1 - UFSJ vai nomear comissão para debater dados de mapeamento institucional
Em reunião realizada nesta segunda, 22, a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proen) da UFSJ apresentou aos membros da Congregação os dados estatísticos referentes ao mapeamento das condições de saúde, segurança e acesso digital de sua comunidade. Os questionários, dirigidos a alunos, professores, técnico-administrativos e terceirizados, estiveram disponíveis para preenchimento no período de 2 a 14 de junho.
Por via remota, com tradução em Libras dos intérpretes Pedro Ernesto e Oswaldo Vinícius (Proex), os resultados preliminares da pesquisa foram transmitidos via Google Meet e YouTube, o que possibilitou à comunidade acadêmica acompanhar a reunião, conduzida pela pró-reitora, professora Elisa Tuler, e pelo pró-reitor adjunto, professor Vicente Leão. “Os dados coletados servirão de ponto de partida para o debate sobre o rumo de nossas atividades letivas e administrativas, levando em conta a complexa realidade que caracteriza o cotidiano da Universidade, num cenário no qual o mais importante é a preservação da vida”, destacou a pró-reitora.
Assim, o encaminhamento proposto foi a criação de uma comissão ad hoc, consultiva, com representantes dos três segmentos, na busca de alternativas viáveis para aprofundar a análise dos dados e embasar uma retomada segura. Nas palavras do pró-reitor adjunto, “as melhores respostas virão coletivamente, sendo fundamentais nesse momento em que a democracia se encontra ameaçada no país.” A Proen vai divulgar a composição e a agenda desta comissão.
Números
O mapeamento é parte importante do diagnóstico inicial da situação geral da UFSJ, servindo como ferramenta para o enfrentamento à Covid-19. No segmento docente, foram 593 respostas, de um total de 856 professores. 92% possuem computador e 97%, impressora. Setenta e cinco por cento têm acesso à internet o tempo todo, com conexão considerada aceitável (57%). Sobre a retomada das atividades acadêmicas de forma remota durante a pandemia, 50% concordam parcialmente e 11% discordam totalmente, sendo que 78% (461 docentes) declararam a necessidade de alguma capacitação para realizá-las. Em relação à Covid, a maioria pode adotar o isolamento social (477), mantendo-se elevados os níveis de estresse e ansiedade.
Entre os alunos, o engajamento foi de 50,89% , totalizando mais de seis mil respostas. São jovens: 71% está na faixa etária de 16 a 24 anos, oriundos de famílias com renda mensal per capita na faixa de que vai de 0,5 a 1,5 salário mínimo, ou acima. Majoritariamente, estão matriculados na graduação, recebem algum tipo de bolsa ou auxílio (78%), trabalham, formal ou informalmente, o que lhes garante acesso a computadores (80%), celulares (98%), fones de ouvido (86%) e câmeras (92%), embora a conexão em rede móvel apresente limites de dados na franquia entre 58% dos usuários. Trinta e oito por cento consideram ótima sua condição de acesso à internet para realizar atividades de ensino mediadas por tecnologias digitais, ao passo que 33% a avaliam apenas como aceitável. O isolamento, com níveis aumentados de ansiedade e estresse, tem afetado também a saúde física e mental do alunado.
Das 429 respostas enviadas pelos técnicos, 29% são de servidores terceirizados da UFSJ. Ambos conectados, em patamares semelhantes aos outros dois segmentos: 97% possuem celular, numa condição de acesso à internet tida como aceitável ou ruim em iguais proporções (48%) para atividades de ensino mediadas por tecnologias digitais. Sobre a retomada remota das atividades acadêmicas, quase metade concorda parcialmente (47%), ao passo que 14% discordam completamente, não havendo necessidade de capacitação para 356 respondentes. A dificuldade para desenvolver o trabalho de forma remota está na falta de equipamentos de apoio multimídia em casa, como impressora, scanner e outros (19%), no manuseio de documentos (11%) e sistemas específicos (6%). Nas questões de saúde, o distanciamento social (que 310 técnicos puderam cumprir), tem afetado a saúde física e mental, refletindo-se no aumento da ansiedade, embora o nível de estresse permaneça próximo à marca anterior à pandemia.
São números representativos, que traduzem, na opinião da professora Rejane Correa da Rocha, do Departamento de Matemática e Estatística (Demat), e coordenadora do Núcleo de Educação a Distância da UFSJ, um nível de confiança altíssimo para o início das discussões institucionais sobre a adoção ou não do ensino remoto emergencial. “Do ponto de vista da análise estatística, os que não responderam têm 99% de chance de não mudar o resultado da pesquisa.”
