1 - Estadão destaca que UFSJ mostrou preocupação com lotação de salas no Enem
Segundo
notícia divulgada na sexta-feira (22/1), pelo Estadão, documento com a distribuição de candidatos em um dos locais de aplicação do Enem aponta que partiu da fundação contratada pelo Inep a ordem para usar 80% da capacidade das salas de aula no Exame. O percentual é superior aos 50% de lotação que havia sido informado à Justiça, e que constava no protocolo de biossegurança divulgado pelo Inep.
A ocorrência documentada é referente ao uso das salas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para aplicação das provas. Entretanto, a inquietação com a segurança de candidatos e trabalhadores alcançou outras instituições de ensino.
O Estadão cita que a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) foi uma das instituições a mostrar receio com o plano de lotação das salas. A Reitoria, ressalta a matéria, “demonstrou preocupação com a segurança dos candidatos que realizariam o Enem nos espaços cedidos pela instituição. O gabinete chegou a enviar dois ofícios ao Inep informando estar apreensivo em relação aos protocolos de biossegurança na aplicação da prova.” A orientação da UFSJ era de que a ocupação das salas não deveria ultrapassar 25%; porém, informações encaminhadas à instituição apontavam planejamento de salas com ocupação superior a 50%.
O primeiro dia de provas na UFSJ não registrou ocorrências de lotação, devido à grande abstenção - 53%, no primeiro dia de aplicação do Exame.
2 - Evento dá boas-vindas aos alunos da Psicologia
O Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) promove, nesta terça-feira (26/1), às 9h, a primeira edição on-line do
Pesquisar em Psicologia. O evento anuncia o início do segundo período emergencial e dá boas-vindas aos ingressantes no Programa. O tema escolhido para a recepção aos estudantes foi Avaliação do desenvolvimento infantil: políticas públicas, clínica e pesquisa. O encontro também marca a estreia do canal do PPGPsi no YouTube, pelo qual será transmitido o debate. Para acessar, basta
clicar aqui.
O evento será mediado pela professora Mônia Aparecida da Silva, da UFSJ, tendo como palestrantes os professores Denise Ruschel Bandeira, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Euclides José de Mendonça Filho, da MCGill University (Montreal, Canadá). Os três docentes são autores de Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (Idadi), um instrumento multidimensional de avaliação que foi construído no contexto brasileiro, baseado em características de crianças das cinco regiões do país.
De acordo com o coordenador do PPGPsi, Marcelo Dalla Vecchia, o tema escolhido está relacionado à área do desenvolvimento humano, objeto de vários trabalhos do Programa. “Os conhecimentos que serão abordados contribuirão de forma valiosa para diversas pesquisas em andamento. A presença dos palestrantes também precisa ser destacada, uma vez que o Idadi traz um conteúdo amplo e completo, que vem enriquecer os estudos da área.”
Para a professora Denise Bandeira, o evento será uma oportunidade de abordar a necessidade de se avaliar o desenvolvimento das crianças de quatro meses a seis anos, período no qual é possível intervir precocemente e evitar problemas futuros. “O Idadi vem auxiliar nessa avaliação, gerando dados que permitem monitorar a trajetória da criança”, complementa Denise. Já a professora Mônia explica que “os conhecimentos e a experiência adquiridos durante a elaboração do Inventário Dimensional serão a base do debate, durante o qual será abordada a importância da implementação de políticas públicas, apresentados fatores que impactam no desenvolvimento das crianças, entre outras informações.”
O evento
Lançado em 2019, o Pesquisar em Psicologia surgiu com o intuito de promover ciclos de debate periódicos sobre temas relacionados ao PPGPsi. Devido à pandemia, os encontros presenciais se tornaram inviáveis, impossibilitando a realização de novas edições.
Em 2021, o Programa relança o evento em formato on-line, em seu canal no Youtube, no qual serão transmitidos outros encontros promovidos ao longo do ano.
Ampla parceria
Além da presença no evento, a professora Denise Ruschel Bandeira participará de uma reunião com os docentes do PPGPsi, no início de fevereiro. A pesquisadora foi convidada para ser parceira do Programa e contribuir com o planejamento das ações a serem desenvolvidas no quadriênio 2021-2024.
Denise Ruschel foi coordenadora por quatro gestões do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que possui nota 7, o mais alto conceito de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
3 - Desenvolvimento infantil é avaliado por instrumento inédito no país
O
Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (Idadi) foi lançado, em dezembro do ano passado, inaugurando uma nova forma de acompanhar o crescimento das crianças durante a primeira infância. Inédita no Brasil, a obra é um instrumento multidimensional de avaliação, que foi elaborado com base nas características de meninos e meninas de quatro meses a seis anos, das cinco regiões do país. Voltado a profissionais das áreas de Saúde e Educação, o Idadi está disponível para aquisição no
site da Editora Vetor.
