1 - 100 dias de trabalho UFSJ: Proex assegura espaços de atuação no cenário da pandemia

 
“Assumimos a pró-reitoria no meio de um turbilhão. O isolamento social criou uma situação difícil, principalmente pra nós, pois a maioria de nossas ações depende da presença física das pessoas envolvidas no processo da Extensão.” É o que afirma o pró-reitor Francisco Brinati, ao avaliar o que foram os primeiros 100 dias e o início da gestão da Pró-Reitoria de Extensão (Proex). Desafio colocado, a Proex buscou imediatamente se adaptar às novas rotinas do teletrabalho e em pouco mais de três meses garantiu feitos importantes para a área, como a aprovação, pelo Conselho Universitário (Consu), da Política de Extensão da UFSJ, o mapeamento das ações extensionistas existentes e a garantia da manutenção de bolsas para ações prejudicadas pela pandemia.
 
A Política de Extensão da UFSJ, aprovada em meados de julho, foi concebida, discutida e elaborada num “trabalho árduo” coordenado pelo pró-reitor anterior, Ivan Vasconcelos (Comunicação Social). Dada a excelência da nova política, a atual gestão cuidou de sua aprovação no Consu. Francisco Brinati destaca que o documento aprovado garante as diretrizes do que é Extensão na UFSJ. “Ele foi elaborado levando em consideração as idéias discutidas nos principais fóruns de extensão das universidades públicas. Podemos dizer seguramente que a nossa política está de acordo com o que de melhor há no país. A aprovação foi uma vitória, pois garante um balizamento de nossas ações”, afirma.
 
Brinati ressalta ainda que a nova política tem como pressupostos os fatores norteadores da Extensão, os chamados cinco “is”: interação dialógica com a comunidade; indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; impacto na formação dos estudantes, impacto na transformação social; interdisciplinaridade e interprofissionalidade.
 
Adaptação
Para se adaptar ao cenário da pandemia, sem prejuízos para projetos e programas em desenvolvimento, a atual gestão realizou, por meio de formulários, um mapeamento das ações de extensão junto aos coordenadores. Assim, foi possível conhecer a realidade e as demandas de cada um dentro dessa nova realidade. “Procuramos conhecer como estava acontecendo o trabalho e proporcionar adequações ao que vinha sendo feito. Havia muita angústia com a situação difícil, e propusemos adaptações para tranquilizar os coordenadores”, revela Brinati.
 
Entre os arranjos estão a prorrogação do prazo de entrega das propostas de trabalho e do pagamento de bolsas, anteriormente marcados para abril de 2021 e estendidos até o final de junho do mesmo ano. O processo de readaptação também é enfatizado pelo pró-reitor. “Fizemos diversas rodas de conversa on-line, o que foi muito positivo, pois houve uma grande interação e troca de experiências e idéias entre os responsáveis pelos projetos. Essa interação permitiu a construção de redes, a criação de parcerias e o surgimento de novas possibilidades de atuação”, avalia.
 
Pibex 2021 e Circulação Artística
A Pró-Reitoria está lançando o edital do Programa de Bolsas de Extensão (Pibex) 2021, que foi debatido e construído com a Comissão de Extensão. Entre as novidades, está a previsão de adaptação à cenários de impossibilidade de ações presenciais de extensão.
 
Além do Pibex, o edital de Apoio à Criação e Circulação Artística está aberto para submissão de propostas até 30 de setembro. “Decidimos manter o calendário dos editais da Proex para garantir a realização dos projetos no próximo ano”, explica Brinati. Em outra frente de ação comunitária, foi aprovada em junho, no Conselho Superior, a Política de Uso do Centro de Referência de Cultura Popular Max Justo Guedes, o Fortim dos Emboabas.
 