2 - Fornecimento de energia do CTan será suspenso na sexta (26/6)
A Divisão de Prefeitura de Campus comunica o desligamento da energia elétrica no campus Tancredo Neves (CTan) nesta sexta-feira (26/6), entre 9h30 e 15h30, para manutenção na rede elétrica.
O Setor de Acompanhamento e Desenvolvimento de Pessoas (Sesed) e a Divisão de Desenvolvimento de Pessoas (Didep) informam que o levantamento das ações na UFSJ para o Plano de Desenvolvimento de Pessoas (PDP 2021) encerra na próxima terça-feira (30/6).
O público-alvo são todos os servidores efetivos da UFSJ, incluindo técnico-administrativos e docentes.
4 - Projeto coloca Engenharia Civil a serviço da saúde respiratória
A professora do Departamento de Tecnologia em Engenharia Civil, Computação e Humanidades do Campus Alto Paraopeba, Mariana Arruda, concebeu o Projeto Arejar, cujo objetivo principal é diminuir a demanda por atendimento médico nas unidades de saúde, causada por problemas respiratórios ocasionados por mofo nas residências. Com isso, a pesquisadora espera reduzir a possibilidade de contaminação pelo coronavírus nesses locais, melhorando a qualidade de vida nos domicílios a serem avaliados pela equipe do projeto.
Com apoio de alunos do curso de Engenharia Civil da UFSJ, o projeto quer auxiliar a população no reconhecimento de doenças que podem ser associadas a infiltrações nas moradias e solucionar, por meio de orientações técnicas, os problemas identificados.
Utilizando a internet, por meio de posts no Instagram ou de contatos por e-mail, a equipe do Arejar dissemina conhecimento, de forma gratuita, sem restrições de localização. Para receber orientações e ajuda, o interessado deve entrar em contato, relatando seu problema. Os endereços do projeto são o perfil @arejar_ufsj no Instagram e o e-mail
labmc@ufsj.edu.br.
Rinite alérgica
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população brasileira possui algum tipo de alergia respiratória. A rinite alérgica atinge em torno de 25% da população infantil e adolescente no país. A asma alérgica alcança cerca de 20% do mesmo grupo etário. Quando essas pessoas estão em contato com lugares em que existe a presença de bolor, essas doenças podem se agravar, demandando atendimento médico.
Além da professora Mariana, o Projeto Arejar foi concebido com a participação dos estudantes Ana Clara Tuão, Cristiane Lima, Meison Rocha, Lucas Bandeira e Rafael Rodrigues.
5 - IEEE está com vagas abertas
Está aberto o processo seletivo para o IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers –, com vagas para o Ramo Estudantil, que se divide em três núcleos: WiE (Woman in Engineering), CAS (Capítulo de Eletrônica) e PES (Capítulo de Sistemas de Potência).
Diante da busca de múltiplos conhecimentos para integrar o projeto, o processo seletivo não se limita somente ao curso de Engenharia Elétrica. Podem se inscrever alunos regularmente matriculados em cursos de Engenharia, Ciências da Computação e Tecnologia da Informação, Ciências Físicas, Ciências Biológicas e Médicas, Matemática, Comunicações Técnicas, Educação, Administração, Direito e Política.
Antes de iniciar o processo de inscrição, a leitura das
diretrizes é imprescindível. As
inscrições vão até as 22h desta sexta, 26 de junho. É válido lembrar que o histórico escolar não é determinante para o sucesso no processo seletivo.
O que é o IEEE?
Criado em 1884, nos Estados Unidos, o IEEE une mais de 400 mil associados, em cerca de 150 países. Colabora no incremento da prosperidade mundial, promovendo a Engenharia de criação, desenvolvimento, integração, compartilhamento e o conhecimento aplicado no que se refere à ciência e tecnologias da eletricidade e da informação, em benefício da humanidade e da profissão.
Como a maior organização profissional técnica do mundo, o IEEE dispõe de várias maneiras de se envolver com as comunidades técnicas e locais. Essas comunidades são participantes ativos de pesquisa e autoria, conferências e conversas importantes sobre os tópicos técnicos mais relevantes de hoje. E, através do Ramo Estudantil IEEE, atividades técnicas e de extensão são oferecidas, a fim de promover a comunidade universitária e contribuir para a formação técnica dos membros. Mais informações,
clique aqui.
