adolescentes de 16-17 anos declararam estar entendendo tudo ou quase tudo.
 
A pesquisa traz, na conclusão dos especialistas nela envolvidos, resultados muito importantes para orientar as ações de gestores, profissionais da Saúde, da Educação e familiares. A pandemia trouxe muitos desafios para a saúde do adolescente, o que não pode ser negligenciado.
 
*Com informações das assessorias de Comunicação da Fiocruz e da Escola de Enfermagem da UFMG
 

5 - CAPES premia as melhores teses do País

Décima quinta edição do Prêmio CAPES de Tese registrou recorde de inscrições
 
 A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), anunciou nesta quinta-feira, 10 de dezembro, os trabalhos de doutorado do País vencedores da 15ª edição do Prêmio CAPES de Tese. Este ano, a premiação bateu recorde de inscrições. Foram 1.422 concorrentes, frente aos 1.142 de 2019.
 
Benedito Aguiar, presidente da CAPES, observou que a premiação reconhece o mérito científico das pesquisas. “Tivemos um salto na quantidade de concorrentes, isso mostra que o prêmio tem motivado nossos cientistas, nossos pesquisadores”, disse. “A cerimônia de entrega do Prêmio CAPES de Tese é um momento para festejar a ciência brasileira.”
 
São três os tipos de premiações: o Prêmio CAPES de Tese, para as 49 áreas de avaliação, as concedidas pelas instituições parceiras da Fundação, e a principal, Grande Prêmio CAPES de Tese, para os melhores trabalhos dos três Colégios de avaliação.
 
Os três vencedores do Grande Prêmio CAPES de Tese foram George Victor Brigagão (Engenharias, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Ambientais e Multidisciplinar), Renan Villanova Homem de Carvalho (Ciências Biológicas, Ciências da Saúde e Ciências Agrárias) e Silas Klein Cardoso (Ciências Sociais Aplicadas, Linguística, Letras, Artes e Interdisciplinar).
 
“É com muita satisfação e muita emoção que recebo esse prêmio. É um reconhecimento de anos de extremo esforço”, disse Brigagão, que desenvolveu uma tese na qual propõe rotas tecnológicas diversas para reduzir o uso de carbono no setor energético. O projeto foi orientado por José Luiz de Medeiros e Ofélia de Queiroz Fernandes Araújo, do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
 
Os autores ganhadores do Grande Prêmio receberam bolsa para estágio pós-doutoral de 12 meses em uma instituição internacional, e os orientadores, R$9 mil para participação em congresso fora do País. George Victor Brigagão e Renan Villanova Homem de Carvalho levaram, ainda, R$20 mil cada do Instituto Serrapilheira, um dos parceiros da Fundação no Prêmio CAPES de Tese e que premia os ganhadores dos colégios de Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinares e de Ciências da Vida.
 
Também participaram da cerimônia Evaldo Vilela, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Carlos Barreto, diretor de Programa do Ministério da Educação (MEC), Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do MEC, Mauro Luiz Rabelo, secretário-adjunto de Educação Básica do MEC, Carlos Eduardo Sanches, coordenador-geral de Planejamento Acadêmico, Pesquisa e Inovação do MEC, Marcelo Marcos Morales, secretário de Pesquisa Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e diretores da CAPES.
 
Outras premiações
 
Esta foi a primeira edição com um prêmio específico para mulheres. A Dimensions Sciences, organização norte-americana sem fins lucrativos fundada pela cientista brasileira Márcia Fournier, entregou o Prêmio Nova Dimensão, que estimula a presença de pesquisadoras no processo de inovação e empreendedorismo. Giseli Buffon, da Universidade do Vale do Taquari (RS), recebeu US$2 mil por tese que pode ajudar na mitigação de perdas de arroz durante o cultivo.
 