A UFSJ está presente na elaboração do Inventário, sendo representada pela professora do curso de Psicologia, Mônia Aparecida da Silva, que assina o livro juntamente com a professora Denise Ruschel Bandeira, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Euclides José de Mendonça Filho, da MCGill University, localizada na cidade canadense de Montreal. Os três pesquisadores vão debater o tema do desenvolvimento infantil durante a segunda edição do Pensar em Psicologia, nesta terça (26/1), como noticiamos
nesta página.
Amplas possibilidades avaliativas
O conteúdo apresenta sete domínios para avaliar os marcos do desenvolvimento infantil: Cognitivo, Socioemocional, Comunicação e Linguagem Receptiva e Expressiva, Motricidade Ampla, Motricidade Fina, Comportamento Adaptativo. Tais dimensões possibilitam a medição de habilidades relevantes da primeira infância, podendo ser utilizadas para monitorar a efetividade ou eficácia de intervenções implementadas para promover o desenvolvimento. O Idadi possui duas versões de aplicação e correção, disponibilizando os formatos lápis e papel e on-line, ou seja, o preenchimento pode ser realizado de maneira presencial ou remota.
De acordo com a professora Denise Bandeira, antes desse Inventário Dimensional de Avaliação, instrumentos internacionais eram utilizados para avaliar o desenvolvimento infantil das crianças brasileiras, mas os padrões de comparação eram falhos, por se basearem em resultados de análises realizadas em outros países. “Por ter sido elaborado totalmente do Brasil, o Idadi respeitou a cultura do nosso país, trazendo para seus parâmetros a nossa diversidade cultural. Dessa forma, o desenvolvimento de uma criança avaliada será analisado de acordo com a cultura e a realidade de meninos e meninas em situação semelhante”, detalha.
A professora Mônia Silva explica que a construção do Inventário levou seis anos, e contou com a participação de mais de duas mil mães de todo o Brasil, que responderam à pesquisa aplicada em formato presencial e virtual. “Por ser construído no contexto brasileiro, o Idadi se constitui como uma medida válida e precisa na avaliação do desenvolvimento infantil”, pontua.
Análise detalhada
Outro diferencial do Idadi foi a utilização de uma análise estatística moderna na sua elaboração, realizada em conjunto com a University of Nebraska-Lincoln, da qual a pesquisa recebeu financiamento. A técnica aplicada possibilitou a geração das curvas do desenvolvimento que expressam graficamente a evolução da criança. Segundo o professor Euclides Mendonça Filho, os dados obtidos pelo Idadi permitem diversas formas de interpretação. “O Inventário inclui os escores padronizados, que possibilitam comparar as crianças com seus pares e traçar perfis, e o escalonamento comportamental, que fornece uma descrição detalhada das habilidades que a criança já conseguiu, e as que ainda vai desenvolver. Já as curvas do desenvolvimento permitem acompanhar longitudinalmente o desenvolvimento e monitorar a trajetória da criança ao longo do tempo”, considera.
Versão on-line
A seguir, os autores irão lançar também o Idadi-Breve, uma versão on-line e gratuita do instrumento, que permite classificar se a criança tem risco ou não para atrasos no desenvolvimento. O conteúdo vem sendo adaptado na plataforma VOL, da Editora Vetor, para permitir que os interessados conheçam a nova opção. Assim, a iniciativa possibilita que a pesquisa se volte para a comunidade, contribuindo com a democratização do conhecimento.
4 - Desafio da Farmácia é mostrar o valor da Ciência frente às fake news
Na semana em que foi celebrado o Dia do Farmacêutico (20 de janeiro), a coordenadora do curso de graduação em Farmácia da UFSJ, Mariana Linhares Pereira, em entrevista, fala sobre os projetos do curso, que é nota máxima no Enade, e as perspectivas de atuação profissional. Também aborda os desafios e contribuições que a área pode proporcionar no combate à pandemia.
“O profissional da Farmácia deve ser comunicativo, curioso, pró-ativo e deve gostar de estudar”, define a professora, dando início à entrevista, quando perguntada sobre o perfil desejável para quem quer ingressar na graduação.
Ascom UFSJ: Quais são as possibilidades de atuação de quem se forma em Farmácia na nossa instituição?
Mariana: O curso de Farmácia oferece mais de 70 áreas de atuação, reconhecidas pelo Conselho Federal de Farmácia. Entre as principais grandes áreas estão o desenvolvimento, produção e controle de qualidade dos medicamentos e plantas medicinais, seguimento da terapia medicamentosa, análises clínicas e toxicológicas e atuação na indústria de alimentos.