6 - Projeto de radioamadorismo da UFSJ ganha destaque em revista
O projeto Radioamadorismo como ferramenta de ensino, idealizado pelo professor Marconi de Arruda Pereira, do Departamento de Tecnologia em Engenharia Civil, Computação e Humanidades, foi destaque na revista da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (Labre) na edição de maio. O texto ressalta o caráter educacional do projeto e a construção de uma estação de radioemissão no Campus Alto Paraopeba da UFSJ.
A ideia de levar a iniciativa às escolas de Ouro Branco quer instigar o interesse pela Ciência e tecnologia nas crianças e adolescentes. “Espero que a realização de experimentos simples motivem neles o gosto pela tecnologia, pela física e pela eletrônica”, conta o professor.
Henrique Santiago Ferreira da Silva, integrante do projeto e graduando do curso de Engenharia de Telecomunicações, estudou Código Morse, radiocomunicação via satélite e outras técnicas, e adquiriu o Certificado de Operador de Estações de Radioamador (COER). “Estou lidando com extensão desde calouro. Já realizei outras atividades durante o curso, sempre paralelas à extensão, o que agregou demais não só à minha vida acadêmica, mas também me mudou como pessoa, faz parte de quem sou hoje”, analisa.
O plano para as atividades com estudantes do Ensino Fundamental consiste na apresentação da telegrafia, da radioescuta, da comunicação via satélite, dos balões meteorológicos e da comunicação com a Estação Internacional Espacial. Tais atividades, que seriam ministradas por Henrique, foram adiadas devido às medidas de isolamento social.
Educadores e escolas interessadas em parceria com o projeto devem entrar em contato com o professor Marconi Pereira, pelo email
marconi@ufsj.edu.br.
7 - Cesta básica estabiliza após aumento acentuado no início da pandemia
Núcleo de Pesquisa em Economia (Nepe) colhe, analisa e divulga indicadores locais e regionais
Acompanhando a tendência nacional dos preços após o início da pandemia da Covid-19, a cesta básica em São João del-Rei, no mês passado, apresentou tendência de estabilidade. Em março e abril, a elevação dos preços foi muito significativa; em maio, porém, seu valor diminuiu em média 0,3%, significando, em termos econômicos, àquela tendência anunciada. Os “piores vilões” dos consumidores são-joanenses foram o feijão, que em abril registrou alta de 47%, e a batata, que em maio ficou 40% mais cara. Em 2020, a cesta básica já acumula, na “cidade onde os sinos falam”, alta de 10%.
Os dados são do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Economia (Nepe), do Departamento de Ciências Econômicas da UFSJ (Dceco), que realiza mensalmente pesquisa do valor da cesta básica nos supermercados da cidade. Para o coordenador do Nepe, professor Douglas Ferreira, a alta de 10% penaliza as famílias de baixa renda. “São produtos básicos para a alimentação. Com o aumento do desemprego e outras condições adversas no cenário da pandemia, cesta básica mais alta significa peso maior nas despesas”, explica. De acordo com projeções do Nepe, a renda para uma família com quatro membros (casal e dois filhos) deveria ser de R$ 3.600 reais, levando-se em consideração o que determina a legislação que instituiu o salário mínimo.
Pesquisas
Investigando sistematicamente a economia local e regional, à luz do que acontece no Brasil, o Nepe realiza estudos, levanta e analisa outros indicadores da economia são-joanense. O Núcleo, além do coordenador, conta com a participação do vice-coordenador, professor Gustavo Moreira, e mais quatro bolsistas: Franciele Almedida, Kaíque Ferreira, Vinícius Ozaki e Angelo Durigon.
Atualmente, as principais pesquisas do Nepe investigam o custo mensal da cesta básica, o mercado de trabalho, o comércio exterior das empresas locais. “Temos trabalhos cujos resultados e análises são divulgados mensalmente, como a cesta básica, e outros trimestrais. Os bolsistas, além do operacional das pesquisas, como as coletas de dados nas fontes e supermercados, também participam das análises . Tudo é feito coletivamente. Eu e o professor Gustavo estamos na coordenação do Nepe desde o ano passado.”
Douglas Ferreira reconhece que a pandemia tem trazido prejuízos para o trabalho do grupo, como a coleta de preços nas prateleiras dos supermercados, que tem sido feita por ele e pelo vice-coordenador, e a dificuldade de acesso às fontes durante o isolamento. Quando for possível, o Nepe pretende pesquisar o nível de satisfação dos consumidores no comércio de São João del-Rei.
