1 - Portaria do Governo Federal define ponto facultativo durante o Carnaval
A Universidade Federal de São João del-Rei comunica que, em cumprimento à
Portaria Nº 430/2020, publicada pelo Governo Federal, está confirmado o ponto facultativo na instituição nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro. A Portaria define, em seu artigo 1º, os “dias de feriados nacionais e estabelecidos os dias de ponto facultativo no ano de 2021, para cumprimento pelos órgãos e entidades da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, sem prejuízo da prestação dos serviços considerados essenciais.”
O calendário de atividades do Ensino Remoto Emergencial não sofre alteração, estando, portanto, suspensas quaisquer atividades acadêmicas ou administrativas nas datas acima mencionadas. As plataformas de ensino seguem funcionando normalmente. Para consultar o calendário da graduação, acesse
ensinoremoto.ufsj.edu.br, e o da pós,
https://bit.ly/3pSSeZE.
A UFSJ ressalta que o país vive um dos piores momentos desde o início da pandemia da Covid-19, situação que não é diferente nas regiões onde se localizam os campi da Universidade. Portanto, o contexto exige reflexão de cada servidor e aluno para que, mesmo diante do ponto facultativo, fiquem em casa se possível e, caso precisem sair, usem máscara, álcool gel e mantenham a distância de segurança.
2 - Prope lança edital para distribuição de computadores para pesquisas
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Prope) está com
edital aberto para distribuição de computadores de alta potência destinados, exclusivamente, à pesquisa da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
As inscrições devem ser realizadas no período de 11 a 22 de fevereiro de 2021, com envio de e-mail para
prope@ufsj.edu.br, prenchendo no campo de assunto “Inscrição para o Edital 002/2021/PROPE/NTINF” e informando os dados solicitados no edital.
3 - "O risco de internação por Covid-19 é muito maior se você mora numa favela"
“As cidades funcionam como foco de doenças, são organismos vivos, têm mecanismos complexos, gigantescos, têm redes de conexões com muitas implicações sanitárias. É nesse cenário que devemos trabalhar o olhar sobre a pandemia”, explicou a professora Waleska Caiaffa (UFMG), durante a aula inaugural do segundo período remoto emergencial na UFSJ, transmitida pela
TV UFSJ. Significa que a cidade seja necessariamente ruim? Não! Significa que não podemos compreender o que acontece durante uma pandemia sem entender, ao mesmo tempo, os mecanismos de propagação do vírus em um ambiente, como ele circula, quem ele atinge com mais gravidade.
Waleska coordena o Observatório de Saúde Urbana, da Faculdade de Medicina da UFMG, que tem atuado durante a pandemia, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, levantando e analisando dados sobre casos graves hospitalizados por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), hospitalizações e óbitos por características individuais, demográficas e clínicas, bem como a distribuição no município. “Precisamos de dados: sem dados, não temos ação”, enfatiza.
Os dados tratados pelo Observatório mostram bem que a cidade se comporta como um organismo vivo. Em Belo Horizonte, destacou a pesquisadora, “o vírus chegou de avião e se estabeleceu nas áreas mais abastadas. Tomou as avenidas arteriais da cidade e depois se instalou nos bolsões.” Hoje, entretanto, o espalhamento do novo coronavírus é generalizado. “As internações se espalham ao longo da cidade, assim como os óbitos.”
As diferenças sociais mostram que a célebre frase “estamos todos no mesmo barco” não é muito precisa quando o assunto é a pandemia atual. Em julho do ano passado, já era possível ver que a distribuição de casos graves não era homogênea, sendo pior em áreas vulneráveis socialmente. Waleska apresenta os dados: “O risco de internação é muito maior numa favela, com 20% mais chance de ser internado pela Covid-19. A densidade de óbitos também é maior.”
Mais adiante, foi possível analisar dados sobre o agravamento da doença em indivíduos com comorbidades. Novamente, os mais vulneráveis socialmente saem em desvantagem: pessoas de vilas/favelas que são internadas com Covid-19 ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) têm, proporcionalmente, mais diabetes, mais pneumopatias.
“Saúde urbana estuda os fatores de risco das cidades, não diz respeito apenas à doença em si, mas às condições que favoreçam ou não o aparecimento ou agravamento das doenças. Condições de moradia, do viver, que modulam a saúde, o comportamento”, esclareceu a professora. Daí surge mais um desafio nesse momento da pandemia: o olhar da doença em relação aos diversos aspectos da saúde urbana, como clima, água, moradia, transporte, densidade populacional, questões sociais.
As professoras Ester Sabino (USP) e Waleska Caiaffa (UFMG) ministraram a aula inaugural do segundo período remoto emergencial na UFSJ no dia 2 de fevereiro, com transmissão pelo canal da TV UFSJ no YouTube. Ester Sabino foi uma das cientistas que lideraram o sequenciamento genômico das primeiras cepas do novo coronavírus que chegaram ao Brasil, em tempo recorde: apenas 48 horas após a confirmação dos dois primeiros casos em São Paulo. Waleska Caiaffa coordena o Observatório de Saúde Urbana, vinculado à Faculdade de Medicina da UFMG. A transmissão foi mediada pela professora Clareci Cardoso, do Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO/UFSJ), e teve a participação do reitor da UFSJ, professor Marcelo Pereira de Andrade.
4 - "A P1, responsável pelo estouro de casos em Manaus, provavelmente irá para outras regiões"
uitos países têm proibido voos com origem no Brasil. As medidas se devem à preocupação com a possível entrada de uma variante do novo coronavírus detectada em Manaus, cidade que enfrenta situação extremamente grave na pandemia da Covid-19. Ao mesmo tempo, boa parte do Brasil vive um crescimento, ainda que menor, de casos, internações e mortes nos últimos meses. Para entender se o país deve se preocupar com as novas variantes, vale a pena assistir à palestra que a professora Ester Sabino, da Faculdade de Medicina da USP, ministrou na aula inaugural da UFSJ, disponível no
canal da TV UFSJ no Youtube.