Ascom UFSJ: O curso desenvolve projetos em que áreas?
Mariana: Hoje temos vários projetos de pesquisa e extensão sendo desenvolvidos. Os projetos de extensão, voltados para atuação na comunidade, vão desde o rastreamento de doenças como diabetes melittus, acompanhamento do uso crônico de medicamentos, análise da qualidade de água, informações sobre a pandemia da Covid-19 em emissoras de rádio e podcasts, educação ambiental, produção de álcool em gel e treinamento de profissionais para o cuidado farmacêutico. Já os projetos de pesquisa contemplam as áreas básicas e profissionais do curso. São diversos projetos que abrangem as mais diversas áreas de atuação do farmacêutico. Hoje temos projetos de avaliação de contaminação ambiental por medicamentos, uso medicinal da Cannabis, reposicionamento de fármacos, desprescrição de medicamentos, avaliação da qualidade de bulas, seguimento de pacientes com doenças hematológicas, resistência microbiana ao uso de fármacos, desenvolvimento de novas formas farmacêuticas, avaliação de drogas apreendidas pela Polícia Civil, além de projetos ligados à Covid-19.
Ascom UFSJ: Como se dá a interação do curso com as comunidades local e regional?
Mariana: Os acadêmicos são inseridos nos diversos cenários de prática do profissional farmacêutico desde o início da graduação, atuando nos serviços do Sistema Único de Saúde e também em unidades da saúde suplementar.
Ascom: Quais os principais desafios você destaca a respeito da atuação do farmacêutico nos tempos atuais e em razão da pandemia?
Mariana: Acredito que os principais desafios de hoje são mostrar o valor e a importância da Ciência diante da outra epidemia que vivemos, a das fake news. O profissional farmacêutico tem se mostrado protagonista no diagnóstico, monitoramento e tratamentos de pacientes com Covid-19. Na farmácia ele também atua na orientação sobre a doença e medidas de prevenção. E ainda na indústria, os farmacêuticos têm trabalhado no desenvolvimento, estudos clínicos, produção, controle de qualidade e aplicação das vacinas contra o SARS-COV-2.
5 - Pós em Física e Química de Materiais convida para defesa de tese
O Programa de Pós-Graduação em Física e Química de Materiais (FQMat) convida a comunidade acadêmica para a defesa da tese da “Síntese de materiais adsorventes à base de polipirrol e sua aplicação em estudos de adsorção e em preparo de amostras de compostos orgânicos ácidos, neutros e básicos”, da doutoranda Bruna Carneiro Pires.
Quando: 26 de janeiro de 2021, às 13h, pelo
Google Meet.
Banca: professores doutores Keyller Bastos Borges (orientador/presidente), Renata Pereira Lopes Moreira (UFV), Maria do Carmo Hespanhol (UFV), Arnaldo César Pereira (DCNat/UFSJ), Luiz Gustavo de Lima Guimarães (DCNat/UFSJ), Marcone Augusto Leal de Oliveira (UFJF) - suplente - e Honória de Fátima Gorgulho (DCNat/UFSJ) - suplente.
6 - Manifestação de apoio à reitora, ex-dirigentes e comunidade da UFMG
Tendo em vista o processo administrativo instaurado e a sanção aplicada pela Controladoria Geral da União (CGU) por conta de supostas irregularidades cometidas na execução do projeto do Memorial da Anistia Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicada na quinta-feira (21/1), no Diário Oficial da União, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifesta integral apoio à reitora Sandra Regina Goulart de Almeida e aos ex-dirigentes alcançados pelo mesmo ato, bem como à comunidade e ao Conselho Universitário da UFMG.
Importante registrar que a decisão da CGU foi suspensa no mesmo dia por medida liminar concedida pelo presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acatando os argumentos jurídicos da defesa.
A manifestação de procurador da República de Minas Gerais pelo arquivamento do inquérito, que aguarda homologação, afasta caracterização de malversação de recursos públicos na execução do relevante projeto do Memorial da Anistia Política. Ainda assim, reiteramos o compromisso inarredável dos gestores das universidades federais em prestar contas à sociedade e a nossa submissão à Constituição Federal. Também ressaltamos o caráter basilar do devido processo legal e do contraditório no Estado Democrático de Direito.
As universidades federais são patrimônio da sociedade brasileira e jamais se silenciarão diante de medidas que cerceiem a preservação da memória e da cultura brasileira, obstruam o desenvolvimento científico e tecnológico de nosso país, ou atentem contra a democracia e a autonomia.
Andifes, Brasília, 23 de janeiro de 2021
Última atualização: 25/01/2021