Com o cancelamento do Inverno Cultural por causa das medidas de segurança de combate à Covid-19, a Proex, em parceria com a Assessoria de Comunicação da UFSJ, produziu um vídeo para informar à comunidade a decisão de não realizar o evento. Porém, Francisco Brinati garante que as negociações para o evento do ano que vem já estão sendo realizadas, e o festival debatido internamente com os setores responsáveis pela produção. A Pró-Reitoria tem mantido, virtualmente, nas redes sociais do Centro Cultural da UFSJ, o Festival Fica em Casa, com dicas culturais e de ações da Universidade.
 
Outro trabalho destacado pela Proex nesses 100 dias foi o levantamento das demandas dos discentes e docentes com diferença funcional para as atividades remotas emergenciais, realizado pelo Setor de Inclusão e Assuntos Comunitários (Sinac). Visando à melhoria das condições de teletrabalho dos servidores da Pró-Reitoria, foram distribuídos 13 notebooks novos para os técnicos. Todos os que solicitaram receberam equipamentos acautelados.
 
Entre reuniões virtuais e participações em fóruns regionais e nacionais de Extensão e Cultura, a Proex buscou se adaptar aos novos tempos para permitir que sua missão maior, o intercâmbio com a comunidade, acontecesse da melhor maneira possível, mesmo que as condições impostas pela pandemia não colaborassem.
 
 

2 - Possível corte no orçamento atinge a sociedade, afirma Marcelo Andrade em entrevista

 
Em entrevista ao Notícias Gerais, o reitor Marcelo Pereira de Andrade falou sobre o corte de recursos das universidades públicas, anunciado pelo MEC no início da semana passada, e já previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual, que discrimina o destino e o valor das verbas federais para o ano seguinte. O documento, no entanto, ainda vai passar pelo Congresso Nacional, e pode ser modificado.
 
Na UFSJ, a perspectiva é de uma redução da ordem de 18,46%, o que significa menos R$ 10,5 milhões. De acordo com Marcelo, a proposta atinge a sociedade como um todo, e não apenas as universidades, que corre o risco de ver seu trabalho inviabilizado ao longo de 2021. “Evitar esse corte não é uma tarefa só da Universidade, mas também de todo cidadão e cidadã em prol da Educação e do próprio desenvolvimento da nossa nação”, afirmou.
 
A íntegra da entrevista, conduzida pelo repórter Arthur Raposo Gomes, pode ser lida neste link.
 
 

3 - Série Economistas da UFSJ: "Não dá pra perder tempo fazendo o que não gosta. Eu amo a Economia!"

 
A história de Daniela Almeida Raposo Torres na UFSJ começa em 2010. Na bagagem, a experiência de quem era professora de Economia numa instituição particular, em Sete Lagoas. Na época, afastou-se para tratar o câncer de mama, que ficaria adormecido por alguns anos.
 
Chegou plena ao curso de Ciências Econômicas da UFSJ, pronta para dar aulas, e já quis fazer parte do colegiado. Daniela não é de se dedicar pela metade. Os primeiros desafios: renovação do corpo docente e elaboração do novo projeto pedagógico. Candidatou-se para coordenadora, em eleição que teve a participação da maioria dos alunos e professores, como ela lembra. Venceu!
 
Assumiu a coordenação em 2011, quando não havia uma boa estrutura, organização. Junto com a secretária Luciene Zanetti e os vices que se seguiram, professores Glauco Manuel e Norberto Vieira, passaram por um fértil período em que se destacaram discentes sendo premiados, fortalecimento da Semana da Economia e da avaliação no Guia do Estudante. O curso abriu a oferta para turno integral, aumentando o número de vagas.
 
No meio de conquistas, também as perdas: o professor Ives Bento nos deixou em 2014. E novos obstáculos: em 2016, durante palestra na Semana de Economia, Daniela não conseguia falar e respirar bem ao mesmo tempo. O cansaço era extraordinário. Ligou para seu médico, fez exames. “Tive derrame pleural, era uma metástase pulmonar”, explica.
 
Afastou-se em parte de 2016 e 2017, mas retornou em 2018, em tratamento. “Fiquei imensamente feliz com a aprovação do Mestrado, porém não tive como dar aula”.
 