Divulgação
No mês passado, o Núcleo implantou seu
novo site para divulgação de seus trabalhos de pesquisa e de artigos analíticos sobre a economia local e regional. “Criamos um site mais moderno e acessível, com linguagem mais simples, e uma nova metodologia de divulgação”, informa Douglas. Os resultados estão sendo satisfatórios: aumentou o número de acessos, inclusive de outras cidades e estados, e o retorno da imprensa local, que tem repercutido os dados e análises.
Vale a pena ressaltar que o Nepe é também responsável pela “guarda” de dados da economia local feitas pelo Departamento de Ciências Econômicas desde 1988. “Temos dados desde essa época. Além de mantê-los, precisamos resgatar o boletim Indicadores Conjunturais, editado pelo Dceco desde 1998, interrompido há cinco anos, que traz dados preciosos da evolução da economia local”, informa o coordenador.
Geograficamente, o município de São João del-Rei é uma cidade-pólo e as análises de desempenho são em geral em nível macroeconômico. Nisso está a importância do Nepe, que atua em nível mais regional, com mais especificidade. “A economia são-joanense tende a seguir o contexto econômico de grandes cidades, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, mas ela tem sua especificidade, seus fatores vocacionais, que precisam ser analisados aqui. Unimos conhecimento nacional e investigamos tendências na região, mas o foco do Núcleo sempre serão dados de São João del-Rei”, conclui.
8 - Professores discutem projeto para melhorar a performance nos cursos iniciais de Matemática
Os professores Gustavo Terra Bastos, Marianna Resende Oliveira, Carlos Alberto da Silva Junior, Gheyza Ferreira da Silva, Rafaela Neves Bonfim, Viviane Pardini Valerio, Wilker Thiago Resende Fernandes e Patrícia Tempesta, do Departamento de Matemática e Estatística (Demat), e o professor Pedro Benedini, do Departamento de Estatística, Física e Matemática (Defim), querem incentivar os alunos que cursam as disciplinas de Matemática, nos mais diversos cursos da UFSJ, a melhorar suas performances. Para isso, estão desenvolvendo projeto que ofereça curso de pré-cálculo. A proposta, que ainda vai ser submetida aos dois departamentos, foi apresentada à pró-reitora de Ensino de Graduação, Elisa Tuler, por meio de reunião virtual.
Segundo os professores, se o projeto obtiver as aprovações departamentais, poderá ser implementado por via remota. O curso tem duração prevista de oito semanas, e o principal objetivo é sanar lacunas de aprendizado dos estudantes quanto a conteúdos de Matemática básica. “Pretendemos suprir alguns conteúdos do Ensino Médio e, assim, tentar deixar a transição entre escola e universidade mais suave”, destaca a professora Patrícia Tempesta. A ideia é que os conteúdos sejam divididos em módulos. Cada professor participante será responsável pela elaboração de textos e vídeos. Além de assistir às aulas gravadas, os alunos resolverão listas de exercícios a serem enviadas, em formato pdf, para correção em datas pré-fixadas.
Um ponto chave dessa proposta é a oportunidade de o aluno poder corrigir os erros, refazer as listas de exercícios e entregá-las para uma segunda correção, simultaneamente ao acompanhamento das dúvidas por tutores em fóruns temáticos específicos. O certificado de participação será enviado somente ao estudante que cumprir os requisitos necessários, a ser informados na data de inscrição. O curso tem caráter extracurricular e será desenvolvido totalmente a distância. Por isso, a possibilidade de aproveitamento como atividade complementar dependerá da aprovação dos colegiados dos cursos de graduação.
Tão logo haja uma definição quanto à data de inscrição, a mesma será informada aos interessados pelo site e redes sociais da UFSJ.
Erramos: Essa reportagem substitui a nota "Proen apoia a criação de projeto de introdução ao cálculo", publicada no Boletim nº 340.
O Programa de Pós-Graduação em História (PPGHis) convida a comunidade acadêmica para a defesa da dissertação "RESISTÊNCIA ESCRAVA: AS FUGAS DE ESCRAVOS NA COMARCA DO RIO DAS MORTES 1871-1888", da mestranda ELIZABETH MARCIA DOS SANTOS.
Quando: quinta-feira (25/6), às 14h30.
Banca: professores doutores Afonso de Alencastro (orientador/UFSJ), Silvia Brügger (UFSJ) e Roberto Guedes (UFRRJ).