1 - Vacinas: o enfrentamento definitivo à Covid-19 e suas consequências
A Universidade Federal de São João del-Rei encerra a campanha em defesa da vacinação, publicada em suas mídias, com o
vídeo Vacinas são seguras? E as vacinas contra Covid-19?, apresentado pelo professor da USP Luiz Carlos de Sá-Rocha, que trabalha, há 30 anos, em segurança de produtos farmacêuticos, entre eles, as vacinas. O pesquisador explica que as vacinas contra Covid-19, assim como as demais, passaram por rigorosos testes de segurança, e que seu rápido desenvolvimento deve-se “à realização dos testes de forma paralela, e não sequencialmente como costuma ser feito, muitas vezes por falta de recursos.”
O professor Luiz Carlos alerta que é preciso vacinar o maior número de pessoas possíveis, porque “isso fará o enfrentamento verdadeiro e definitivo à Covid-19 e seus problemas.”
Ele nos deixa um conselho preciso: “Quando a vacina chegar à sua cidade, à sua comunidade, não tenha medo de se vacinar. Incentive seus amigos e seus familiares a se vacinarem. Vacinar é um ato de amor consigo próprio e de amor por seus familiares, amigos, comunidade, cidade, país, por toda humanidade.”
A campanha UFSJ em defesa da vacina foi organizada pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e Assessoria de Comunicação da Universidade, com o objetivo de divulgar informações confiáveis sobre as vacinas de Covid-19 ao maior número possível de pessoas.
Assista! Compartilhe! Quando puder, vacine-se!
Luiz Carlos de Sá-Rocha possui graduação em Medicina Veterinária e Zootecnia pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), graduação em Leadership for Environment and Development - Rockefeller Foundation, mestrado em Patologia Experimental e Comparada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e doutorado em Patologia Experimental e Comparada pela mesma instituição. Foi diretor científico da empresa CIALLYX Laboratórios & Consultoria e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Unimonte/Santos. É professor assistente doutor MS3 da USP. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Neuroimunologia e desenvolvimento de novos fármacos, medicamentos e vacinas.
2 - Capes: Mulheres são maioria no Programa de Combate à Covid-19
Elas representam 61% dos bolsistas do Programa de Combate a Epidemias da Capes
A participação feminina na ciência é crescente e notável em todas as áreas. Um exemplo disso é o
Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Nele, 61% dos bolsistas são mulheres, 404 dos 657 beneficiários da iniciativa lançada em 2020.
Ana Carolina Jardim, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), coordena uma equipe multidisciplinar que atua em várias frentes de combate ao novo coronavírus. O seu grupo de trabalho conta com “químicos, farmacêuticos, biólogos, biomédicos, médicos, que estão trabalhando desde a identificação de moléculas com potencial antiviral, até a produção dessas moléculas e validação de suas atividades contra o SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19”, explica.
Jardim conta que foi um grande desafio conciliar a estrutura pessoal e familiar com a profissional, ou seja, enfrentar a tripla jornada, velha conhecida das mulheres. Entretanto, observa que “é muito gratificante poder ter um filho, vivenciar a maternidade, a família e ao mesmo tempo seguir uma carreira, apesar dos desafios, que são muitos”.
Lucymara Fassarella, coordenadora-geral da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), está à frente de um projeto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) que envolve várias instituições de ensino superior e quase 50 pesquisadores. Seu trabalho busca o diagnóstico, prognóstico e tratamento da Covid-19, por meio de informações colhidas nos estados do Nordeste.
A cientista defende que a participação feminina em projetos como esse possa incentivar meninas e mulheres a se interessarem pela área. Ela acredita que para isso é preciso “mostrar que é possível conciliar família, trabalho e ter uma inserção no que você gosta de atuar é fundamental”.