Em 2019, durante viagem, teve dores na perna. Quando voltou, os exames apontaram metástase óssea. “Naquele momento, estava com muitas limitações e decidi me aposentar”, lamenta, acrescentando como motivos, também, o atual momento que o Brasil está passando (“as pessoas atacando umas às outras”) e a reforma da previdência.
 
Daniela fica feliz quando recebe homenagens, mas queria ter feito mais. “Sou economista por amor, nada me trouxe mais alegria que ser economista, professora da UFSJ, coordenadora. A vida não dá pra perder tempo fazendo coisa que não quer”.
 
A professora, agora aposentada, tenta passar esse sentimento pros alunos, muitos deles ainda jovens e indecisos. Para todos nós, Daniela passa, ainda, uma bela lição de vida.
 
Acesse nosso Facebook e Instagram para conferir a série "Economistas da UFSJ" completa. Leia também a entrevista com a professora Daniela Raposo Torres para o site da UFSJ, na campanha “Outubro Rosa” de 2018.
 
 

4 - Cesta básica apresenta queda de 4,1% em São João del-Rei

 
A Pesquisa Mensal da Cesta Básica em São João del-Rei, realizada pelo Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Economia (Nepe), aponta uma queda de 4,1%na cesta básica em julho, com valor de R$ 405,98. Esse é o terceiro mês seguido em que é registrada diminuição no preço.
 
Os produtos que tiveram maior alta foram farinha de trigo (7,21%), leite integral (6,06%) e carne bovina (0,86%). Já as principais quedas foram no preço do tomate (-32,4%), batata (-29,32%) e feijão (-9,28%). 
 
Confira todas as pesquisas sobre cesta básica nesta página. Mais informações no site do Nepe.
 
Em caso de dúvidas ou para solicitar informações, escreva para o e-mail nepe@ufsj.edu.br  
 
 

5 - Foripes se manifesta sobre despejo de famílias do Quilombo Campo Grande

 
O Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais (Foripes), que representa as 19 instituições de Ensino Superior públicas do Estado, manifestou, na sexta, 14, o repúdio pela a ação de reintegração de posse desferida sobre as famílias de agricultores e agricultoras do acampamento Quilombo Campo Grande, na cidade de Campo do Meio, sul de Minas, durante o período de pandemia de Covid-19. O documento alerta sobre os riscos da ação para a saúde das 450 famílias que vivem e produzem no local.
 
O Foripes alertou sobre o risco do despejo nesse contexto de pandemia da Covid-19, principalmente pelas recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, em relação à necessidade de distanciamento social. A manifestação dos reitores e reitoras destaca: “Em meio à crise de saúde pública, gerada pela pandemia de Covid-19, a ação de despejo pode provocar diversos impactos de ordem social, econômica e psíquica naquela comunidade, lançando-a numa situação de vulnerabilidade social ainda maior nesse contexto de crise em que o país já registra mais de 100 mil mortes pelo novo coronavírus.”
 
Conforme o documento do Fórum, o Acampamento Quilombo Campo Grande representa um dos maiores conflitos agrários do Brasil, que dura duas décadas, e o despejo das famílias pode acarretar prejuízos para a economia e abastecimento na região. Diligência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, realizada em em 2018, identificou cerca de “40 hectares de hortas, 60 mil árvores nativas e 60 mil árvores frutíferas, além da produção de oito toneladas de mel. A área ocupada pelo Quilombo é de cerca de quatro mil hectares. Novecentos são área de preservação. O restante, 3.100 hectares, tem 95% da terra transformada em área produtiva.”
 
O Foripes encerra o documento com a expressa manifestação de repúdio à violência e a ações para impedir a entrada de mantimentos e a cobertura da imprensa no local. E conclui: “Solidarizando-se com as famílias do Acampamento Quilombo Campo Grande, o Foripes requer das autoridades competentes a suspensão da reintegração de posse nesse período de pandemia, a garantia da vida e dos direitos fundamentais de todas as famílias acampadas.”
 
Confira a manifestação do Foripes na íntegra.

Última atualização: 18/08/2020