A Comissão Fulbright, que oferece um intercâmbio nos Estados Unidos a brasileiros desde 1957, concedeu bolsa de pós-doutorado no valor de US$ 16 mil para Kassius Diniz da Silva Pontes, da Universidade de Brasília (UnB), autor da tese que melhor retratou relações entre o Brasil e os EUA. Ele analisou tentativas de parcerias entre os países durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). 
 
Já eram conhecidos os 49 trabalhos selecionados do Prêmio CAPES de Tese. Os autores receberam bolsa de estágio pós-doutoral em instituição nacional, e os orientadores, prêmio de R$3 mil para participação em evento acadêmico-científico no País.
 
Os vencedores do Prêmio CAPES de Tese nas áreas de Educação e de Ensino receberam prêmios individuais de R$ 15 mil da Fundação Carlos Chagas. (http://app10.iazn.net/action/cli/2719/7036/3790863/3725323/15954) São eles, respectivamente, Wagner da Cruz Seabra Eiras, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por tese que analisou a participação de crianças do quinto ano do ensino fundamental em brincadeiras científicas, e Alexsandro Coelho Alencar, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), por trabalho sobre a atuação e formação de professores de matemática no interior do Ceará. Também receberam R$ 5 mil cada os candidatos homenageados com menções honrosas nessas áreas.  
 
Originalidade e relevância
 
Criado em 2005, o Prêmio CAPES de Tese reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos no Brasil. A premiação é fruto de parceria entre a CAPES, a Fundação Carlos Chagas, a Comissão Fulbright, o Instituto Serrapilheira e, mais recentemente, a Dimensions Sciences.
 
Para conceder os prêmios, a CAPES leva em conta a originalidade do trabalho e a relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação do País.
 
Assista ao vídeo.
 
*Com informações de Redação CCS/CAPES
 

6 - CAPES oferece bolsas de estudo para estrangeiros

Serão concedidas até 50 bolsas de doutorado para estudantes de países com os quais o Brasil mantém acordo de cooperação educacional, cultural ou de ciência e tecnologia
 
Estrangeiros interessados em estudar no Brasil com apoio da CAPES têm até 18 de janeiro de 2021 para realizarem as inscrições. Serão concedidas até 50 bolsas de doutorado em programas de Pós-graduação reconhecidos pela Fundação, com conceito igual ou superior a quatro, em instituições de ensino superior brasileiras públicas ou privadas sem fins lucrativos. O edital foi lançado nesta quinta-feira, 03, no Diário Oficial da União.
 
O Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC/PG) é uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O candidato deve ser cidadão de países com os quais o Brasil tem acordo de cooperação educacional ou cultural.
 
Os selecionados receberão bolsa de estudo mensal de R$ 2,2 mil durante 48 meses, assistência médica oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o pagamento da passagem de retorno ao seu país de origem, desde que tenha concluído, com êxito, seus estudos no País. O bilhete de vinda para o Brasil ficará ao encargo do próprio aluno.
 
O programa contribui para a capacitação acadêmica de estudantes, professores, pesquisadores e demais profissionais vindos de países em desenvolvimento. Para Benedito Aguiar, presidente da CAPES, essa ação “representa uma oportunidade de ampliação, por parte dos programas de pós-graduação, da estratégia da internacionalização no nosso País”.
 
Para se candidatar às bolsas, alguns requisitos precisam ser cumpridos: não ser cidadão brasileiro nem binacional, não residir no Brasil, apresentar Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), ter currículo Lattes atualizado e plano de trabalho em língua portuguesa, além de duas cartas de recomendação e cadastro na plataforma ORCIDO.
 
Para Heloisa Hollnagel, diretora de Relações Internacionais, “a vinda desses estudantes, com sua cultura, sua tradição e sua estratégia de pesquisa, ajuda nossos alunos da pós-graduação a conhecerem formas de executar os seus resultados e discutir uma possível colaboração futura”.
 
Para mais informações acesse o edital.
 
*Com informações de Redação CCS/CAPES

Última atualização: 14/12/2020