Ester foi uma das cientistas que lideraram o sequenciamento genômico das primeiras cepas do novo coronavírus que chegaram ao Brasil, em tempo recorde: apenas 48 horas após a confirmação dos dois primeiros casos de Covid-19 em São Paulo. A cientista também desenvolve pesquisas sobre as novas variantes, inclusive a que, hoje, domina Manaus e se espalha pela região (a chamada P1).
Em Manaus, a partir de outubro, há um pequeno aumento do espalhamento do novo coronavírus, e em dezembro começa o crescimento forte que resultou na grave crise conhecida por todos, resultando em mais de 100 mortes por dia e na falta de oxigênio em toda a rede de saúde. As explicações para que isso tenha ocorrido numa cidade que aparentemente havia atingido a “imunidade de rebanho”, segundo Ester, são a perda da imunidade adquirida na “primeira onda” e a presença de um novo vírus que escapa dessa imunidade, e é capaz de se espalhar mais rapidamente.
“Quando sequenciamos, encontramos uma nova cepa com mais de 20 mutações, três das quais muito importantes”, explicou. Em dezembro, essa cepa representava cerca de 40% das amostras de Manaus, contra 20% da variante P2, responsável pelo crescimento de casos em outras partes do país. Em janeiro, na primeira semana, a P1 “já tomava conta de Manaus, e as outras linhagens desapareceram.” A P1, segundo a cientista, “é a responsável pelo estouro em Manaus e provavelmente irá para outras regiões.”
As rotas da aviação mostram o caminho inicial do espalhamento que o vírus pode ter. “De Manaus saem voos internacionais para destinos que já identificaram a nova cepa. O Japão foi o primeiro lugar que detectou, depois Inglaterra, Estados Unidos e outros. Aqui no Brasil o mais provável é que ela alcance primeiro São Paulo”, projetou a pesquisadora, citando também que estados vizinhos do Norte, como Rondônia e Pará, já estão vivendo aumento de casos.
“A gente tem que estar muito atento à P1, podemos ter um grande aumento de casos muito rapidamente em breve, em várias regiões do país. Temos que correr com a vacina, pelo menos para as pessoas com maior risco, a fim de tentar ao máximo diminuir a hospitalização”, alertou Ester. “Tudo o que a gente puder fazer para evitar aglomerações, melhor.”
Por que aparecem mutações capazes de fugir do sistema imune? Ester participou de estudos que mostram como a população de Manaus viveu grande epidemia na chamada primeira onda, perdendo anticorpos. “À medida que uma população tem alta taxa de exposição e aos poucos perde anticorpos, você tem o ambiente adequado para as mutações. É como se todo mundo tivesse tomando antibiótico em baixa quantidade, sendo exposto a bactérias, cada vez mais selecionando as bactérias resistentes.”
E como vai o Brasil no combate à pandemia, no investimento em Ciência? “Você tem que manter as pesquisas andando se quiser respostas rápidas. Faltam recursos, de forma organizada, muito diferente do que foi a epidemia de Aids, que deveria ser um exemplo.” Ester recordou que, naquela época, sequenciar era muito mais difícil, mas ainda assim havia uma rede de sequenciamento. “Infelizmente agora, quem viveu a epidemia de Aids, constata que não existe uma coordenação de pesquisa em nível nacional!”
É um momento, destacou, para todos “valorizarem um pouco mais a Universidade. Vamos ter vacinas produzidas aqui, os testes clínicos foram feitos aqui.”
As professoras Ester Sabino (USP) e Waleska Caiaffa (UFMG) ministraram a aula inaugural do segundo período remoto emergencial na UFSJ no dia 2 de fevereiro, com transmissão pelo canal da TV UFSJ no YouTube. Ester Sabino foi uma das cientistas que lideraram o sequenciamento genômico das primeiras cepas do novo coronavírus que chegaram ao Brasil, em tempo recorde: apenas 48 horas após a confirmação dos dois primeiros casos em São Paulo. Waleska Caiaffa coordena o Observatório de Saúde Urbana, vinculado à Faculdade de Medicina da UFMG. A transmissão foi mediada pela professora Clareci Cardoso, do Campus Centro-Oeste Dona Lindu (CCO/UFSJ), e teve a participação do reitor da UFSJ, professor Marcelo Pereira de Andrade.
5 - Pós Multicêntrico em Química convida para defesa de dissertação
O Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais (PPGMQ) convida a toda comunidade para a defesa da dissertação “Estudo da corrosão eletroquímica de aço carbono utilizado no transporte de água de resfriamento dos pasteurizadores em indústrias de cerveja", de autoria do estudante Lucas Wilian Leite Silva.
Quando: 8 de fevereiro de 2021, às 13h30, pelo
Google Meet.
Banca: professores doutores Hosane Aparecida Taroco, Júlio Onésio Ferreira Melo e Tulio Matencio.
6 - Defesa de dissertação do Mestrado em Letras
O Programa de Pós-Graduação Mestrado em Letras (Promel) convida a comunidade acadêmica para a defesa da dissertação "Estuário: a (im)possibilidade da escrita", da estudante Marinege das Graças Rodrigues.
Qunando: 8 de fevereiro de 2021, às 14h, pelo
Google Meet.
Banca: professoras doutoras Eliana da Conceição Tolentino (orientadora), Raquel Beatriz Junqueira Guimarães (PUC-MG), Maria Ãngela de Araújo Resende (UFSJ) e Adelaine La Guardia (UFSJ) - suplente.
Última atualização: 05/02/2021