HISTÓRICO DO DEPARTAMENTO DE LETRAS, ARTES E CULTURA

 

 

O Departamento de Letras, Artes e Cultura da Funrei (DELAC) foi instituído em abril de 1987, junto com a federalização das instituições que deram origem à atual Fundação de Ensino Superior de São João del-Rei, hoje Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ).

 

Originário do Departamento de Letras da Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras, instituição de ensino superior salesiana, contou, a princípio, com os docentes daquele departamento. Antes da criação da Funrei, esses professores eram contratados por hora-aula e não podiam contribuir, efetivamente, para uma política voltada para o ensino, a pesquisa e a extensão. Dessa forma, o Departamento de Letras era composto por 08 (oito) profissionais que, além de ministrarem disciplinas no Curso de Letras, desenvolviam outras atividades fora da Faculdade.

 

Com a federalização, professores foram convidados pela Direção para compor o corpo docente da FUNREI. O Departamento de Letras, Artes e Cultura, por sua pretensa natureza interdisciplinar, conjugando áreas como Letras, Artes e Cultura, incorporou em seu quadro mas dois professores (01 graduado na área de Língua Portuguesa e 01 mestre na área de Artes) e, posteriormente, 02 (dois) mestres transferidos da Universidade Federal do Maranhão (01 da área de Artes e 01 jornalista). Além disso, foi necessário criar condições para que parte dos professores, de acordo com o projeto institucional, pudesse dedicar-se exclusivamente às atividades acadêmicas.

 

Por se tratar de uma instituição recém-criada, algumas dificuldades se apresentaram para o DELAC:

 

a) A estrutura matricial da FUNREI demandava um grande empenho dos dirigentes na preparação do corpo docente para assimilar as diferenças entre as diversas unidades da Funrei, os conceitos de Curso e Departamento, o funcionamento dos Colegiados de Curso e dos Conselhos Superiores, além de questões regimentais e estatutárias;

 

b) indefinição quanto à natureza de uma política de ensino, pesquisa e extensão;

 

c) falta de qualificação dos professores para atuarem na pesquisa e extensão, pois apenas alguns professores possuíam capacitação;

 

d) recursos humanos insuficientes para atender a todas as disciplinas do Curso de Letras sob a responsabilidade do DELAC e a demanda dos outros Cursos, no caso, disciplinas em Língua Portuguesa;

 

e) necessidade de uma definição por área de atuação, uma vez que professores de Língua Portuguesa atuavam também, no ensino das Literaturas Brasileira e Portuguesa. Mesmo com o ingresso de novos professores na área de Artes e Cultura, permaneceu um déficit de professores para ministrarem as disciplinas obrigatórias do Curso de Letras, principalmente com relação à Língua Inglesa e Língua Portuguesa.

 

f) falta de infraestrutura: nessa ocasião, O DELAC contava com um secretário comum a outros seis departamentos alocados no Campus Dom Bosco, cabendo à Chefia e Sub-chefia, além das atividades de administração, as atividades burocráticas rotineiras. Acrescente-se ainda dificuldades de ordem orçamentária, para suprir necessidades mínimas, como equipamentos básicos e material de consumo.

 

Em 1988, iniciou-se, de forma muito tímida, uma política de capacitação do corpo docente, com a liberação de 01 professor para mestrado (Prof. Geraldo Tibúrcio de Almeida e Silva – área: Língua Portuguesa). Isso deveu-se à impossibilidade da saída de mais professores, pelas demandas existentes no curso de Letras e outros. Somente em 1993, foram liberados mais 02 (dois) professores; para mestrado, nas áreas de Linguística (Profª Marcia Barreto Berg) e Teoria da Literatura (Profª Maria Ângela de Araújo Resende).

 

O DELAC contava, a princípio, com uma docente na área de Linguística que, após seu retorno do Doutorado nos EUA, solicitou a sua transferência para o Departamento das Ciências da Educação. Essa transferência, efetuada sem a permuta de vagas, criou um impasse para o Departamento, pois a possibilidade da implantação de uma linha de pesquisa naquela área foi impedida, embora a referida professora continuasse ministrando aulas no Curso de Letras.

 

Na ocasião, a contratação de um Professor Visitante para a área de Linguística veio sanar parte do problema.

 

De 1990 a 2007, verificou-se um aumento no quadro docente do DELAC, por meio de Concursos Públicos, embora registrem-se, as seguintes baixas:

 

a) aposentadoria de 05 (cinco) professores nesse período (05 DE e 03 em regime de 20 horas);

 

b) transferência de 01 (hum) professor (DE) do Núcleo de Artes para a UFRN, sem permuta e/ou reposição de vaga;

 

c) demissão voluntária de 02 (dois) professores em regime de DE: afastamento, sem remuneração, por 07 (sete) anos, de 01 professor (DE) da área de Língua Inglesa.

 

Nesse período, foi criado e aprovado o Regimento Interno do DELAC, que, de certa maneira, traçou as diretrizes departamentais, atentando-se para o Regimento Geral da FUNREI. Um ponto a ser considerado, e que vem contribuindo, significativamente, na consolidação do DELAC quanto às linhas de pesquisa e ensino, foi a criação de Núcleos, a partir das áreas afins.

 

Em 2002, a FUNREI recebe o estatuto de universidade, passando doravante a ser denominada UFSJ. Durante os últimos 10 anos, o DELAC, com uma política agressiva de capacitação docente, obteve significativa melhoria na qualificação de seu quadro de professores.

 

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Última atualização: 13/04/2023