radioamadorismo é um  e um serviço de telecomunicação (Serviço de Amador e Amador por Satélite). É praticado em quase todos os países do mundo por pessoas habilitadas e licenciadas pelas autoridades de telecomunicações para a intercomunicação e estudos técnicos sem motivo de lucro. O radioamadorismo possui legislação nacional e internacional que regulamenta as condições de uso e as frequências de rádio destinadas à atividade que obrigatoriamente devem ser seguidas pelos praticantes, chamados de radioamadores.

Dependendo do equipamento usado, essa comunicação poderá ser no seu próprio quarteirão ou intercontinental, ou ainda com algum radioamador-astronauta a bordo da Estação Espacial Internacional. A comunicação entre os radioamadores pode ser feita por voz, por meios digitais, usando-se um computador. Muitos radioamadores ainda preferem usar o meio mais antigo de comunicação sem fio: o código Morse, ou telegrafia.

O radioamadorismo teve ao longo de sua história um papel muito importante no auxílio em situações solidariedade, desastres e calamidades públicas em todo o mundo. Há décadas atrás quando as cidades não estavam interligadas por redes telefônicas, era comum o radioamador local servir de apoio em comunicações entre parentes distantes, na obtenção de medicamentos que só eram encontrados em grandes centros ou no exterior. Existem relatos de vidas que muitas vidas que foram salvas graças a solidariedade dos radioamadores na obtenção de medicamentos que não podiam ser encontrados localmente. Apenas para citar um exemplo da importância dessa atividade como meio de comunicação em situações de calamidade e emergências, os radioamadores formaram uma rede nacional de comunicação quando das grandes enchentes nos anos de 1983 e 1984 no estado de Santa Catarina, onde por vários dias dezenas de importantes cidades ficaram totalmente isoladas e devastadas, sem nenhuma outra forma de comunicação. Mais recentemente os radioamadores americanos participaram ativamente como uma rede de comunicação de emergência durante os ataques terroristas de 11 de Setembro.

Como Radioamador você poderá ter inúmeras opções de atividades e interesses. Existem radioamadores que tem uma licença classe C e se dedicam apenas a falar localmente nas faixas de VHF e UHF num raio de apenas 100 ou 200 quilômetros. Outros preferem operar com equipamentos de HF que permitem contatos a milhares de quilômetros. Muitos radioamadores gostam de montar suas próprias antenas, fazer experiências com novos circuitos e até mesmo montar seus próprios equipamentos. A operação de rádios de baixa potência chamada de QRP fascina muitas pessoas que enxergam a limitação de potência como um desafio. Falar com outras pessoas usando o antigo Código Morse é algo que ainda fascina milhares de radioamadores em todo o mundo, bem como aqueles que gostam de fazer contatos em RTTY (Radioteletipo) ou em modos digitais usando um computador acoplado ao rádio. O radioamadorismo permite ainda contatos via satélite (sim, existem diversos satélites exclusivos para uso de radioamadores), contatos através de reflexão lunar (o sinal é “rebatido” na superfície da Lua) ou você poderá até manter contato com radioamadores na Estação Espacial Internacional (a maioria dos astronautas é Radioamador). 

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