Zena Martins, diretora de Programas e Bolsas no País da Capes, diz que as mulheres ocupam a cada dia maior e mais expressivo espaço na ciência brasileira: “Muitas pesquisadoras com o apoio da Capes têm mostrado o impacto e a contribuição de seus trabalhos, a partir de descobertas, artigos, prêmios e reconhecimento nacional e internacional. Bolsistas têm se destacado com suas pesquisas e à frente de equipes que trazem resultados importantes para a ciência e o País. A Capes se faz presente em muitas dessas histórias de sucesso, e isso é sinônimo de grande satisfação para todas nós".
* Com informações do Coordenação de Comunicação Social da Capes
3 - Capes: Número de doutoras cresce 61% em seis anos
Foram 13.419 mulheres tituladas em 2019 ante 8.315 em 2013; presença feminina no registro de patentes também subiu
A quantidade de doutoras tituladas a cada ano cresceu 61% de 2013 a 2019, último com dados fechados e compilados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O número passou de 8.315 para 13.419 na série histórica analisada, e sempre esteve à frente do de homens, que foi de 7.336 para 11.013 no mesmo período.
O trabalho das mulheres tituladas nesses anos contribui para a busca de soluções de demandas da sociedade. É o caso de Bianca Peres, doutora em Microbiologia desde 2017 pela Universidade de São Paulo (USP), com estudos financiados pela Capes. Bolsista da Fundação também no mestrado e de novo no pós-doutorado, a cientista integra a equipe da USP que tenta
adaptar medicamentos usados no combate a outras doenças para tratar a Covid-19.
Em relação à vida acadêmica, Bianca diz ser difícil balancear as longas horas no laboratório com a maternidade. Mas enfatiza: “Não imagino minha vida sem ciência, mesmo que futuramente não esteja mais envolvida nessa parte prática. Sempre estarei envolvida, seja fazendo divulgação, seja dando aula.”
A presença feminina também é relevante para a propriedade intelectual da ciência nacional. O número de patentes registradas com participação de mulheres registrou crescimento de 682% em seis anos. Foram 335 em 2013 e 2.621 em 2019. Diferentemente dos títulos, porém, a quantidade ficou abaixo em relação aos homens — 497 em 2013 e 3.346 em 2019.
Única representante do Brasil entre os 23 vencedores do
prêmio Cientista do Ano 2020, a bioquímica Angela Wyse participou do registro de patente de um jogo eletrônico educacional em 2016, o “
Web-game educacional para ensino e aprendizagem de ciências”. O game leva conhecimentos básicos de química em perguntas de “certo ou errado” para crianças da educação básica responderem no computador. O conteúdo engloba átomos e moléculas, e serve para ajudar a fixar os ensinamentos.
Angela Wyse dá aulas em dois programas de pós-graduação (PPGs): em Bioquímica e em Educação em Ciências, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O trabalho que resultou na patente foi originado na disciplina “Conectando o PPG em Bioquímica à educação básica”. Nela os estudantes devem desenvolver projetos para levar para escolas da periferia de Porto Alegre (RS).
A professora da UFRGS lembra que o caminho até a educação superior começa na infância. “Devemos estimular as meninas a ter brinquedos que estimulem a criatividade assim como os meninos. É um processo que, em minha visão, estimulará a presença cada vez maior das mulheres na ciência”, diz Wyse.
Segundo Heloísa Hollnagel, diretora de Relações Internacionais da Capes, os aumentos do número de doutoras e do de registro de patentes com participação feminina demonstram a força das mulheres na ciência. “Fico feliz em ver que vinte anos depois do meu doutorado, hoje temos mais mulheres tituladas e com números expressivos na produção de artigos científicos de impacto. Essa produção de conhecimento com o nível cada dia mais relevante, resulta em mais registros de patentes, estimulando a colaboração internacional e a obtenção de fomento externo”, diz.
O Dia Internacional da Mulher, data comemorativa oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1970, simboliza a luta histórica das mulheres para terem as condições de trabalho equiparadas às dos homens. Celebrado a cada 8 de março, serve para protestar contra a desigualdade salarial, o machismo e a violência.
* Com informações do Coordenação de Comunicação Social da Capes
Última atualização: 09/03/2021